sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Nunca digam...



"Ah e tal, a nossa casa é pequenina e nem temos muita coisa para levar!"
A casa pode ser pequena e até podem ter a ilusão de que não há muito para levar. Mas é só isso: uma ilusão. As tralhas multiplicam-se. Escondem-se em caixinhas disto e daquilo. Nos armários que raramente abrimos e nas gavetas que nem nos lembramos que existiam. E quando pensamos que já está tudo... ainda há mais uma caixa de qualquer coisa para levar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Nostalgia



Hoje vamos passar a última noite naquela que foi a nossa Rica Casinha nos últimos 22 meses. Naquele lar que não o sendo, tomei como meu desde o primeiro dia em que para lá me mudei. Onde passei tantas e tantas e tantas alegrias. Tantos momentos bons. Onde no fundo tudo começou. Onde eu (assumida bicho do mato), me senti tão bem desde a primeira vez que lá entrei. Podia não ter sido assim. Podia ter pesado uma série de coisas, que, honestamente nunca pesaram. Nunca me senti a mais. Nunca senti vontade de mudar nada. Nunca achei que não pertencia ali. E há coisas que (já diz sabiamente a Fanny), não se explicam... sentem-se! E eu senti-me verdadeiramente bem ali, sempre.
Ontem, ao tirar todos os quadros das paredes, todos os tapetes do chão, todas as velas, todos os candeeiros, todas (e são tantas!) as fotografias nossas espalhadas pela casa, todos os imans do frigorífico, todos os "pedacinhos de nós" espalhados por todas as divisões, senti a casa despida. E também eu me senti assim: despida. E percebi que realmente aquele espaço foi, nestes quase 2 anos, muito mais do que uma casa onde morámos. Foi o espaço onde fui verdadeiramente feliz, onde me reencontrei, encontrei paz, tranquilidade, um porto-seguro, estabilidade, um recomeço, um novo rumo, e muito, muito Amor.
Independentemente de tudo de bom que esta mudança vai trazer, é impossível não sentir uma nostalgia, uma leve tristeza por deixar aquele cantinho onde fomos tão felizes... vou ter saudades, vou sentir falta e tenho a certeza de que me vai custar a adormecer esta noite, ali.
Obrigada, Rica Casinha...!

"Paramos para o país avançar"- A sério??



Hoje já ouvi coisas como:

- "Então, fizeste greve? Não, meti um dia de férias mas vai dar ao mesmo!"
- "Não foste trabalhar, vais à manifestação? Achas? Vou almoçar com amigas e aproveitar para fazer compras de natal!".
- "Quem é que marca greve a uma 5 feira?? Tem algum jeito?? Acho que vou fazer ponte!"
Já para não falar dos piquetes que tentam impedir quem quer ir trabalhar.

Mas este cartaz é o exemplo máximo do quanto esta greve não faz qualquer sentido. Um verdadeiro paradoxo que fala por si.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Prazeres que se descobrem aos 27 (quase 28) #2








Adormecer com a TV desligada. Desde que me lembro de ser gente que tenho TV no quarto e adormeço com ela ligada. Às vezes já sem som, às vezes sem estar a ver absolutamente nada que me interesse. Mas sempre gostei de a ter lá, para me fazer companhia, e sobretudo adormecer o cérebro devagarinho e fazer com que eu pare de pensar em milhões de coisas e finalmente apague.
De há uns tempos para cá consigo e (gosto!) de adormecer sem ela. Desligo-a ainda sem sono, e fico assim, quietinha ,à espera que ele (o sono) tome conta de mim. Mas na verdade quem toma realmente conta de mim é ele (o meu namorado), que me transmite uma paz e uma tranquilidade que faz com que esse momento de escuro e silêncio total me saiba tão bem. Já não me sinto sozinha nem ansiosa... sobretudo porque o tenho ao meu lado.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Prazeres que se descobrem aos 27 (quase 28) #1



Café (com um nadita de açúcar, vá!).

Do egoísmo feminino (ou antes solidariedade masculina?)



