quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Chicago (on) Fire


Estreou ontem no AXN. Tem o pequeno Jesse Spenser (o médico loirinho do House), e este moreno de olhos azuis, de nome Taylor Kenney, que nunca me chamou muito a atenção mas que, em modo bombeiro rebelde tem a sua graça. Mais graça ainda tem o facto de ser o namorado, agora noivo, de Lady Gaga. Vai-se a ver e a menina que é toda dada às cenas estranhas e out of the box, no que toca ao amor vai pelo tradicional e em bom. Só vi o primeiro dos dois episódios de ontem e gostei. Hoje vejo o segundo, com mais atenção, que parecendo que não, imagens como esta acabam por desconcentrar.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

"Porque é que somos tão más umas para as outras?"



O episódio que envolveu a Jessica Athayde a desfilar em biquíni na Moda Lisboa fez com que esta pergunta começasse a circular de boca em boca, como se, de repente, ninguém se revisse naquela postura de crítica e de julgamento que toda a gente de vez em quando tem. Toda a gente: homens e mulheres. Mulheres comentam comportamentos de mulheres (e de homens), e homens comentam comportamentos de homens (e mulheres). A meu ver, não é no comentar ou criticar, ou até mesmo julgar que está o mal. É normal, faz parte, chama-se sentido critico, ter opinião, o que seria do amarelo se todos gostássemos de azul? Válida ou não, absurda ou não, cada um tem a sua opinião e parece-me de um falso moralismo atroz dizer que não se comenta ou criticam as amigas, as colegas, tal como os amigos, os irmãos, os atores, o homem do talho e da bomba de gasolina.
O que me choca não é a capacidade do ser humano em falar mal, mas sim a incapacidade para falar bem. O quão raro é ouvir um elogio sincero. Dar os parabéns por um feito. Ou comentar com a amiga no café, "Olha que gaja tão gira entrou agora!", sem ser seguido de um "Bitch!". "Ah e tal é a brincar!", não, não é. É ressabiamento. 
Incomoda-me este bloqueio em valorizar e reconhecer que a colega é uma boa profissional, que faz um bom trabalho, que se esforça e é realmente boa naquilo que faz. Incomoda-me que um casal que faça uma demonstração de amor leve com um "É só fachada!". Incomoda-me que quando alguém demonstra, seja de que forma for, que está feliz, isso incomode outro alguém. Incomoda-me que o sucesso, a felicidade, as conquistas e o bem-estar de uns sejam o mau estar de outros.
Se acho que isto acontece mais entre as mulheres? Acho. Acho que temos uma maior dificuldade em lidar com o sucesso umas das outras, porque esmiuçamos mais os sentimentos, porque estamos mais atentas, porque somos mais competitivas, porque nos esforçamos horrores para ser bonitas, magras, saudáveis, bem dispostas, bem sucedidas profissionalmente, apaixonadas pela vida e pelos homens da nossa vida, preenchidas, bem resolvidas, com tempo para nós e para eles. Porque todas almejamos esse estado de plenitude que não faço ideia se existe realmente, mas para o qual damos o litro diariamente para alcançar. E se vemos alguma de nós, das amigas, das colegas, das conhecidas do Facebook, ou gaja gira do café a alcançar, a ser, fazer ou parecer uma miragem daquilo que nós ainda não conseguimos ser ou fazer... está o caldo entornado.
Hoje dei por mim a elogiar várias pessoas que são minha concorrência direta. Colegas de profissão, com os os mesmos objetivos que eu, que fazem exatamente o mesmo que eu, mas a primeira coisa que me passou pela cabeça foi dar os parabéns publicamente. E sim, o meu meio é 99,9% feminino. E não, não me senti fragilizada, nem com inveja. Não as chamei secretamente de "Cabras!" por terem feito um trabalho fantástico que pode abafar o meu. Dei os parabéns sinceros e aprendi, porque é na verdadeira admiração que se encontra a vontade de aprender mais, de fazer igual ou melhor, de evoluir. Não é a procurar erros e gralhas ou a criticar gratuitamente por desdém.
Por isso não, não somos todas tão más umas para as outras. Mas aquilo que dizemos (ou não) sobre os outros revela muito mais sobre nós mesmas do que sobre os outros. Se a incapacidade para elogiar e valorizar  faz de nós más pessoas? Acho que não. Mas claramente faz de nós mulheres bem mais inseguras, frágeis e vulneráveis.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Os vestidos da noite

