terça-feira, 27 de abril de 2010

Advogada do Diabo


É como me sinto não raras vezes.
Não sei porque sou assim, porque tenho essa tendência, mas o que é certo é que acabo sempre por cair na tentação de defender quem não precisa de defesa, de tentar ver o lado do outro (mesmo que seja o antípoda do meu), de tentar ir além do óbvio e desculpar o que não sei se é desculpavel ou não, mas em caso de dúvida que seja inocente até prova do contrário.
Não sei porque me dou a tal "trabalho", não ganho nada com isso, antes pelo contrário, ouço comentários de reprovação, de ser demasiado condescendente, em tempos o adjectivo comum chegou até a ser "Panhonha". Não confundir com demasiado boazinha, com ingénua ou naive... coisa que frequentemente também acontece, para os mais distraidos e para aqueles que conseguem ver pouco mais do que aquilo que querem realmente ver.
Não sou melhor que ninguém, mais correcta ou de melhor formação. Mas sempre detestei juízos de valor, julgamentos e condenações sem direito a defesa. Porque toda a história tem dois (ou mais) lados, porque cada pessoa é um mundo, e ninguém se deve sentir no direito de opinar ou reprovar o comportamento dos outros apenas porque sim, porque acham que no lugar do outro fariam assim ou assado, porque às vezes simplesmente sabe bem criticar a custo zero, destilar veneno, mesmo que seja do mais fraquinho, fazer comentários ou mandar bocas para o ar em tom sarcástico e com uma pitada de ironia que julgam passar despercebida do outro lado.
Não passa.
Há uma expressão engraçada que fala sobre "calçarmos os sapatos dos outros". Eu raramente os calço, porque só o facto de achar que aquele sapato me pode servir, é por si só sinal de arrogância. Quem sou eu para achar que no lugar do outro faria de outra maneira? Quem sou eu para criticar determinado comportamento, quando não faço ideia do que se passa realmente do outro lado, porque nunca ninguém sabe! Mas toda a gente acha que sabe, e toda a gente gosta de falar, de dar o ar da sua graça, de dar palpites, de fazer moralismos, de se comparar de forma subtil, metáforas tais onde o arguido sai sempre condenado pelo bom senso de quem muitas vezes não o tem.
Se eu já o fiz? Claro que sim! Não sou perfeita, e é óbvio que caio nessa tentação, é humano, é quase impossível de controlar, que mais não seja em pequenas coisas do dia a dia. Mas faço um esforço para não o fazer, para guardar para mim opiniões sobre modos de vida, escolhas e defeitos de terceiros. E quando o faço, mais cedo ou mais tarde dou por mim a arrepender-me, a achar que não devia ter feito, que não tinha moral nenhuma para estar a criticar ou julgar certos comportamentos.
Sempre tive esta característica, de em grupo deitar a àgua na fervura e nunca atiçar a chama. Sempre tive uma coisinha chamada consciência a gritar bem alto na minha cabeça, pedindo justiça e equilibrio nas minhas afirmações e nas dos outros, para depois não me arrepender de nada. Sempre tive a mania de mostrar ao resto do mundo o lado bom de quem só se falava do lado mau, de repor verdades quando eram deturpadas, de fazer ver que nem tudo é preto e branco e que só no arco iris temos 7 cores diferentes. Que nas costas dos outros vemos as nossas e muitas são as vezes em que me pergunto quem me defenderá quando for eu o "Diabo"? Que nem todos tivemos a mesma educação, os mesmos previlégios e chamadas de atenção básicas durante o crescimento. De que a definição de "certo" e "errado" nem sempre é imutável. Que aquilo que nós achamos ser uma má escolha, pode ser a escolha mais acertada que a outra pessoa está a tomar naquele momento da sua vida. E acima de tudo: que todos temos telhados de vidro... e o mais irónico é que aqueles cujo vidro é mais fininho, são os que mais morrem de vontade de atirar a primeira pedra.

Ca pucaria!