Uma amiga queixava-se das constantes desilusões que as amigas lhe causavam. Procuram-na por email, mandam SMS, desabafam, pedem conselhos, convidam para os casamentos, festas dos filhos, batizados, aniversários e inaugurações de casas. E ela está lá, ela responde, ela vai sempre. Mas quando ela as procura, quando é ela a convidar, quando tem a ver com ela... as outras não podem. Porque vão passar o fim de semana fora. Porque têm cá família. Porque já tinham coisas combinadas.... porque não dá jeito.
Já os homens, se quiserem, podem sempre. Basta um telefonema. Basta dizer o dia, hora e local.
E ela tem muita razão no que disse, e em ficar triste e desiludida. Porque as mulheres, de facto, são mesmo assim. Parvas. Sofrem de um tipo de egoísmo parvo porque primeiro pensam sempre nelas próprias, é certo, mas tendo em conta uma série de fatores como os seus afazeres, as suas prioridades (que normalmente implicam sempre a existência, a vontade e os programas que o homem tem ou quer fazer). E só depois é que pensam em quem está do outro lado. Na amiga. Que a convidou, que quer estar com ela, que tem saudades, que tem algo para partilhar.
Já os homens também são egoístas (muito mesmo!). Só que pensam sempre, mas sempre, apenas e só no seu bem-estar. Naquilo que lhes apetece fazer. E é por isso que quase sempre dizem que sim na hora e não desmarcam à última. E fazem bem.
São mais verdadeiros. Mais solidários. Mais unidos. Podem não passar a vida a ligar uns aos outros, nem a querer saber tudo o que acontece nas respetivas vidas. Mas quando é para estarem juntos, estão. E não há cá desculpas da treta, nem "deixa ver com a minha namorada o que é que ela vai fazer nesse dia e se dá para encaixar as duas coisas ou se ela já tem alguma coisa combinada porque se tiver então eu posso ir, porque não estou a desperdiçar tempo de programas de casal!".
Somos egoístas e parvas. O que nos faz ficar em desvantagem em relação a eles. E temos memória curta. Esquecemo-nos depressa demais de como era a nossa vida antes deles aparecerem, e de como arranjavamos tempo, vontade e disponibilidade para aquelas pessoas que também arranjavam tempo, vontade e disponibilidade para nós.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Popota in tha house



E numa 2feira cinzenta, repleta de dores no corpo e pouca vontade de trabalhar, ter a Popota herself a dar-me bombons e a fazer uma espécie de dança erótico/sensual pouco apropriada a menores de 18 anos, sempre deu um certo ânimo ao dia!
Popota, um grande bem-haja pelos mimos, volta sempre, e não te deixes abalar quando dizem que estás mais Poputa do que outra coisa... é tudo inveja! Go, go, go girl!!!

Uma semana



Estou K.O. Com as costas feitas num oito de tanto encaixotar. O corpo dorido de carregar os caixotes. As mãos desfeitas de tanto lixar. Um feitio lixado por não dormir o suficiente. Um cansaço brutal que se apodera do corpo e da mente, e que (quase!) faz desanimar ao pensar que ainda falta uma semana. Ainda há caixotes para encher e carregar. Móveis para desmontar. E enfiar numa carrinha. E levar da carrinha para o 5º andar. E montá-los em casa. E desencaixotar e arrumar tudo. E isto tudo enquanto se trabalha de 2f a 6f, das 9h às 19h.
Dá vontade de desistir, de enfiar-me na cama a curar as maleitas e esperar que me avisem quando já tiver tudo prontinho e bonitinho. Dá vontade de berrar um com o outro quando as coisas não correm como queremos. Dá vontade de chorar de cada vez que temos de ir (mais uma vez!) ao Leroy Merlin, porque afinal ainda falta um parafuso, e um adaptador, e uma tinta, e um primário, e uma cola, e uma lâmpada... Dá vontade de pensar "no que nos fomos meter!", por querermos ter tudo exatamente ao nosso gosto e não nos limitarmos simplesmente a mudar para outra casa.
Dá vontade de que o tempo passe rápido. A voar!

sábado, 19 de novembro de 2011

Não é que não goste de cozinhar...


Nisto do encaixotar o recheio da rica casinha descobri (literalmente) que temos: 2 tostadeiras, 1 fritadeira, 2 serviços de fondue, 1 grelhador de pedra vulcânica, 1 máquina de fazer sumos, 1 frigideira para crepes que nunca foi usada, e que a máquina do pão afinal ainda cá mora e não foi vendida (ao contrário do que eu já desconfiava por ter deixado de a ver).
Acho que isto diz bastante sobre quem domina na cozinha, cá em casa...

