quarta-feira, 24 de abril de 2013

Pensamento do dia


E já falta pouco..... :)

sábado, 20 de abril de 2013

E porque um post nunca vem só...


Cá está, a foto do momento. Aquela que se vê em repeat em tudo quanto é facebook e instagram da vida.
Ora eu sou fiel ao lema: "Podes tirar a miúda da Serra, mas não tiras a Serra da miúda". E isto porquê? Porque eu passei grande parte da minha vida, diria uns valentes 20 anos, onde o conceito de praia se reduzia a uma quinzena em agosto. Durante o resto ano, pés na areia era coisa que só se via na TV. Quem vive lá prá minha zona deve saber ao que me refiro: temos lagoas lindíssimas, temos montes e vales de cortar a respiração, temos rios de água cristalina, temos pedras e pedregulhos onde se apanha sol, que nem sardaniscas coladas à parede, mas praia a sério, com areia branquinha, mar salgado com ondas e tal, não. Vai daí que só no pico do verão, nos benditos 15 dias que tinhamos para as chamadas "férias", é que se faziam 300km ou 600km ou mais de 1200 km, para se ir à praia na Costa da Caparica, no Algarve, ou numa qualquer cidade espanhola, na loucura, mas em AGOSTO, leram bem?
É por isso que, após mais de uma década de vida alfacinha, me continua a fazer muita espécie as pessoas que, ao primeiro raio de sol, passam das botas de cano alto e pelo felpudo para as sandálias, deixando à mostra todo um pé branco, quando tem cor (o meu por exemplo nem branco está... está incolor, uma coisa tipo medusa, assim pró transparente), ou vão a correr estender o lombo no areal mais próximo, e toca de tirar fotos ao bendito pé (quase sempre feio que dá vómitos, mas a isso já lá vamos), e a postar em tudo quanto é rede social, para que todo o mundo saiba que sim senhores já deram início à sua época balnear, em março ou abril, e por isso merecem uns 620 likes e "ai que inveja que eu tenho daquela porca que já está na praia e com o pé na areia." Não. Tudo isso é muito errado. Primeiro porque eu não tenho necessidade de ver 300 pés horrorosos a passar em scroll no meu mural. A sério, dispenso. Não sou fã de pés, muito menos dos outros, e acho fantástico aquelas pessoas que dizem: "Ah mas os meus são lindos e estão arranjadinhos,!"... não, não podes e ninguém quer saber disso. São pés, toda a gente tem dois e os teus não são lindos, tu é que te convenceste disso porque assim como assim os pés são aquela parte do corpo onde não se nota se engordaste 5 kg durante o inverno, ok? E depois porque é de uma falta de imaginação brutal... Ponham outra coisa, sei lá... o pâncreas, por exemplo! Ou o fígado. Que é tão cor de rosinha, tão lindo!
Moral da história: ténis, sabrinas, qualquer tipo de sapatinho fechado, com ou sem meia de vidro (já nem vou por aí...) existem por uma razão. Para fazer a passagem entre as meias de lã até ao joelho, para o coto de fora que ninguém quer ver. E outra: fazer praia em março ou abril é cool e motivo de inveja se for nas Caraíbas, ou em Bora Bora ou coisa que o valha. Na praia da Cruz Quebrada ou Caxias ou no Barbas é só triste, ok? Pronto.

