Nunca percebi muito bem as pessoas que não gostam do Natal. Pode não se gostar do consumismo desenfreado, da obrigação da troca de prendas, da maratona dos jantares da empresa, dos amigos de infância e do ginásio. Pode-se detestar bacalhau e batatas cozidas, estar farto dos mesmos filmes de sempre na TV, do Natal dos Hospitais, do Goucha e da Cristina aos berros com barretes enfiados na cabeça. Ok, isso eu percebo. Mas isso não é O Natal. E simplesmente "embirrar" com a época, sobretudo por espírito de contradição, é coisa que me ultrapassa.
Para quem está longe da família é uma época nostálgica, para quem passa dificuldades financeiras e não pode oferecer aos filhos aquilo que gostava deve ser doloroso, para quem perdeu alguém que todos os anos se sentava à mesa na consoada é um vazio que nunca se preenche... Mas ter aversão ao Natal deve ser realmente muito triste. Porque na verdade esta é a época mais simbólica de todo o ano, aquela em que se faz (ou deveria fazer?) um esforço para estar com aqueles de quem mais gostamos. Se há prendas ou não é o que menos importa. Se não se gosta de bacalhau com batatas e couves faz-se com broa ou com natas ou com grão de bico, ou bifes e batatas fritas! Se a TV irrita, delsiga-se e ouve-se música, conversa-se à mesa, tiram-se fotos. Se não se é religioso, não se faz presépio. Se não queremos oferecer nada a ninguém, nem que ninguém se sinta obrigado a oferecer-nos o quer que seja, diz-se simplesmente isso... mas não se deixa de querer estar com a família. Acho eu. No fundo é só isso que interessa. É só isso que realmente importa. Estarmos juntos. Se essa vontade não existe... não culpem o Natal.
Para quem está longe da família é uma época nostálgica, para quem passa dificuldades financeiras e não pode oferecer aos filhos aquilo que gostava deve ser doloroso, para quem perdeu alguém que todos os anos se sentava à mesa na consoada é um vazio que nunca se preenche... Mas ter aversão ao Natal deve ser realmente muito triste. Porque na verdade esta é a época mais simbólica de todo o ano, aquela em que se faz (ou deveria fazer?) um esforço para estar com aqueles de quem mais gostamos. Se há prendas ou não é o que menos importa. Se não se gosta de bacalhau com batatas e couves faz-se com broa ou com natas ou com grão de bico, ou bifes e batatas fritas! Se a TV irrita, delsiga-se e ouve-se música, conversa-se à mesa, tiram-se fotos. Se não se é religioso, não se faz presépio. Se não queremos oferecer nada a ninguém, nem que ninguém se sinta obrigado a oferecer-nos o quer que seja, diz-se simplesmente isso... mas não se deixa de querer estar com a família. Acho eu. No fundo é só isso que interessa. É só isso que realmente importa. Estarmos juntos. Se essa vontade não existe... não culpem o Natal.
3 comentários:
Tão bem dito minha querida :) E também me chateia que critiquem a solidariedade no Natal. Claro que era melhor que existisse mais vezes ao ano, mas já que isso não se verifica, que exista pelo menos nesta época.
Eu adoro esta época, posso não achar muita piada a batatas cozidas mas no dia até têm um sabor especial! Quanto aos presentes, adoro oferecer sempre qualquer coisinha, nem que seja eu a fazer, mostra sempre o amor que nutrimos pelas pessoas.
Também não percebo as pessoas que não acham piada a este dia, talvez não lhes tenha sido transmitido este espírito. Eu hei-de adorar sempre esta época, apesar de alguns familiares não estarem presentes como gostaríamos, basta-nos usufruir daqueles que estão perto de nós e relembrar aqueles que estão mais distantes mas no coração.
Concordo plenamente. Para mim, Natal é sinónimo de família e já estou junto da minha para o meu/nosso.
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