Diz que estão 30 graus lá fora.
Diz que se está bem na praia.
Diz que já se bebem jolas fresquinhas e caracóis (cruz credo!) nas esplanadas.

E digo eu: "Ah.. porreiro, pá!"

Estou desde sábado sem sair de casa. Na companhia de uma gripe amorosa que teima em não ir à vidinha dela, para eu poder ir à minha.
E eu tudo bem... ou tudo mal! Já estou a ficar um nadita farta das dores de cabeça, no corpo, e do pingo no nariz! De não ter aproveitado nada destes dias de calor que o S.Pedro nos deu, já para não falar da inveja das pessoas que estão a torrar o lombo ao sol, que era coisa que, mesmo que estivesse bem de saúde, eu não poderia fazer.. mas isso é o menos! Só já quero o meu nariz de volta e os cêgripe lá looooooooonge!
É pedir muito? É? É?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Blog oficialmente viciado em #3:




É que estou mesmo coladinha... e vou um episodio à frente do que passa no AXN!! Quero mais, mais, mais!!!

Devagar devagarinho...


Encontra-se a vela com o cheiro certo, o champô e o amaciador que deixa o cabelo com aquele brilho, o creme hidratante que desconhecia e cujo aroma adoro sentir na minha pele, a loiça arrumada da maneira certa na máquina, os copos novos, as gavetas organizadas como nunca antes as tive, a despensa em ordem, o frigorifico cheio de coisas boas, os cortinados lindos, as fotos e os imans na porta do frigorifico, a agenda organizada e os recadinhos bem guardados, a roupa que cheira tão bem, as torradas pela manhã, o sumo de laranja, a música certa na hora certa, os jornais e as revistas.
O tempo para mim, só para mim. O silêncio, o meu pc no colo e as músicas velhinhas misturadas com novas que acabei de descobrir, a televisão ligada mas sem som, a companhia da fruta que antes não comia, as receitas de sopa que quero fazer, os petit gateaux no congelador, bem ao lado do gelado de baunilha, o Flashforward no disco, com Anatomia de Grey, Californication e Dexter todos bem alinhadinhos para as tardes de fim de semana. O sol lá fora, o calor, as t-shirts coloridas, as sabrinas nas caixas, as melissas, os óculos de sol novos.
A calma, a paz, a confiança, o sorriso, a boa energia, o ar puro, leve, bom de respirar. O alívio... ai o alívio!
Devagar devagarinho tudo se encaixa, tudo se encaminha para o que deve ser, como deve ser, como é suposto ser. Como eu sempre quis que fosse, como a felicidade deve ser.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

E não é que me portei bem??


Nada de crises nervosas, nem ansias, nem ressacas de falta do meu nokiazito rosa!
Não senti faltinha nenhuma (ele que não nos ouça!), e passei o dia tranquilamente, à moda antiga. Fiz 2 telefonemas de rede fixa, para avisar os meus irmãos que não estava do lado de lá do meu 91. Ora pois que os pequenos, ainda mais desligados do que eu, nem sequer atenderam as chamadas. De resto deu para perceber que, na falta de telemovel, temos para além do telefone fixo, o mail, o facebook, o msn. Ou seja, a menos que estejamos desligados do pc (e como eu gostava de estar por uns dias...), acabamos por estar sempre em contacto com o mundo e maizalém.
Também deu para perceber que afinal não sou tão dependente do celular como achava. Ou melhor, JÁ não sou tão dependente como em tempos fui, em que era impensavel sair de casa sem o fiel amigo, andava com ele no bolso do roupão em casa, o levava para o wc, a pontos de uma vez o ter deixado cair dentro da sanita.
Enfim, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Sobrevivi, mas não tenciono voltar a deixar o nokiazito rosa em casa de castigo, porque parecendo que não, à hora de saída do burgo e para combinar locais e horas de encontro e avisar eventuais atrasos... dá jeito, pois dá.
Já agora, ainda há alguém que não tenha telemovel?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vai ser giro, vai...