Back to basics

Este tempo afastada da blogosfera não significou que me ausentasse enquanto espetadora do fenómeno, que cada vez mais parece ser pau para toda a obra. Aquilo que começou, há vários anos atrás, por ser uma espécie de diário público, onde quem tinha gosto pela escrita publicava o que lhe apetecia, passou a ser uma ferramenta de trabalho, onde cada um, à sua maneira, tenta encontrar um lugar ao sol.
Ser blogger hoje em dia é cool. Se for um blogue temático melhor. Ter um blogue de moda, beleza, lifestyle ou tudo junto, é quase como um free pass para se ser aguém admirável. Alguém que se queira ser, alguém por quem nos inspiremos, alguém em quem procuramos algum tipo de referência. Seja porque se gosta dos looks, das dicas de beleza, dos restaurantes, hoteis e praias por essa pessoa frenquentados. E mesmo quando não se gosta, há um lado hatter em cada um de nós, que faz com que se continue a ir lá espreitar o que aquela alma anda a fazer. Temos curiosidade. Uma curiosidade mórbida em saber o que se passa na vida dos outros. Para amar, odiar, ou simplesmente invejar.
Confesso que não sou leitora assídua de blogues. Já segui uns quantos, mas fartei-me. Ou porque perdi a paciência, ou porque, para mim, deixaram de ter graça, ou porque se tornaram montras de marcas, ou porque simplesmente passei a perceber como a coisa funciona, e reconhecer facilmente quem escreve apenas e só pelo prazer de escrever, e quem vê num blogue um negócio. Nada contra, simplesmente, not my thing. Mas tudo isto para dizer que também esta noção do rumo que as coisas estão a tomar, e honestamente, na banalização cada vez maior da blogosfera, contribuiu para o meu afastamento. Se calhar passei por uma crise existencial (Que tipo de blogger eu sou? O que faço aqui? Que tipo de blogue é o Meu Umbigo? Em que tipo de blogue eu quero que ele se torne?). E enquanto não obtive respostas, preferi não escrever. Até que comecei a sentir a tal saudade, de que falava no post anterior, e que me fez lembrar por que criei este espaço, há 5 anos atrás. Para ter um espaço onde pudesse escrever sobre o que me apetecesse. E, se possível, ter algum feedback. Porque sempre defendi que quem expõe publicamente alguma coisa, seja de que tipo for, pretende, acima de tudo, feedback e atenção. Foi o que eu fiz. Juntei-me com uma amiga e as duas fomos depositando os nossos devaneios para aqui. Era o Meu (nosso) Umbigo, e aqui podiamos dizer tudo o que nos apetecesse. Se houvesse quem achasse graça, melhor. Se não, não fazia mal. Porque nos riamos as duas dos posts uma da outra e isso era suficiente. Já passaram 5 anos e muita coisa mudou. Mas esta paragem fez-me perceber que a essência do blogue se mantém: não há um tema, não um negócio, não vendo nada, não procuro nada, não quero ser famosa, não quero receber prendas de marcas, não preciso de 70 comentários e 5000 seguidores, não vou criar uma página no facebook do blogue, não quero haters, não deixo comentários noutros blogues para que visitem o meu.
Escrevo aqui porque gosto de escrever. Porque me sabe bem. Porque me faz bem. Porque gosto de voltar atrás no tempo e procurar o que estava a acontecer na minha vida em maio de 2009 e ter algum registo disso. Porque é fantástico ler as minhas próprias palavras e perceber o quanto e como mudei. Porque um pouco da minha vida está aqui. E é por isso que, ainda que fique semanas, meses sem publicar nada, o blogue me continua a fazer sentido. Faz parte de mim, de quem eu fui e quem eu sou. A paixão pela escrita mantém-se. Mais forte, viva e presente do que nunca. É aquilo que faço todos os dias, tenho a sorte imensa de fazer no meu trabalho aquilo de que realmente gosto, e é aí que mato a minha sede pelas letras e pela atenção que a sua publicação me dá e certeza de que sou lida por muita gente. É por isso que o blogue continua igual a si mesmo, sem qualquer ambição de se tornar noutra coisa que não isto: "O Meu Umbigo".
Welcome back! ;)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pausa da pausa

 
 
Para dizer que não abandonei o blogue. E que vou voltar porque me faz muita falta escrever. Embora o faça todos os dias, a todas as horas. Não é a mesma coisa. Este é o meu espaço e sinto falta dele. Sinto falta de me ler, por mais egocêntrico que isto soe. Sempre encontrei na minha escrita o meu próprio reflexo, e sinto falta desse exercício. A todas as pessoas fofinhas que me dizem que continuam a vir aqui espreitar para ver se já voltei, muito obrigada. Não imaginam como é bom saber isso!
Até já! :)