segunda-feira, 12 de julho de 2010

Então até já


Porque eu mereço. E muito!!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Cada um sabe de si.. e das minhas unhas sei eu!







Há exactamente um ano atrás, tive um pequeno tête à tête com alguém que, ao ver sentada ao nosso lado numa esplanada uma jovem com as unhas das mãos (mal) pintadas de azul berrante, inicia o seguinte diálogo.

Otário:
- Porque é que não pintas as tuas unhas daquela cor? Aquilo sim, é muito à frente, e original!

Eu:
- Aquilo é azul.

Otário:
- Sim, e então? Por isso mesmo, para ser diferente, inovador! Vocês pintam todas as mãos da mesma côr, sempre vermelhos, ou rosas!! Muito giro, adorei o azul nela!!

Eu:
- Ela é inglesa e não tem mais de 15 anos. Está na idade de ser "muito à frente" e original e fazer figuras daquelas. É adolescente. Eu não. Mas se achas engraçado nela, então para a próxima pinto as unhas de azul, para ver se em mim, com mais 10 anos que a miuda, continuas a achar graça.

Otário:
- Não, assim já não vou achar graça. Porque aí vais estar a imitaá-la e não estás a ser original!! Original é por exemplo no Natal, em vez de pintares de vermelho, como sempre, pintares de verde, e no Verão amarelo, como o sol!!

Eu:
- ...



Ora, isto tudo para dizer o quê?
Para dizer que, para além de ter passado uma fase muito estupidificante da minha vida em que ainda mantinha diálogos deste género, com Otários deste género, um ano depois, os azuis, os verdes e os amarelos da Risqué estão aí à venda para quem quiser comprar.
Parece que o Otário tinha razão (o que não faz com que ele deixe de ser um grandessíssimo Otário). Mas minhas caras, e sem queres ofender quem gosta e ama de paixão e até já usa as ditas cores com orgulho e alegria! Para mim, pode ser o último grito da moda, a última coca-cola do deserto, a coisa mais fashion, mais à frente, mais original e fantástica do universo, que nestas mãozinhas lindas que elas só... JAMAIS irá cair uma gota de verde, azul ou amarelo. Pronto, já disse.

Não sei por onde vou... mas sei que não vou por aí


Não sou orgulhosa. Não me custa dar o braço a torcer. Não sou caprichosa, raramente faço birras e quando as faço passam-me depressa. Não costumo amuar, não sou vingativa, não gosto de dizer "bem te avisei", não gosto de ter razão se do outro lado alguém está triste por se ter enganado. Não dou recados, não mando bocas para o ar, não faço mistério. Não procuro quando sinto que do outro lado não se quer ser achado. Não falo quando sei que do outro lado não se quer ouvir. Não me custa dizer "Tenho saudades tuas" mesmo aqueles que podem não sentir o mesmo que eu. Não deixo de ir atrás por achar que não mereçam que eu faça o caminho sozinha. Não condeno. Não gosto nada de ser condenada. Não sou dona da razão. Não sou perfeita. Não esqueço, mas desculpo, quase sempre. Não falo quando não me apetece. Não faço fretes. Não me esforço para parecer quem não sou. Não guardo mágoas, mas ressinto-me das desilusões. Não digo aquilo que esperam ouvir se não acreditar realmente nisso. (Já) não dou conselhos sem que mos peçam. Não me esforço para agradar a quem não vejo um esforço igual. Não me arrependo das escolhas que tenho feito, porque me fazem feliz. Não tenho de convencer ninguém da minha felicidade. Não entro em competições. Não devo satisfações. Não alimento conversas que não me interessam. Não estou com quem não quero. Não digo que não tenho saudades de muita coisa que ficou para trás: tenho! E não quero pensar que não é possível voltar a ter, porque é. Não sou melhor do que ninguém. Não sei muito sobre muita coisa. Não me canso de aprender. Não há dia em que não pense em ti, em ti, e em nós. Não tenho resposta nem desculpa para tudo. Não peço que gostem de mim. Não me esqueço de quem eu gosto.