Quando soube que a mãe dela ia ser operada, estávamos dentro de um intercidades a caminho de Lisboa para a despedida de solteira de uma amiga nossa.
Ela saíu na estação seguinte e voltou para trás.
Quando soube que a mãe dela tinha morrido, tremi da cabeça aos pés e pensei que ela devia estar a sentir a maior dor do mundo. Fui ter com ela, abracei-a, fiquei em silêncio e desejei nunca mas nunca na vida passar por aquilo.
No dia do funeral da mãe dela a minha Mãe também foi, também a abraçou, também chorou com ela, por pena dela, por também ela já saber que aquela era uma das maiores dores do mundo. E lembro-me de ter olhado para a minha mãe e a ter abraçado ainda com mais força, e me sentido a pessoa mais sortuda do mundo por tê-la ali, ao meu lado.
No dia em que a minha Mãe morreu, ela estava à minha espera, abraçou-me, ficou em silêncio e em silêncio eu percebi que ela me dizia "Eu sei como é...".
No dia do funeral da minha Mãe, ela estava lá, e dividia olhares entre a campa da mãe dela e da minha. Sempre com aquele olhar "Eu sei como é...".
Ontem soube que o pai dela morreu. Voltei a tremer dos pés à cabeça. Não falamos há algum tempo, a distância e o decorrer natural da vida afastou-nos um pouco, mas continuo a tê-la num lugar especial no meu coração, pelo muito que rimos em noitadas de há muito tempo, e pelas lágrimas que choramos juntas cujo sabor só conhece quem sabe como é.
Gostava de estar lá com ela, ao lado, em silêncio e abraça-la com força. Não ter absolutamente nada para lhe dizer, mas mesmo assim estar lá, porque no fundo é só isso que se precisa nestes momentos: que estejam lá, mesmo que não saibam como é.
Ela saíu na estação seguinte e voltou para trás.
Quando soube que a mãe dela tinha morrido, tremi da cabeça aos pés e pensei que ela devia estar a sentir a maior dor do mundo. Fui ter com ela, abracei-a, fiquei em silêncio e desejei nunca mas nunca na vida passar por aquilo.
No dia do funeral da mãe dela a minha Mãe também foi, também a abraçou, também chorou com ela, por pena dela, por também ela já saber que aquela era uma das maiores dores do mundo. E lembro-me de ter olhado para a minha mãe e a ter abraçado ainda com mais força, e me sentido a pessoa mais sortuda do mundo por tê-la ali, ao meu lado.
No dia em que a minha Mãe morreu, ela estava à minha espera, abraçou-me, ficou em silêncio e em silêncio eu percebi que ela me dizia "Eu sei como é...".
No dia do funeral da minha Mãe, ela estava lá, e dividia olhares entre a campa da mãe dela e da minha. Sempre com aquele olhar "Eu sei como é...".
Ontem soube que o pai dela morreu. Voltei a tremer dos pés à cabeça. Não falamos há algum tempo, a distância e o decorrer natural da vida afastou-nos um pouco, mas continuo a tê-la num lugar especial no meu coração, pelo muito que rimos em noitadas de há muito tempo, e pelas lágrimas que choramos juntas cujo sabor só conhece quem sabe como é.
Gostava de estar lá com ela, ao lado, em silêncio e abraça-la com força. Não ter absolutamente nada para lhe dizer, mas mesmo assim estar lá, porque no fundo é só isso que se precisa nestes momentos: que estejam lá, mesmo que não saibam como é.
5 comentários:
opaaaaa, acho que sabes que me comovi com estas palavras.
e sim.. às vezes só precisamos que estejam lá.. e prefiro que não saibam como é.
Kikinhas, acredito que te tenhas comovido, porque no fundo é um pouco isto: pode nem haver grandes laços e ligação muito forte entre as pessoas, mas o facto de sabermos exactamente como é, faz com que sintamos estes momentos de uma forma diferente e única. E não, não quero nunca que saibam como realmente é.
Os meus sentimentos, a ti, a ela, a quem sabe a essa dor que desconheço...
Até fiquei comovida com este post...
isso é a verdadeira amizade...sempre lá.
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