Pois que sôdona Pips hoje achou por bem sair de casa sem celular.
E só deu conta da sua brilhante decisão quando já estava com um pé no comboio em direcção ao Oriente. Voltar atrás? Not an option.
Sendo assim vamos lá viver um dia inédito, sem memória de ter acontecido em tempos passados: cerca de 10h sem celular.
Agora é que vamos ver como é que eu me dou privada de uma das minhas dependencias (se não a única).

P.S- Se me der um ataque de nervos por me sentir desligada do mundo, venho para aqui fazer queixinhas, tou já a avisar!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Apetece-me...


Ir a um concerto cujas letras das musicas saiba decor e salteado.
Tomar um banho de imersão com espuma a sair da banheira.
Fazer madeixas.
Ler um livro de uma ponta a outra num ápice, tal é o interesse que me desperta.
Ir a um parque de diversões.
Andar de balão de ar quente.
Cantar num karaoke, sob o efeito de algumas morangoskas.
Morangoskas.
Apanhar sol.
Andar de patins em linha.
Pegar num bebé.
Ficar 3 dias sem ter de ligar um computador.
Dormir 12 horas seguidas sem acordar uma única vez.
Ter roupa nova, mas não ter de perder tempo a ir escolher e comprar.
Comer melão com presunto.
Inscrever-me num ginásio (e frequentá-lo!).
Ir ver uma peça de teatro.
Visitar a minha amiga Inês e a Carolina (ainda dentro da barriga).
Óculos de sol novos.
Por agora é isto.

Lembram-se disto??


"Aiiiiiiiiiiiiiii.....
Que horas são?
11 e meia.
Oh... leva-me contigo!
P'ra onde??
P'ra dançar na praia.
Só contigo?
Simmm. Comigo. Dançar na praia, rolar no chão.
Rolar no chão?
Simmm. Rolar no chão, dançar na praia.
Ohhh....
Oh.. Leva-me contigo!
P'ra onde?
P'ra dançar na praia.
Ohhhhhhhh
Oh... Leva-me contigo!
P'ra dançar na praia"

"Rolar no chão", Afonsinhos do Condado, 1988.

Está em repeat na minha cabeça!!

Blog oficialmente viciado em #2:

"Grão de Café" da Risqué!
Giro que dói!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Blog oficialmente viciado em #1:


O blog... eu não!

(Depois queixa-te da vida e que tens de fechar a boca.)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Get carried away


