segunda-feira, 7 de novembro de 2011
:)
Vamos mudar de casa. E como tudo na vida que implica mudança, mete um bocadinho de medo. É um medo bom, obviamente. Mas não deixo de sentir um certo receio, um frio na barriga, sobretudo pelo materializar (ainda mais) dos nossos desejos, sonhos e objetivos para o futuro.
Quando fui morar com ele, há quase 2 anos, mudei-me para um T1, impecavelmente decorado, com basicamente tudo e mais alguma coisa que uma casa precisa. Comprámos cortinados, uma cómoda, fomos aumentando a coleção de quadros, tachos e panelas, canequinhas cor de rosa e outros pormenores que mostravam que a casa já não era de solteiro, e que denunciavam presença feminina. Mas o trabalho maior já estava feito.
Agora tudo é diferente: vamos morar para uma casa maior, onde quisemos fazer obras para que tudo ficasse ao nosso gosto. E é aqui que tudo muda: o NOSSO gosto. Dos dois, em conjunto. Construir tudo do zero. Sem passado. E quando digo tudo é mesmo tudo: desde as cores das paredes, aos rodapés, aos puxadores das portas, interruptores... tudo! E se por um lado é uma trabalheira descomunal, por outro dá um gozo e uma alegria incrível de cada vez que entramos naquele espaço que estamos a construir e criar à nossa imagem e saber que em breve aquele será o nosso lar. É aí que o frio na barriga volta, e que penso que não estou só a mudar para uma casa maior e melhor. Estou a investir emocionalmente num projeto de vida a dois. Estou a acreditar e ter fé que ali, ao lado dele, vou ser feliz. Estou a imaginar os serões que vamos passar à lareira, os pequenos-almoços à janela, o quarto que vai ficar em branco para um dia ser pintado a rosa ou azul. E isso é algo que me preenche de uma maneira que não sei explicar. Porque sempre vivi numa espécie de limbo, nunca fiz grandes planos de vida, nunca soube muito bem como seria o dia de amanhã, e durante muito tempo não sabia sequer o que queria para mim.
Hoje sei exatamente o que quero e tenho a enorme felicidade de ver os meus sonhos a ganharem forma, dia após dia, ao lado de alguém que quer o mesmo que eu, e tanto quanto eu :)
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2 comentários:
E eu fico tão feliz com isso que nem imaginas. Mas genuinamente feliz. Porque gosto de ti e sei o quanto mereces essa felicidade. Porque me revejo em muito do que escreves. Porque sei o que mereces essa felicidade. Porque esta forma de escrita me faz lembrar as nossas "conversas" escritas.
Miss G, obrigada por estas palavras! :) Um beijo enorme!!
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