segunda-feira, 31 de maio de 2010

Melhor do que a encomenda


Do fim de semana, foi tudo como eu pedi excepto:
O sol da costa foi substituido pelo sol à beira da piscina sem sair desta margem do Tejo. O churrasco em casa passou a ser picanha, arroz, feijao e caipirinhas em Belém. As horas de sono não foram tantas quanto as desejadas, mas foram bem dormidas e reparadoras. Não houve petit gateaux no sofá a ver o "Achas que sabes dançar?", porque a essa hora ainda estava eu própria a ensinar uns passes novos à Fergie lá prós lados do Jamor. (À parte: eu até acho graça à piquena, que se mexe bem, e tem pinta nos videos e tal.. mas a guincharia ao estilo" espanquem-me que eu gosto", que de vez em quando pra lá soltava era escusada, e o cabelo que parecia não ver água há mais de uma semana idem aspas!! Não havia necessidade, Miss Fergie...).

Para alem disso ainda houve:
O melhor. Que foi mesmo o que eu não tinha pedido e que acabei por receber em forma de surpresa, para me desviar as atenções de outra surpresa. A maior de todas. A mais bonita. Assim, tipo filme ou novela, (mas das boas, nada de mexicanas que pra esse peditório já dei!). Por falar em novelas, também deu para ver alguns episodios atrasados de "Viver a Vida", no pc e com phones, enquanto ali mesmo ao lado se via futsal e afins.

Agora percebo que aparentemente não pedi muito, mas pedi tudo o que precisava para ser feliz. E recebi. Isso tudo e muito mais!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não é pedir muito pois não?


A partir deste exacto momento e até domingo à noite só quero:

Sofá. Chinês com irmãos. Cama. 12h de sono. Sumo de laranja. Passaporte. Sol na costa. Churrasco. Almoço família. 50! Black Eyed Peas. I got so many feelings. Lar doce lar. Petit gateaux no sofá. "Achas que sabes dançar?". Beijinhos e abracinhos. Cama.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lu..compra pra mim, vai?!?


Quero estas.. iguaizinhas!!
Envia junto com o bikini!
E sim, eu podia comprar cá... mas só de saber que vêem da Cidade Maravilhosa gosto muito mais!!!
E vou ficar assim agarradinha a elas, a fazer contagem decrescente para usar a caminho do Posto 9, de água de côco numa mão e sorvete de açaí na outra! E claro, sempre a cantarolar:
"Olha qui coisa mais linda, mais cheia dxi graça..!"

terça-feira, 25 de maio de 2010

Pois que seja


4 páginas
2.758 palavras
12.146 letras
É o que tenho esperado para te dizer. Mas a cada dia que passa a vontade diminui.
E isso não é bom. Tendo em conta quem és. Tendo em conta o que já fomos. Sabes, mesmo antes de as ouvires, que estas 4 páginas te esperam, quais são as 2.458 palavras que tenho para ti, e as 12.146 letras que as compõem. E eu sei que não as queres ouvir. E se antes isso aumentava a minha vontade de as fazer soar o mais alto possível na tua consciência, agora penso que talvez não valha a pena. E isso também não é bom, porque antes, por ti, tudo valia a pena. E não havia lugar para silêncios desconfortaveis, nem nada ficava por dizer.
Noutra altura, estas 4 páginas, 2.758 palavras e as suas 12.146 letras seguiriam o seu caminho até ti, mal surgisse o último ponto final. Noutra altura, mesmo sabendo que não querias ouvir, que podias não reagir bem, que muita coisa poderia ser posta em causa entre nós, não era nos rascunhos que guardava o que tenho para te dizer. Noutra altura, não escreveria este texto aqui, sabendo que o vais ler, e que isso vai causar (ainda mais) constrangimento e o vais interpretar como um "recadinho". Não é. É o que sinto, é um desabafo, como tantos outros que aqui escrevo sobre tanta outra coisa. Mas não sinto vontade de to dizer, a ti, directamente, tal como as 4 páginas, 2.758 palavras, 12.146 letras que tenho para ti. Simplesmente porque sei que não o queres ouvir.
E porque já aprendi que quando do outro lado não nos querem ouvir, não nos devemos dar ao trabalho de falar.
Se são 4 páginas, 2.758 palavras e 12.146 letras que nunca te direi? Acho que não. Eventualmente um dia surgirá. Eventualmente noutra altura. Eventualmente quando eu achar que mesmo que te custe a ouvir, vale a pena eu falar. Por enquanto não. E só tenho de aceitar.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Isto é uma selva


Chegam de olhos brilhantes, como eu.
Esforçam-se ao máximo, como eu.
Fazem o que sabem e o que não sabem, como eu.
Aprendem mais do que estavam à espera, como eu.
Pedem ajuda, como eu.
Ficam perdidos, como eu.
Atolados de trabalho, como eu.
Ouvem coisas como : "Não estou aqui para fazer amigos. Amigos faço-os lá fora"!, como eu.
...
E vão embora aliviados e com um sorriso estampado na cara...
Será como eu?

