quinta-feira, 10 de maio de 2012

Parabéns, meu Amor



Quando te conheci achei-te simpático, bem disposto, de sorriso fácil e genuíno. Gostei logo de ti. Mas nunca pensei que viesse a gostar tanto. Eras um miúdo, tinhas 24 anos, habituado à tua independência, a fazer o que queres, quando queres e como queres. Mimado, carente, desprendido. Atento aos pormenores, desligado das banalidades. Tinhas um passado, como eu, como toda a gente, mas isso nunca me incomodou. Usaste todas as tuas armas de sedução para me conquistar, para provar as tuas intenções, para mostrar o teu verdadeiro interesse. E a maior delas todas foi, uma vez mais, seres genuíno. Eras mimado (muito), inconveniente (às vezes), teimoso (bastante) e egoísta (um pouco).
Eu não andava à procura de ninguém, não precisava de ninguém, não tinha paciência nem espaço na minha vida para ninguém. Até que tu vieste provar aquela famosa teoria das revistas femininas de que "é quando menos se espera que aparece alguém realmente especial". Eras tu. Do espaço que não havia, tu derrubaste paredes e muros e entraste para ficar, criaste um espaço só teu no meu coração e ali semeaste a árvore da paciência, que, para ti, tem fruto seja qual for a estação. Já chocámos de frente algumas vezes. Já chegámos à conclusão de que somos diferentes muitas vezes. Já pensámos que talvez não fizesse sentido estar juntos uma vez. Mas chegámos sempre à conclusão de que tudo isso faz parte... e não faz mal. Do miúdo mimado, carente, egoísta e que odeia ser contrariado, ainda tens um pouco, de vez em quando, faz parte de ti... e às vezes até acho graça! Mas hoje, no dia em que fazes 27 anos, olho para ti e vejo um Homem. E se isto parece banal, para mim não é. Na verdade, e ao contrário do que as revistas femininas dizem, não há muitos Homens por aí. Assim, com maiúscula. Porque não é a idade, a independência, o status, o carro, o ordenado que recebe ao fim do mês, que transforma um miúdo num Homem. E tu és um. Daqueles que sabe o que quer e que fala do nosso futuro sem medo. Com as prioridades redefinidas, porque os miúdos também crescem e afinal crescer até é bom. Tentas controlar os impulsos, pensas nos dois quando tomas decisões, pedes desculpa (embora leve o seu tempo) quando sabes que erraste, e percebes sozinho aquilo que é realmente importante para ti. És um Homem que eu admiro, de quem sinto muito orgulho pela pessoa que és, pelo profissional que és, pelo jogador que és, pelo filho que és, pelo irmão que és, pelo amigo que és e pelo companheiro que tens sido para mim. Não procuro em ti o namorado perfeito, não espero que o sejas, não tenho a menor intenção de te mudar, nem vivo na esperança de que as (poucas) coisas que me mexem com os nervinhos mudem com o tempo. Não preciso de nada disso para me sentir infinitamente feliz ao teu lado. Não posso dizer que já não sinto borboletas quando te vejo, penso ou falo sobre ti, porque neste exato momento elas estão às voltas no meu estômago e tenho um sorriso de orelha a orelha enquanto escrevo. Por tudo isto, não sei se és tu que estás de parabéns, ou se sou eu, que tive a imensa sorte de me cruzar contigo e de também crescer ao teu lado. Porque até no amor é preciso ter sorte, sem dúvida que a mim me saiu o jackpot, e por isso quero continuar a apostar todos os dias, ao teu lado, em nós. Parabéns!