Caixas, caixinhas e caixotes

O dia todo de volta delas... com pensamento positivo!!!
Já faltou mais...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Muito à frente



Se me perguntarem em que mês estamos é provável que responda janeiro. Foi no mês passado (outubro, certo?) que andei à procura de receitas para ceias de natal, fiz listas de presentes, vi quais são as melhores cidades para passar o fim de ano, pensei em resoluções de ano novo e fiquei a par das previsões para 2012 de cada signo.
Hoje já estou a arrumar o material de inverno para dar espaço às sugestões do dia dos namorados, de carnaval, novidades da primavera. O que, mesmo para quem já está em janeiro, não deixa de ser estranho.
Às tantas não sei mesmo a quantas ando, em que dia da semana ou do mês estou. Mas acho graça a este constante jet lag, que me faz estar à frente, mas ainda assim poder voltar atrás e viver os momentos em tempo real.
Basicamente sinto-me uma pequena Marty McFly, dentro de um Delorean. E gosto.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quaaaase...



A terminar as obras.
A fazer as mudanças.
A ter (finalmente!) férias.
A fazer anos.

É a loucura!! :)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Basicamente é isto



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

É o que vale!

Já pedi o meu!





quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Novo Acordo não chega a acordo



Desde fevereiro que escrevo com o novo acordo ortográfico. Mas só esta semana a empresa onde trabalho deu uma formação de 4h sobre o dito cujo. E digo-vos que 4h, mesmo para quem já está há 9 meses familiarizado com o assunto, não chegaram para interiorizar tudo. Porque há muita regra com exceção, porque as exceções não têm razão de ser, porque é difícil decorar cada uma delas, mas sobretudo porque todas as palavras estão ligadas a imagens, e de repente a imagem muda e a nossa cabeça entra em curto-circuito.
Mas vai ter que ser. E não percebo como é que colegas meus de profissão, que deveriam ser os primeiros a dar o exemplo, continuam a apoiar-se em argumentos como: "fica feio", ou "estamos a 'desaprender' o português", ou ainda "recuso-me a falar como os brasileiros"(esta é a melhor de todas já que o acordo é ortográfico e não muda absolutamente nada na forma de pronunciar a língua) e mostram tamanha resistência.
O acordo foi assinado em 1990, e por isso chamá-lo de novo é um bocado parvo. Mas tal como quando mudámos dos escudos para o euro, ninguém nos perguntou se queríamos ou não mudar. (Porque se perguntassem toda a gente dizia que não, o Tuga nunca quer mudar nada, o Tuga não é Tuga se não tiver uma costela de Velho do Restelo). Mas foi assinado pelos países de língua oficial portuguesa para criar uma ortografia oficial única, a ser usada pelos mesmos, e de forma a aumentar o seu prestígio internacional. Tal como o castelhano que apresenta variações de pronúncia e vocabulário, mas uma só forma de escrita. Mais do que um acordo linguístico, foi questão política, e daí a influência brutal e com a qual nunca conseguiremos competir, do Brasil. E sim, é verdade sim senhor que a língua-mãe é nossa, e que deveriam ser eles a adotá-la. Mas nós, neste nosso cantinho à beira mar plantado, cabemos num cantinho do estado de S.Paulo! E isso muda tudo...
Resumindo e concluindo: não sou contra nem a favor do acordo. Sou a favor de escrever bem a língua portuguesa. E se a língua vai ter novas regras, pois há que cumpri-las. Se "ótimo" é horrível, se "contraceção" é estranho, se "minissaia" é ridículo? Se calhar é... mas é uma questão de hábito e contra factos (que continuam com C) não há argumentos.
Por isso, grandes empresas nacionais e multinacionais, cujos responsáveis pelo marketing afirmam "o novo acordo ortográfico não é uma prioridade para a empresa, mas no último trimestre de 2012 daremos especial atenção ao tema", provavelmente não sabem que a nova ortografia está a ser implementada como única forma correta na comunicação social e no ensino escolar, pelo que a ortografia antiga vai ser considerada errada. Mais informo que embora o período de transição se prolongue até 2015, a partir de 1 de janeiro de 2012 será aplicada ao Governo e a todos os serviços e organismos dele dependentes, bem como à publicação do Diário da República.
Vamos lá facilitar a coisa, fazer o nosso trabalho (no caso do jornalismo) e dar o exemplo! Primeiro estranha-se... depois entranha-se!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

:)