Vou tentar... mas não prometo nada.


"Entre marido e mulher não se mete a colher, já diz o ditado. E todos dizem que preferem ser avisados, mas depois não correspondem a essa vontade. Não conheço história nenhuma em que uma "colher" tenha produzido bons efeitos e, assim sendo, o melhor é esperar que a ausência da colher se transforme em faca sem que ninguém se pronuncie."


Esta querida tem tanta mas tanta razão.

E eu já meti colheres e levei facadas. Já aprendi a lição, acreditem que já. Mas há coisas que me fervem no sangue, que ficam entaladas na garganta, que me sufocam, e enquanto não as "bolsar" não vivo bem comigo mesma. E há pessoas com quem é possível ficar em silêncio sepulcral à espera de ver o triste desfecho. Mas há outras em que simplesmente não dá.
Logo se vê...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dieta #2


Isto, tem sido o meu engana-fome/ mata-gula/ mete lá qualquer coisa no estômago sem ser pão, croissants, bolachas ou chocolates.
De realçar que nunca gostei de gelatina.
Se estou mais magra? Não.
Em compensação as minhas unhas e o cabelo estão mais fortes e brilhantes do que nunca. Nem tudo pode ser mau, não é?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Custa-me, sei lá!


Estou com tanto calor que até me custa escrever. E ler. E andar, sobretudo andar. Mas estar sentada também me está a dar calor, que esta cadeira é quente. Também me custa falar, dá-me sede e por mais água que beba hoje estou numa secura só. E agora que penso nisso também me custa comer, que nem à senhora dos gelados fui, quando o pessoal partiu em romaria à barraquinha da Olá. O que também me custa é ver aqui da janela do lado direito uns senhores estrangeiros que desde as 10h da matina estão a filmar uma publicidade a qualquer coisa que ainda não percebi o que é. Só sei que é uma coisa à séria, que são mais do que muitos a trabalhar para o mesmo, que o set de filmagens tem de tudo um pouco, e que os protagonistas e figurantes estão há cerca de 7 horas debaixo de um sol escaldante a mexer em plásticos cor de laranja. Já da janela do lado esquerdo vejo personagens divididas em dois grupos: metade vestidos de preto e metade com comida de cão na cabeça, pinturas várias e roupa interior por cima da dita roupa normal. E entoam cânticos indecifráveis. O que custa ainda mais de ver é que estão todos enfiados naquela espécie de rio de água suja, sujinha, que sai dos vulcões, aqueles do Parque das Nações, estão a ver?
Mas já diz o ditado: "Cada um é pró que nasce!" Que é coisa que às vezes também me custa a aceitar.
P.S- O plástico cor de laranja transformou-se subitamente num cão gigante, ou será um elefante, um carneiro? Whatever...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Que riquinhos!


Esta menina foi a primeira a fazer um comentário ao meu post sobre o seguidor nr 100, e adicionou-me na sua lista de leituras!
E esta menina foi oficialmente a seguidora nr 100 do Meu Umbigo!
Um grande bem haja às duas, umas queridas, autoras de blogs bem dispostos e sem papas na língua, como eu gosto.
Um outro bem haja igualmente de grande dimensão aos outros 99 seguidores, e a todas as alminhas que dedicam minutos preciosos das suas vidas a ler os meus devaneios e afins.
É verdade que não ligo a números, visitas, nem à maior ou menor popularidade do blog. Passa-me realmente ao lado tudo isso. Mas também é verdade que não escrevo apenas para mim, que gosto que me leiam, que comentem, que partilhem opiniões sobre aquilo que aqui escrevo. Na verdade é o que mais gosto de fazer na vida, e o que maior prazer me dá. Seja qual for o assunto, mais ou menos sério, seja qual for o público, mais ou menos cor de rosa. Seja qual for a motivação, profissional ou puro desabafo emocional. Dou-me bem com as palavras e elas também gostam de mim, e enquanto assim for, cá estaremos.
Obrigada a todos... e venham mais 100!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Quem é?? Quem é???


Vi agora que o Meu Umbigo tem 99 seguidores!! Estou a um passo dos 100! Uma centena!!!
Eu que não ligo a nr de seguidores, nr de visitas diarias, mensais, nocturnas, diurnas, a fazer o pino e o diabo a quatro. Mas quer-se dizer, quando percebo que falta apenas um para ter uma centena de alminhas que assumidamente me lêem... mexeu aqui com os nervos, confesso!!!
Por isso, e como este humilde espacinho ainda não tem categoria para fazer passatempos, concursos, dar prémios e afins, a única coisa que garanto é uma menção mui honrosa ao meu seguidor nr 100!!
Estamos combinados??
Então vá, venha daí o pequenino!

