Acabei de escrever um grande, grande email a alguém de quem gosto muito.
Um email onde acima de tudo fui sincera, o mais que pude, o mais que consegui, sabendo que, apesar de ali se lerem palavras duras, frias e sem paninhos quentes, do outro lado estava alguém que me permite esse mesmo tipo de abordagem directa, incisiva e que pode, de facto, magoar. Mas a intenção é só uma: a melhor, e ela sabe disso.
Poder ajudar, poder confortar, amparar, abrir os olhos para o que ainda não se viu, relembrar o que já se sabe de cor, meter o dedo na ferida para ver se realmente dói ao ponto de se fazer algo para cicatrizar e não a deixar aberta por tempo indefinido. E eu sei que ela sabe disso, das minhas boas intenções.
O que não sabe é que, após ter feito "enviar", me levantei do sofá, fui para uma janela, respirei fundo e pensei: "Muito do que ali escrevi era para mim e não para ela".
E é verdade. Muito do que ali está, é aquilo que, se pudesse voltar atrás no tempo, teria dito a mim mesma há 6 anos atrás, quando me vi numa situação semelhante com a dela. Muito do que ali está é aquilo que finalmente consegui dizer a mim mesma há 1 ano atrás. Muito do que ali está foi o que me ajudou, por tê-lo transformado, mais do que pensamento e escrita, em actos concretos e palpáveis, do dia a dia, mudando o rumo da minha vida, e limpando dela tudo o que não prestava, não me fazia bem, não tinha absolutamente nada de positivo que eu pudesse retirar.
E muito do que ali está foi exactamente o mesmo que as minhas amigas me disseram, vezes sem conta, durante tanto tempo, para o meu bem, por gostarem tanto de mim, por me quererem tanto bem. Mas para grande frustração delas, não resultava. Nunca resultava, por mais razão que lhes desse, por mais que soubesse o quanto estavam certas em tudo o que me diziam.
Só no dia em que eu o disse a mim mesma, alto e bom som, as vezes que achei necessário, e em silêncio, para mim, em oração, em mentalização, ao querer de facto mudar, é que funcionou!
E foi esse o sentimento que fiquei depois de escrever tanto, com tanta vontade de ajudar com tanta garra, com tanta raiva por não poder fazer mais... que tudo aquilo só vai fazer sentido quando escrito pelas mãos dela, quando repetido da sua boca, quando ela acreditar realmente no que está a dizer, no fundo.. quando ela estiver preparada, e quando ela quiser.
Só espero que queira depressa...
Um email onde acima de tudo fui sincera, o mais que pude, o mais que consegui, sabendo que, apesar de ali se lerem palavras duras, frias e sem paninhos quentes, do outro lado estava alguém que me permite esse mesmo tipo de abordagem directa, incisiva e que pode, de facto, magoar. Mas a intenção é só uma: a melhor, e ela sabe disso.
Poder ajudar, poder confortar, amparar, abrir os olhos para o que ainda não se viu, relembrar o que já se sabe de cor, meter o dedo na ferida para ver se realmente dói ao ponto de se fazer algo para cicatrizar e não a deixar aberta por tempo indefinido. E eu sei que ela sabe disso, das minhas boas intenções.
O que não sabe é que, após ter feito "enviar", me levantei do sofá, fui para uma janela, respirei fundo e pensei: "Muito do que ali escrevi era para mim e não para ela".
E é verdade. Muito do que ali está, é aquilo que, se pudesse voltar atrás no tempo, teria dito a mim mesma há 6 anos atrás, quando me vi numa situação semelhante com a dela. Muito do que ali está é aquilo que finalmente consegui dizer a mim mesma há 1 ano atrás. Muito do que ali está foi o que me ajudou, por tê-lo transformado, mais do que pensamento e escrita, em actos concretos e palpáveis, do dia a dia, mudando o rumo da minha vida, e limpando dela tudo o que não prestava, não me fazia bem, não tinha absolutamente nada de positivo que eu pudesse retirar.
E muito do que ali está foi exactamente o mesmo que as minhas amigas me disseram, vezes sem conta, durante tanto tempo, para o meu bem, por gostarem tanto de mim, por me quererem tanto bem. Mas para grande frustração delas, não resultava. Nunca resultava, por mais razão que lhes desse, por mais que soubesse o quanto estavam certas em tudo o que me diziam.
Só no dia em que eu o disse a mim mesma, alto e bom som, as vezes que achei necessário, e em silêncio, para mim, em oração, em mentalização, ao querer de facto mudar, é que funcionou!
E foi esse o sentimento que fiquei depois de escrever tanto, com tanta vontade de ajudar com tanta garra, com tanta raiva por não poder fazer mais... que tudo aquilo só vai fazer sentido quando escrito pelas mãos dela, quando repetido da sua boca, quando ela acreditar realmente no que está a dizer, no fundo.. quando ela estiver preparada, e quando ela quiser.
Só espero que queira depressa...
2 comentários:
espero que não estejas a falar do que estou a pensar..
sinceramente, muito sinceramente, acho que estou a precisar de me ajudar a mim mesma, dessa mesma forma. se calhar se tivesse uma amiga, como tu, a abrir-me os olhos.. se calhar era mais fácil. mas, como se costuma dizer, "só quem passa por elas é que sabe". e é mesmo verdade.
muita força para ti e para a tua amiga :)
Não foste bruta. Nem acredito que consigas mesmo ser bruta. Foste sincera, directa e acima de tudo mostraste que gostas muito de mim. E por isso só te posso agradecer. Não resisti e fui ler hoje mas já não consigo responder. Mas vou responder. Claro que sim. E posso dizer já que concordo. E nem sinto necessidade de explicar porque tu percebes os porquês. E percebes exactamente as motivações para todas as coisas. Não sei é quando respondo que as costas não me estão a querer dar tréguas. Mas obrigada por tudo querida. Também eu gosto de ti muito.
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