2011 não tem sido meigo para alguns casais de namorados que eu conheço. Não sei se é da mudança dos signos, das crises existenciais, alguma Lua que anda por aí a tumultuar os corações (des)apaixonados. Soube de várias relações estáveis, de algum tempo, que de repente acabam e cada um vai para o seu lado.
Apesar de não ser nada comigo, quando sei destas coisas e tratando-se de pessoas amigas, de quem gosto, fico sempre um bocadinho triste, com pena que as coisas terminem, desiludida. Porque é inevitável olhar para aqueles que admiramos e em quem reconhecemos qualidades e características de valor, e não tê-los como um exemplo, não sentir uma inveja boa, não almejar alcançar o mesmo para nós. E quando vejo que mesmo esses casos, que pareciam firmes e estáveis podem desmoronar como um castelo de cartas, sinto um receio de que comigo, eventualmente, um dia possa acontecer o mesmo.
É um medo saudável, na medida certa, e que deve existir não só quando vemos o que acontece aos outros, mas diariamente, no sentido de não ter nada nem ninguém como garantido. Esse deve ser talvez um dos maiores erros nas relações: não dar o devido valor à outra pessoa e não olhar para ela como alguém que merece e deve ser conquistada todos os dias, tal como nós merecemos que façam o mesmo por nós. Por isso não, não tenho vergonha de admitir que tenho medo de perder o meu namorado, de que a minha relação não dê certo, de que um dia cada um faça a sua vida e tudo passe a ser memória e lembranças. Porque é uma relação onde invisto e investi muito, onde arrisquei ainda mais, onde dei por mim a dar um passo da minha vida que não pensava estar sequer preparada para o fazer. Porque ele fez exactamente o mesmo por mim, porque me trata como eu mereço e gosto, porque entre crises e choques de feitios acabamos por nos entender... porque me faz feliz!! E como tudo na vida que nos faz e sabe bem, não queremos que acabe.
A maneira como vivo e lido com esse medo não me deixa insegura, ciumenta, possessiva, controladora nem paranóica. Mas deixa-me atenta e consciente de que nem sempre, quase nunca na verdade, o Amor, por si só, é suficiente. Que há tanta coisa, tantos factores à nossa volta, que nos põe diariamente à prova, que nos fazem sentir tentados a desistir, a parar de ceder, parar de lutar, de fazer surpresas, de sair da rotina, de fazer com o que o outro se sinta especial, tentados a dar atenção a outras pessoas, que o fácil mesmo é deixar-nos levar por essa fraqueza e depois... depois logo se vê!
"Amor e uma cabana", ao contrário do que eu pensei durante quase uma vida, não chega. Nem para mim, nem para ninguém. E um namoro, tal como outro qualquer compromisso na vida que implique um vínculo e responsabilidade, exige automaticamente esforço, empenho, luta, conquista, dá trabalho, cansa, e às vezes até deixa um sabor amargo a frustração quando não sentimos o feedback que queríamos.
Não sou detentora da verdade, não sou perita em relações, não sei mais do que meia dúzia de clichés que vai-se a ver e na prática até dão resultado. E é apenas isso que eu quero para mim: que dê resultado. Não posso nem quero mudar ninguém, mas sei que posso sempre começar por mim, fazer a minha parte, esperar que do outro lado isso seja uma motivação para que faça o mesmo. E confiar. Não deixar de confiar.
Apesar de não ser nada comigo, quando sei destas coisas e tratando-se de pessoas amigas, de quem gosto, fico sempre um bocadinho triste, com pena que as coisas terminem, desiludida. Porque é inevitável olhar para aqueles que admiramos e em quem reconhecemos qualidades e características de valor, e não tê-los como um exemplo, não sentir uma inveja boa, não almejar alcançar o mesmo para nós. E quando vejo que mesmo esses casos, que pareciam firmes e estáveis podem desmoronar como um castelo de cartas, sinto um receio de que comigo, eventualmente, um dia possa acontecer o mesmo.
É um medo saudável, na medida certa, e que deve existir não só quando vemos o que acontece aos outros, mas diariamente, no sentido de não ter nada nem ninguém como garantido. Esse deve ser talvez um dos maiores erros nas relações: não dar o devido valor à outra pessoa e não olhar para ela como alguém que merece e deve ser conquistada todos os dias, tal como nós merecemos que façam o mesmo por nós. Por isso não, não tenho vergonha de admitir que tenho medo de perder o meu namorado, de que a minha relação não dê certo, de que um dia cada um faça a sua vida e tudo passe a ser memória e lembranças. Porque é uma relação onde invisto e investi muito, onde arrisquei ainda mais, onde dei por mim a dar um passo da minha vida que não pensava estar sequer preparada para o fazer. Porque ele fez exactamente o mesmo por mim, porque me trata como eu mereço e gosto, porque entre crises e choques de feitios acabamos por nos entender... porque me faz feliz!! E como tudo na vida que nos faz e sabe bem, não queremos que acabe.
A maneira como vivo e lido com esse medo não me deixa insegura, ciumenta, possessiva, controladora nem paranóica. Mas deixa-me atenta e consciente de que nem sempre, quase nunca na verdade, o Amor, por si só, é suficiente. Que há tanta coisa, tantos factores à nossa volta, que nos põe diariamente à prova, que nos fazem sentir tentados a desistir, a parar de ceder, parar de lutar, de fazer surpresas, de sair da rotina, de fazer com o que o outro se sinta especial, tentados a dar atenção a outras pessoas, que o fácil mesmo é deixar-nos levar por essa fraqueza e depois... depois logo se vê!
"Amor e uma cabana", ao contrário do que eu pensei durante quase uma vida, não chega. Nem para mim, nem para ninguém. E um namoro, tal como outro qualquer compromisso na vida que implique um vínculo e responsabilidade, exige automaticamente esforço, empenho, luta, conquista, dá trabalho, cansa, e às vezes até deixa um sabor amargo a frustração quando não sentimos o feedback que queríamos.
Não sou detentora da verdade, não sou perita em relações, não sei mais do que meia dúzia de clichés que vai-se a ver e na prática até dão resultado. E é apenas isso que eu quero para mim: que dê resultado. Não posso nem quero mudar ninguém, mas sei que posso sempre começar por mim, fazer a minha parte, esperar que do outro lado isso seja uma motivação para que faça o mesmo. E confiar. Não deixar de confiar.
2 comentários:
Podia colocar o meu nome no fim deste post sem mudar uma vírgula. Na verdade mudava apenas o início: não foi 2011, deve ter sido 2010 ou quem sabe até mais recuado :)
CS, parece que o fenómeno anda por aí!! Espero que passe rápido e que não nos "apanhe"! :)
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