Não me engana... que eu não gosto.


"A necessidade de não sermos criticados pela sociedade impõe-se quase sempre. Mesmo, muitas vezes, ao peso do homem que amamos. Validação externa- é o nome que a Psicologia lhe dá."
Aqui.


Era exactamente nisto que eu estava a pensar.
A importância que tem nas nossas vidas a opinião dos outros, o que ficam a pensar de nós, a imagem que deixamos transparecer, a diferença entre aquilo que queremos transparecer e aquilo que transparece de facto. O esforço necessário para conseguir a tal validação, para que não nos critiquem nem falem nas nossas costas, ou pela frente. Para ter de ouvir duras verdades que custam a ouvir, ou que simplesmente não apetece ouvir.
São as mãozinhas cheias de areia prontas a abrir e soprar bem para aos olhos de quem nos vê. O uso do tabu, para não sermos confrontados sobre o que não queremos ouvir nem falar. O soprar para o alto e fingir que não é nada connosco, que nos passa ao lado, que a carapuça não nos serve. O "Pufff! fez-se chocapic". O elefante cor de rosa no meio da sala.
Tudo para que não nos critiquem, para não sermos o alvo de ataque, para que as nossas falhas não sejam expostas. Porque apontar o dedo não custa nada, nadinha... e há quem o use até como um bom exercício de oratória, de análise, de enumeração do que NÃO se deve fazer. Mas a mim sempre me ensinaram que "apontar é feio".
Devido a enumeros factores que agora não interessam nada, fui educada a preocupar-me (excessivamente) com a validação externa. Depois, já mais crescidinha, passei por uma fase em que, a última coisa que me preocupava eram os juizos de valor que faziam sobre mim e sobre as minhas (más) escolhas, se falavam sobre mim, se criticavam, se riam e contavam episodios da minha vida em jeito de novela mexicana. Simplesmente não queria saber.
De há uns tempos para cá consegui arranjar um meio termo. Aquele em que tenho consciência de que não é bom quando as pessoas sabem demasiado da minha vida. Que isso dá azo a conversas que não interessam ao menino jesus, e que não me interessa esse tipo de validação ou crítica. Não contribui para a minha felicidade, não me ajuda em nada, não me faz ver nada que ainda não tenha visto com os meus olhos. Mas há algo que me recuso a fazer: viver num papel que não é o meu, esforçar-me para mostrar aos outros uma vida que não é a minha, desvalorizar as coisas graves que me acontecem só para não mostrar fragilidades, derrotas e incapacidade para lidar com X ou Y e sobretudo... procurar na validação externa o meu medidor de felicidade ou sucesso.
Isso é o que eu sinto sozinha, ao fim do dia, quando deito a cabeça na almofada.
Não é o que os outros dizem de mim, quer eu saiba ou não.

sábado, 15 de maio de 2010

Hoje tive a certeza


Lembro-me de, durante muito tempo, achar que Felicidade pode ser acordar num sábado de manhã com cheiro a pão fresco, ter à minha espera uma mesa colorida de sumo de laranja acabado de fazer, queijo, manteiga, fiambre, doce de morango, fruta variada, revistas e jornais para folhear e...flores. Tudo apenas e só porque sim.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E de repente muda tudo


Estava eu a arranjar as minhas ricas "nells" (não, não são de gel... são verdadeiras da silva, duras e maravilhosas!), quando a minha manicure brasuca Andressa, um amor, bem disposta e fantástica, me pede para atender o telemovel que estava já há algum tempo a piscar, sendo que do outro lado estava o seu mais que tudo que dá pelo nome de Frances.
Passo a reproduzir a conversa, (ou parte dela, já que aquilo que o Frances dizia eu não ouvia).

Andressa:
- "Fala, Frances... que sangria desatada é essa???"

Frances:
- (...)

Andressa:
- "Como que não posso tomar a vacina da rubéola? Eu tratei de tudo ontem!! Fiz análise ao sangue e tudo! Eita vacininha difícil!!"

Frances:
- (...)

Andressa:
- "Amor, brincadeira tem hora!"

Frances:
- (...)

Andressa a ficar pálida:
- E é meu???

Frances:
-(...)

Andressa desliga o telefone e diz:
- Gente, meu homem acabou de me dizer que eu tou grávida!!