Vamos mudar de casa. E como tudo na vida que implica mudança, mete um bocadinho de medo. É um medo bom, obviamente. Mas não deixo de sentir um certo receio, um frio na barriga, sobretudo pelo materializar (ainda mais) dos nossos desejos, sonhos e objetivos para o futuro.
Quando fui morar com ele, há quase 2 anos, mudei-me para um T1, impecavelmente decorado, com basicamente tudo e mais alguma coisa que uma casa precisa. Comprámos cortinados, uma cómoda, fomos aumentando a coleção de quadros, tachos e panelas, canequinhas cor de rosa e outros pormenores que mostravam que a casa já não era de solteiro, e que denunciavam presença feminina. Mas o trabalho maior já estava feito.
Agora tudo é diferente: vamos morar para uma casa maior, onde quisemos fazer obras para que tudo ficasse ao nosso gosto. E é aqui que tudo muda: o NOSSO gosto. Dos dois, em conjunto. Construir tudo do zero. Sem passado. E quando digo tudo é mesmo tudo: desde as cores das paredes, aos rodapés, aos puxadores das portas, interruptores... tudo! E se por um lado é uma trabalheira descomunal, por outro dá um gozo e uma alegria incrível de cada vez que entramos naquele espaço que estamos a construir e criar à nossa imagem e saber que em breve aquele será o nosso lar. É aí que o frio na barriga volta, e que penso que não estou só a mudar para uma casa maior e melhor. Estou a investir emocionalmente num projeto de vida a dois. Estou a acreditar e ter fé que ali, ao lado dele, vou ser feliz. Estou a imaginar os serões que vamos passar à lareira, os pequenos-almoços à janela, o quarto que vai ficar em branco para um dia ser pintado a rosa ou azul. E isso é algo que me preenche de uma maneira que não sei explicar. Porque sempre vivi numa espécie de limbo, nunca fiz grandes planos de vida, nunca soube muito bem como seria o dia de amanhã, e durante muito tempo não sabia sequer o que queria para mim.
Hoje sei exatamente o que quero e tenho a enorme felicidade de ver os meus sonhos a ganharem forma, dia após dia, ao lado de alguém que quer o mesmo que eu, e tanto quanto eu :)

Guilty pleasures



Comer Cerelac, ou Haagen-Dazs, ou piza, ou sandes de pasta de atum (com muita maionese) e batido de manga, no sofá, com ele, enquanto vemos algum programa/filme/jogo de futebol, onde não se aprende absolutamente nada, mas que nos faz rir e mandar piadolas a que só nós achamos graça.

sábado, 5 de novembro de 2011

O milagre da vida


Hoje chorei compulsivamente, descontroladamente e inesperadamente.
Fui ver uma amiga que tinha acabado de ser Mãe. Estava emocionada e ansiosa por estar com elas, mas mal entrei no quarto e a vi ali, deitada com a bebé ao lado, desabei de emoção e dei por mim num choro que me deixou sem conseguir falar durante alguns minutos.
Não sei explicar o que senti. A imensidão da alegria que é saber que nos últimos 9 meses ela carregou dentro dela aquela coisinha, tão pequenina, tão frágil, tão dela, (que me perdoem os pais, mas Mãe é Mãe).
É uma sensação incrivelmente boa, positiva, de esperança, de alegria, de saber que a vida é mesmo um milagre!
Bem-vinda Mafaldinha, que sejas muito feliz!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Bate na boca, mazé!



Às vezes acho (e digo, feita parva!) que o meu trabalho é redutor.
Mas depois chego ao fim de uma semana de trabalho e percebo que falei com cirurgiões, médicos, psicólogos, chefs, decoradores e professores catedráticos de renome. E acima de tudo, que aprendi imensas coisas sobre áreas diferentes, às quais de outra forma só teria acesso através de livros e enciclopédias.
E chego à conclusão de que o meu trabalho é tudo menos redutor, e que às vezes eu é que sou um bocado parva.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Praticamente um euromilhões



Não tenho sorte ao jogo, seja ele qual for.
Mas há coisa que me assiste de quando em vez e que anima os meus dias: encontrar dinheiro em parte incerta. Ele é moedinhas nos transportes, nos corredores do trabalho, nos sofás de salas de espera... e no outro dia foi na rua. Ali, em pleno passeio lá estava ela, verdinha a olhar para mim.
Peguei nela com carinho e levei-a para casa. O meu namorado dizia que era partida de Halloween, eu dizia que não fazia mal perguntar se aquela nota de 100 dólares era verdadeira.
E não é que era mesmo? Vai-se a ver e "só" rendeu 67 eurinhos. Mas que bem que soube!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011