No que toca ao amor, e durante quase toda a minha vida, sempre segui o mesmo padrão: Ele (o amor), vinha ter comigo. Batia-me à porta quando eu menos estava à espera, apaixonava-me, deixava-me levar cegamente e a muito mais do que 100%, vivia tudo intensamente e quando a magia acabava cada um seguia o seu caminho, lambia as suas feridas, e feito o "luto" era esperar até que me voltasse a bater de novo à porta.
Houve uma vez, uma única vez, que ele não bateu. Arrombou e deitou a porta abaixo. Foi assim desde o primeiro até ao ultimo instante. Um rompante, um turbilhão, muito mais do que um furacão de emoções, de loucuras e más escolhas.
Durante quase toda a minha vida tive a sorte (?) de atrair até mim vários "Aidans." Pessoas maravilhosas, com um coração do tamanho do mundo, onde guardavam um lugar especial só para mim. Pessoas perfeitas, mas que, passado algum tempo, eu percebia que não eram perfeitas para mim, assumindo a quota parte de culpa e responsabilidade pelo insucesso da relação.
Houve uma vez, uma única vez, que atraí um Big. De carácter duvidoso, instável, inseguro, com objectivos e perspectivas de vida opostas à minha, com a capacidade de me fazer sentir pequenina o tempo todo, que me levou dias e noites, semanas e meses, estações e anos, e anos, e anos, de muito esforço, muitas lágrimas, muita energia canalizada numa batalha da qual não queria sair derrotada. O que me custou a perceber foi que a batalha era comigo mesma e não com ele, e no dia em que finalmente entendi isso percebi que afinal até tinha ganho!
Durante muito tempo, quase toda a minha vida, procurei paixão, fogo, aventura, que me fizessem sentir viva, novidade, borboletas, calores e frios, arrepios vários a toda a hora e todo o instante. Quando os sintomas começavam a desaparecer assustava-me e pensava que se calhar não era "O tal", porque "O tal" teria a capacidade de me fazer sentir isso todos os dias, para o resto da minha vida.
Hoje, procuro ser feliz. Procuro nos braços de quem está comigo a paz de espirito que um dia me tiraram, a estabilidade, a confiança, a segurança, a tranquilidade de adormecer e acordar descansada e sem ansiedade nem aperto no coração. Procuro um melhor amigo, um companheiro, um parceiro de "jogo", cumplice e presente. Procuro paz e equilibrio. Suspirar muito de alivio e segurança, de preenchimento e certeza de que agora sim, estou no caminho certo, e fiz as escolhas certas. Procuro protecção, colo, ombro, conforto, mimos e festas no cabelo. Sorrisos e olhos brilhantes. Segredos ao ouvido e risinhos irritantes. Procuro aquela estabilidade que só se encontra nos "Aidans" desta vida.
Se pensar bem, nunca gostei muito do Big... e sempre achei que o Aidan era, de todos, perfeito para a Carrie. Ela fez a escolha dela e eu faço a minha. E para todas as meninas que estão a deixar passar ao lado Aidans que à primeira e segunda vista não parecem ser o tal, lembrem-se que nunca vão saber de facto se continuarem com os olhos vidrados nos Bigs que no fundo já sabem que não é.
Vai haver um dia em que vão rever as vossas prioridades e perceber que não é o Big que vocês querem... era quem o Big poderia ser se mudasse por vocês! Mas como ele não muda nunca... dêem valor ao Aidan que já é perfeito sem vocês terem que fazer nada! Deixem-se levar...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Este piqueno...


Tem dado côr às manhãs cinzentas desta semana.
Tem um "quelque chose" que me dá cenas.
Não sei se é da barba, se é do cabelão rebelde, se é do ar desleixado "tou nem aí pró mundo", se são as mãos perfeitinhas como eu gosto... mas dá-me cenas.
É vê-lo no sobe e desce dos mupis e quase que me nasce uma alma nova!
...
Tem juízo, Pips Maria!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Keep Clear


Estou como o tempo: instavel.
Depois de dias de sol quentinho e cheiro a Verão, uma chuvada destas, com direito a trovoada e um relâmpago que deve ter caído mesmo aqui ao ladinho do burgo pelo estoiro que deu (pena não ter caído em cima de uma secretária que eu cá sei... ia dar um fogo de artifício lindo, lindo!).
E o dia está feio e cinzento. Sem dar grandes abébias nem confias a quem ainda tenta passear à beira do Tejo revoltado de ondinhas agitadas. E o teleférico está parado. São eles e eu. Na minha bolha, sossegada mas a borbulhar por dentro.
Porque sim, porque estou com TPM, porque sou insatisfeita por natureza, porque sou sagitário, porque ando cansada, porque preciso dormir 14h seguidas e sem pensar em nada, porque preciso que durante esse tempo ninguém se lembre ou precise de mim.
É pedir muito?
É, bem sei que sim. Mas ou faço um retiro desses em breve, ou isto dá o berro! E depois aturem-me, aguentem-me, chamem-me de "bitch", insuportável e intragavel... mas não bufem, que é pior!

terça-feira, 13 de abril de 2010

É que eu queria mesmo entender...


Para mim o mundo divide-se em dois tipos de pessoas:
- Aqueles que sabem que têm que se levantar às 8:00h, e por isso põem o relógio a despertar para as 8:00h. O despertador toca, acordam, desligam o despertador, dizem duas asneirolas em pensamento, quiçá em voz alta, e levantam-se.

- Aqueles que sabem que têm que se levantar às 8:00h, e por isso põem o relógio a despertar para as 7:30h. E depois disso a tocar de 10m em 10m. E quando chegam as 8:00h ainda põem a repetir mais uma vez, porque 10m a mais na cama nunca fizeram mal a ninguém.