A pequena Dakota, para mim, estava divinal. Na verdade, não é o vestido que é perfeito. É ela. Toda ela neste look tão elegante e sensual, como clean e sem grandes carnavais. Não sendo nomeada e praticamente uma novata nestas andanças, o mundo tem os olhos postos nela e tudo é motivo de crítica: porque não tem peito, porque tem ar de sonsa, porque fala a sussurrar, porque levou a mãe, porque a mãe não viu o filme, porque a mãe já pode ver o filme... ahhh! que canseira! O que é certo 
e que a pequena tem estado sempre impecável nas aparições do género, e eu, mesmo não sendo fã do vestido por si, acho que aqui tudo combinou na perfeição. Nem de mais, nem de menos, comme il faut.




Como não consigo escolher só um, confesso que este me encheu as medidas (tendo como cabide a J.Lo, porque já o tinha visto noutra alma e realmente a pessoa é que faz o vestido), sobretudo porque me faz lembrar a minha rápida prova de vestidos de noiva. Houve um muito parecido com este (com decote mais singelo, calma), mas com o mesmo corte, textura e pormenores rendados. Não foi o escolhido porque não há amor como o primeiro e desde que experimentei "o meu" soube que era o tal.




E depois temos isto. O "Não Vestido" da noite. Obviamente que estes preparos não se deram durante a cerimónia (circuito que a rebelde Irina só começará a frequentar quando assumir uma relação com um ator decadente), mas na after-party, uma espécie de vale tudo pós-Oscares, onde, pelos vistos, vale mesmo tudo. Quase que imagino a D. Dolores ao ver estas fotos e a dizer ao seu Renalde: "Tás a ver mô queride?!! Eu sempre te disse que ela era uma javardona, mô queride!!". Verdade seja dita, Irina filha, estavas mortinha para soltar a franga!





O discurso da noite

Este:


Ridículo que ainda tenhamos de levantar a voz para exigir que mulheres recebam o mesmo que homens. Ridículo, mas se assim formos ouvidas, pois que seja.



O Oscar da noite

Para mim foi este.




J.K Simmons em Whiplash. Simplesmente brilhante. 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Nova postagem

Não vinha ao blogue há quase 5 meses. Fartei-me. Do meu e dos outros. A blogosfera é um espaço que cada vez menos frequento. Espreito, pelos ossos do ofício, quando me dizem "já viste o post que X escreveu sobre Y?", ou por gostar e conhecer pessoalmente quem está por trás de 4 ou 5 blogues nacionais e saber o trabalho e dedicação que depositam em cada post. Não me identifico com este novo conceito do "toda a gente tem alguma coisa a dizer seja sobre o que for", e "toda a gente tem um blogue para receber mimos das marcas", e "toda a gente é stylist, makeup artist e anda com um fotógrafo atrás para mostrarem as fotos do look do dia e dos locais trendy que frequentam." Não critico, é um género, mas não é o meu. E como quando criei este espacinho, há sete anos e meio atrás, estava longe de imaginar no que isto se ia tornar, senti que deixou de ser a minha praia e de me fazer sentido.
Não estou a ser totalmente sincera. Na verdade, também a necessidade de escrever e partilhar aquilo que me ia na alma começou a ser cada vez menor. Nunca escrevi para que me lessem, para ter comentários, seguidores ou visualizações. Se de alguma forma aquilo que eu escrevia tocava em alguém, melhor, era um bónus, era fantástico saber que acrescentei alguma coisa a quem me lia. Mas nunca o fiz com essa pretensão. Sempre escrevi para mim. Num ato assumido de egocentrismo (daí o nome do blogue), e de pura descarga emocional, para me compreender melhor, para me expressar melhor, para conseguir encaixar as peças que não me faziam sentido na oralidade. Depois de escritas e lidas por mim, as palavras passavam a fazer sentido. Este blogue foi a minha grande companhia na altura mais difícil da minha vida. Foi a minha terapia. A minha metamorfose e ferramenta essencial para me "despir" de tudo o que conhecia até então, reconstruir e aceitar quem era, com todos os meus defeitos e fragilidades que aqui, conseguia assumir. Hoje mesmo, ao regressar a este espaço, a primeira coisa que fiz foi voltar atrás. Procurar posts que escrevi há 4 ou 5 anos. Procurar a pessoa que era então. E poder encontrar essa pessoa, através das minhas palavras, é, à falta de melhor palavra, priceless. Não há presentes, mimos, vouchers, parcerias, comentários, visualizações ou publicidade que o paguem. Foram muitas as vezes em que, por sentir que já não me apetecia escrever, por achar que não tinha nada a acrescentar, por não saber se fazia sentido continuar na mesma linha de partilha, achei que devia simplesmente terminar com o blogue. Mas acabei sempre por deixá-lo estar, como uma casa abandonada, repleta de memórias que sabem bem ser relembradas quando volto a este cantinho.
Vou tentar voltar mais vezes. Vou tentar abstrair da "selva" que este universo se tornou e escrever pelo prazer. Pela simples vontade de. Porque entre a pessoa que fui durante todo o tempo em que escrevi assiduamente e a que hoje sou há um "vazio" que ficou aqui por preencher. Porque daqui a 7 anos quero olhar para trás e ler nas minhas palavras quem era e de como era a minha vida em fevereiro de 2015.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

