Caprichos dos quais não se abre mão. Escolhas que revelam ser más. Adiamentos de decisões inadiáveis mas que apenas porque sim levam o tempo que têm que levar até ao dia "D". Mudanças.
São as desilusões, são as lembranças do bom e do mau, a insustentabilidade do momento que se vive, a falta de forças para continuar a arrastar uma bagagem que já não é nossa e que nos atrasa cada vez mais. São balanços de vida que de repente se fazem cujo somatório é igual à certeza do que é necessário mudar.
Custa-me mudar. Tanto me sufoca a rotina e a estagnação, como me assusta a mudança por mais esperada e necessária que ela seja. Talvez por ser radical, talvez porque mudança invariavelmente para mim signifique corte com o que já foi, e nunca prolongamento do passado. Quando mudo re-começo. Sem amarras, sem pontas soltas.
Dou por mim a cortar todas as pontas que destoavam do novelo que eu quero certinho, por agora, da minha vida.
E se antes pensava tanta vez no que eu tinha a perder...agora só consigo pensar no que tenho a ganhar. Que é tanto e bom e saudável e libertador.
5 comentários:
É bom pensar que existiram pontas soltas. E que agora cabe-nos fazer tudo para que as coisas andem certinhas. Eu gosto de coisas certinhas.
Acho que todos temos necessidade e medo das mudanças pq elas significam algo desconhecido e que assusta..
BJS*
Arrumadinho: fazes, portanto, jus ao nome! :)
Miss Kitty: mudar é um mal necessário. No meu caso está a ser um "bem abençoado"!
Como eu disse há uns tempos (em http://kelcorreia.blogspot.com/2008/10/mudanas.html) "...A mudança, mais que boa, é necessária. É com ela que aprendemos a andar, a falar, a escrever, a ler, que crescemos e fazemos escolhas. E cada escolha é, necessariamente, uma mudança, embora nem sempre tenhamos consciência disso..."
Sempre existirão pontas soltas, ou pontas que se vão soltando mas, de vez enquando, é preciso arrumar novelos e agulhas para que o tricô saia bem ;)
Beijocas grandes*
Se alguma coisa se te opõe e te fere, deixa crescer. É sinal que estás a ganhar raízes e a mudar. Abençoado ferimento que te faz parir de ti próprio.
Antoine de Saint-Exupéry
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