Ora, eu faço parte do primeiro grupo. E não só faço parte do primeiro grupo como tenho uma enorme dificuldade em lidar com este ritual masoquista (a meu ver) do segundo grupo. E dizem vocês: "Oh, Pips, não sejas assim, caramba... também que diferença faz?"
Pois que a diferença é infinita, já que para mim o acto de dormir é sagrado. E coincidentemente, o meu sono mais profundo acontece de manhã, o que faz com que eu queira aproveitar ao milésimo de segundo o tempo que tiver para estar a dormir, de facto, profundamente, tranquilamente, até ao milésimo de segundo em que o despertador toca e eu me levanto de imediato.
Ter um despertador a tocar meia hora antes da hora em que eu sei que me vou pôr de pé, ainda por cima a tocar de 10m em 10m (o que prefaz um total de 4 repetições), deixa-me num estado de nervos profundo. Eu fico stressada e ainda nem acordei a sério. Dá-me cenas, das más. Fico com um feitio intragável. Mal disposta mesmo. E custa a ultrapassar esse meu estado de espírito.
Estou a tentar melhorar, confesso. Não refilo, não mando bocas, não digo nada. Silêncio profundo e finjo que não acordei e continuo no meu sono de beleza... sendo que a paz em que me encontrava foi para o espaço mal se deu o primeiro "Piii".
E gostava que me explicassem, as pessoas do segundo grupo, como é que conseguem adormecer entre as repetições do tel? E porque é que não preferem dormir tudo seguidinho, sem interrupções? Como é que a sensação de "ainda faltam 10m!" vos dá algum prazer e não ficam em desespero total a pensar "SÓ faltam 10m!"
Vá, ajudem-me nesta minha luta por ser uma pessoa mais tolerante, mais zen, mais compreensiva, e não acordar todas as manhãs com estes instintos assassinos!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

E não digam que eu não vos conto tudo!


Pois que então a passagem pelos Açores foi assim:
- Carreguei do burgo para o aeroporto, do aeroporto para o avião, do avião para o hotel, e do hotel para o seu destino final, com uma encomenda de 12 kg nestes dois bracinhos de menino da Etiopia, que fizeram com que durante dois dias e duas noites não os conseguisse mexer.
- Fui revistada (apalpada) no aeroporto à conta da dita encomenda de aspecto duvidoso, e ainda levei com o elogio (?) "Mas que idade tem? Parece uma teenager!" O que não foi inédito, porque já numa outra andança do passado (há 6 anos atrás), questionaram se eu já tinha 18 anos, sendo que na altura tinha acabado de completar os 21.
- A comida do avião é uma porcaria.
- Tive alguma dificuldade em entender os locals, na chegada a Ponta Delgada, mas como tenho um jeitinho especial para sotaques, quando dei por mim parecia uma versão feminina do Pauleta (mas em bom), em amena converseta com toda a gente.
- A marginal e o centro de Ponta Delgada são lindos. Sim, foram as únicas coisas que consegui ver. Pois que fui a trabalho, pequenada, e fiquei umas míseras 24h em solo da região autónoma... logo, não deu para grandes avarias. Mas do que vi, adorei! Especialmente porque durante o tempo em que me andei a pavonear qual turista de máquina fotográfica em mão a disparar em tudo o que era direcção, esteve um sol maravilhoso, calor, e o céu limpinho que dava gosto! (Mal fui para o quarto começou a chover.. Bem haja S.Pedro!)
- Vi o Benfica perder já no aeroporto enquanto avisavam que o vôo estava atrasado. Não havia necessidade... caíu mal, pois caíu... e claro que depois a viagem de regresso a Lisboa foi uma arrelia, porque eu sou uma pessoa sensível e que me impressiono facilmente.
- A comida do avião é uma porcaria.
- Tive direito a surpresa, como nos filmes, quando chego ao aeroporto.
- Balanço mais do que positivo: correu tudo lindamente, muito melhor do que o que eu esperava. Resultados a nivel geral só daqui a algum tempo. Mas a nível pessoal já me sinto uma vencedora por ter feito tudo certinho, cheia de coragem, força, e sem desanimar nem virar as costas!
O que pode ter sido visto como um "passeio" para muitos, para mim foi uma prova dura e que me mostrou muito sobre muita coisa. Foi um sinal, abriu-me os olhos. Deu-me força, fez-me sentir bem comigo mesma. Olhar para trás, ver o caminho que já percorri. Lembrar-me do ponto de partida e olhar para a frente com esperança e garra. Até porque, como eu avisei... 2010 é meu! :)