"Amals" que vêm por bem

 
 
 
Porque estas coisas dos casamentos ainda me batem forte cá dentro, ver um Clooney de aliança é coisa que me deixa com aquela sensação de "Ah-ah! Cá está a prova de que quando eles gostam a sério a coisa dá-se!".
Não que a coisa não se dê também quando eles não gostam a sério, que há muito casal por aí a contrair matrimónio pelas razões erradas... mas esse é um tema que fica para outro post.
Nunca fui daquelas fãs de suspirar pelo George. Acho-o um dos atores mais charmosos de Hollywood, e aos 53 anos continua com ar de puto rebelde, que todas as ex achavam imensa graça mas no fundo queriam mudar e dizer "Fui EU que domei o Clooney!"... Mas ia-se a ver e não. Namoradeiro sempre foi, mas casou uma vez, não correu bem, e deixou-se estar a aproveitar a vida, e fez muito bem. Como ele há tantos homens por aí que não querem, não precisam, não sentem vontade de casar. As motivações? Diversas. Mas a principal, sem dúvida nenhuma, e por mais voltas que dêem é: "Não querem casar.... CONTIGO!"... (E agora até cantarolei a música do Enrique Inglesias e tudo...).
E não, não digo isto de barriga cheia porque ah e tal já me casei, tenho um homem que me quis prá vida, posso mandar bitaites à vontade... Nada disso. Sempre defendi a teoria do "Ele não está assim tão interessado". Custa horrores para o ego, mas é bem melhor do que andarmos feitas baratas tontas a escrever enredos de novelas mexicanas para justificar o facto de ele não ligar de volta, não ter tempo, não querer assumir um namoro, não querer ir morar junto, não falar em futuro, e, eventualmente não querer casar. Seja qual for a situação, quando as coisas não correm pela ordem natural num relacionamento, vale mais preparar o ego para a pancada mas assumir que se calhar ele não gosta assim tanto, do que mandar areia para os olhos ad aeternum e viver numa mentira na qual só nós acreditamos.
Clooney, o eterno solteirão de Hollywood, é a prova disso. Não quis casar com uma, nem com duas, nem com resmas de mulherões com quem se pavoneou para tudo quanto era lado... Até que encontrou "a tal". A tal Amal com quem quis, finalmente, casar.
Acredito em histórias como esta, acredito que há "Amals que vêm por bem" e que mostram que não havia mal nenhum nem em nós, nem em quem passou pela nossa vida. Simplesmente não era para ser. E acredito quando o George diz "It feels pretty damn great!", porque independentemente das voltas que a vida possa dar, estar casado com a pessoa que realmente amamos, aquela que escolhemos em detrimento de todas as outras, é mesmo MUITO BOM!!! :)