sábado, 10 de abril de 2010

Update


Diz que já fui e já vim.
E correu tudo muito bem. E agradeço do fundinho de minh'alma a todos os que me desejaram boa viagem e boa sorte!!! Senti as vossas boas vibes lá do outro lado do atlântico, palavra!
Agora estou em modo "Ai que sou tão feliz ao fim de semana" e por isso não é hora para falar da viagem, de trabalho, do que me pôe os nervos em franja no burgo e afins.
É hora de não fazer nestum, aproveitar o sol, o calor, e sobretudo a óptima companhia!
Beijinhos, até já, e continuação de um óptimo fim de semana!

terça-feira, 6 de abril de 2010

O Turismo dos Açores dá-me aaaaaaaaaasas!!!


Não estou a morrer de vontade nem a dar pulos de alegria.
Mas no fundo, no fundo, até estou contentinha.
Tenho receio e ansiedade. E uma responsabilidade do tamanho do mundo às costas.
"Vai correr tudo bem!" vezes sem conta, e "Relaxa" outras tanta. Mas não é facil para mim e para a minha rica ansiedade.
Amanhã por esta hora estarei nos Açores, em S.Miguel, qual mulher de negócios, do alto dos meus saltos e ar mais profissional.
Sozinha, alone, by myself.
Mete medo...
Mas é bom, é muito bom. É muito mais do que aquilo que eu estava à espera, do que aquilo a que me propus. E estou orgulhosa, confesso. E ansiosa... muito!
E quando voltar dou sinal de vida!
Pronto, agora desejem-me boa viagem, (sem enjoos) e boa sorte, minhas riquezas!
Bem haja!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Mulherio é danado, pá...


Se há coisa que as mulheres fazem bem (e adoram fazer) é apreciar outras mulheres.
Está nos genes, é praticamente inevitavel, e há apenas uma ligeira diferença entre aquelas que se controlam ou disfarçam bem, e aquelas que pura e simplesmente se desbroncam todas e adoram tecer os mais diversos comentários sobre cada cm ou característica do corpo, gosto, modo de estar/pensar/agir de outras mulheres, especialmente aquelas com quem convivem de perto.
Ainda a propósito do episodio dos bikinis, e confirmando o que eu já sei de longa data, o mulherio quando se junta para apreciar e comentar corpos, banhas, barriga, pneu, esterias, celulite, anca saliente, coxa larga, peito pequeno ou peito descaído umas das outras, é o descalabro!
É um fenómeno social! Palavra!! Parece um galinheiro, cada uma a falar mais alto do que a outra, e atropelam-se, ninguém ouve ninguém, e falam dos seus próprios defeitos, complexos e afins, coisas que gostariam de mudar em si no geral, (e no muito particular), para mostrarem que têm perfeita noção dos seus pontos mais fracos, e que não são outras mulheres que lhes vão chamar à atenção para aquele pormenor (que fazem questão que seja maior), que elas nunca antes tinham dado conta. Tudo sempre na ávida esperança de que depois lhes digam:
- "Oh, não estás tão mal assim, não sejas tola... olha eu estou bem pior!" Porque é sempre assim, com a miséria dos outros podemos nós bem, e se a outra está pior até nos animamos... mesmo quando sabemos que é da boca pra fora, e que não é bem assim!"
Isto no caso de estarmos entre amigas, num espírito de entre-ajuda, de tentativa de nos unirmos todas pela causa do: "Sofremos todas do mesmo e não há aqui nenhuma que meta nojo de tão perfeita que é que me dê vontade de cortar os pulsos!"
Mas quando, por acaso, eventualmente, até há uma que mete mesmo nojo e dá vontade de cortar os pulsos, é vê-las falar baixinho, entre dentes, depois de a dita cuja abandonar a sala onde foi semear o caos e o pânico do mulherio em geral! E aí é ouvi-las: "Aquela Maria está mesmo magra e bem feita. Puta!" (desculpem o palavrão)... "O que é que ela fará para estar assim??". "Mas também já a vi mais cheiinha, agora é que emagreceu... Se bem que aquele corte de cabelo não a favorece muito, e as calças também não. Mas que está magra, está! Puta." (desculpem outra vez..)
O que vem contra toda a teoria de que as mulheres são invejosas e se tratam mal entre si. É mentira! Mentira vil e cruel.
As mulheres são solidárias, companheiras, animam-se e são camaradas.
Enquanto não houver uma que seja melhor e se destaque na multidão.

Este é o próximo a dar-me um desgosto, tá-se mesmo a ver!


Hoje quando cheguei ao burgo tinha algo à minha espera: um caixote de largas dimensões recheadinho de bikinis brasileiros!!
Brasileiros mesmo, daqueles lá do Brasiuuuuuuuuu, de uma menina que trouxe uma mala carregadinha deles, comprados ao preço da chuva e que depois vende aqui por 25/30 euros que é um mimo! Mas esse nem foi pormenor que me tenha feito perder a vontade de mexer e remexar no caixote, já que os padrões eram lindos de morrer, das últimas colecções que eu já tinha visto em catálogos, e só dava vontade de levar todos, todinhos, e dar-lhes beijinhos e abraços até mais não!
Eis que finalmente resolvo escolher (só) 4 ou 5 que gostei mais, tendo em conta os tamanhos brasileiros P, M e G, adequando à minha realidade anatómica, a parte de cima mais assim, parte de baixo mais assado e tudo bem que isto na mão parece muito pequenino mas "ah e tal que é mesmo assim, já sabes como são os bikinis brasileiros, pequeninos, pequeninos, mas no corpo até faz um efeito diferente e de certeza que te ficam bem, porque tens corpinho para eles e mimimimi..." e lá vou eu toda gaiteira experimentar os meninos à casinha.
E foi aí que se deu a tragédia! Partes de cima tudo xpto, sim senhor, que até me ficam bem e já me imaginava com uma corzinha de gente normal, sem ser verde como estou agora... partes de baixo: ME-DO. Eu bem que vestia as cuequinhas mas quando ia ver... puuffff! "Cadê vocês, mininas??" Simplesmente desapareciam de tão pequeninas que eram.. mesmo! Pois que um G (grande) deles é o equivalente a um XS nosso. E eis que dou por mim a sentir-me completamente desnudada, qual menina do Rancho das Coelhinhas (programa que dava na Sic Radical, para os mais distraidos)!
Pára tudo! Qué lá isto?? Então mas não tou a "peceber"! As brasucas até são cuzudinhas, popozudas, têm um bumbum do tamanho do seu prórprio país, abonadas de airbag traseiro!! Como é que vestem isto?? E atenção que eu gosto e tenho bikinis pequeninos, decotados, minimos e reduzidos! Mas aquilo era demais.. palavra que era!
E assim fiquei eu.. deprimida e desgostosa, com puppy eyes a ter que devolver aquelas riquezas, e a sentir-me uma J.LO ou uma Beyonce tuga e em versão branco mais branco não há.
Oh sorte malvada! Que estava mesmo, mesmo, a precisar de umas coisinhas daquelas para alegrar o meu dia e só consegui foi ficar cheia de nervos deste meu "cu dxi bomba" como é conhecido entre os amigos (queridos que eles são! NOT!).