E é assim, a vida a acontecer ali, à minha frente, eu com uma mão pintada e outra por pintar!
3 ricas semaninhas de gestação, a joia da Andressa não fazia ideia e ficou a saber do seu estado de graça pelo marido que tinha ido buscar as análises rotineiras que ela tinha feito no dia anterior.
Uma emoção!! Estraguei logo 2 unhas com os nervos e a bater palmas!
Foi no mínimo original, ter sido o pai a dar a notícia da gravidez à mãe, e não vice-versa...
E a Andressa, brasileira de sorriso constante, de repente ficou ainda mais bonita, com o sorriso ainda mais rasgado, passando as mãos pela barriga e com um brilho no olhar que há 2 minutos atrás não tinha.
Foi o início do resto da vida deles e eu fiquei tão, mas tão feliz...!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dieta


Comi uma banana a meio da manhã e uvas a meio da tarde.
Vindo de mim é quase milagre de 13 de Maio.
É que antes comia um pão de Deus com queijo + um galão a meio da manhã, e um croissant misto com leite chocolatado ao lanche!
Digam lá se não é espectacular???


P.S- Almocei no Chimarrão. Mas não bebi coca-cola. Bebi Guaraná.

Blog oficialmente viciado em #4:


Maquilhagem da Benefit!
Estou a usar há 4 mesinhos, mas só agora que estão a acabar os primeiros produtos, agora que lhes sinto tanto a falta, é que me apercebo que estou oficialmente viciada nestas coisinhas mai' lindas!
Ide vê-las e experimentá-las, ide!!

É um favor que vos peço!



Há 3 dias que não vejo TV.
Não vejo notícias, não leio jornais, não ouço radio nem espreito jornais online.
Estou oficialmente desligada do mundo, praticamente info-excluida, em especial deste pequenino jardim à beira mar plantado. E porquê, perguntam vocês, alminhas inquietas (e curiosas!)?
Porque me dá cenas, e não é das boas, daquelas que me costumam dar, que eu gosto. É das outras, das que me revoltam as entranhas, me provocam nauseas, tonturas e calafrios. Dão-me ganas de estrangular alguém. De sair à rua em protesto. De ser má, muito má. De dizer coisas que ferem, politicamente incorrectas mas verdades incontestaveis, e simplesmente destilar o veneno que aquilo que a conjuntura nacional actual me provoca!
Eu não quero saber quanto custou a vinda do Papa a Portugal. Não quero saber os luxos que a sua visita incluem. Não me interessa onde ele vai dormir, o que vai comer, quais os estilistas que o vestem e calçam, qual a dimensão da sua comitiva e custo da mesma, os valores à volta do Papa-mobil, mais o helicoptero que o levou a Fátima. Não quero saber quais as ruas por onde vai passar e que por isso o trânsito ficou caótico na capital do País, fazendo com que se tenha de fazer sacrifícios vários para, (imagine-se!) ir trabalhar, (para quem foi). Não quero perceber porque é que os funcionários públicos tiveram tolerância de ponto. Não me interessa se teve mais ou menos gente a querer vê-lo do que à equipa do SLB no Marquês, no domingo. Nem quantos bebés beijou, ou se abençoou a família do nosso Presidente, em especial o neto mais novo. Vi as imagens de sua Santidade a receber a camisola do Benfica pelas mãos do Rui Costa e do Nuno Gomes, e foi por acaso e quase sem querer, sendo que o foco de interesse era o Benfica e não sua Santidade.
Basicamente, recuso-me a saber coisas sobre o assunto Papal, e estas poucas que sei chegaram até ao meu conhecimento apenas e só porque não posso trabalhar de phones, ou com aqueles tapa-orelhas giríssimos fuscia de pelinho, e que até tenho um par deles em casa, mas achei que parecia mal trazê-los para o burgo.
Não quero saber, mesmo, para meu bem e da humanidade em geral.
Por isso não me contem, ok?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Perfeitas imperfeições


Não é facil admitir fragilidades. Abrir o coração, dizer as coisas como elas realmente são, o que nos deixa tristes, que desilude e quase nos faz atirar a toalha ao chão. Não é facil admitir que o cenário não é tão cor de rosa como o pintamos, ou como os outros o vêem. Que no melhor pano cai a nódoa. Custa mostrar e assumir que se calhar ainda há muito que nos falta alcançar, quando aparentemente parecemos satisfeitas com tudo o que temos. Custa dizer que estamos a sofrer, que nos magoaram, que não sabemos muito bem lidar com a situação e que temos o orgulho ferido. Que sentimos que se calhar não temos o controlo que pensavamos ter, que há quem acabe por nos controlar, influenciar, atingir, mais do que pensavamos e gostariamos que o fizesse. Custa admitir que nem sempre somos femme fatale, e que não beijam o chão que nós pisamos, que não nos idolatram, que não falecem por nós.
Mas tem um valor imensamente maior conseguir fazer tudo isto que custa, do que simplesmente colocar uma máscara de personalidade forte, inatingível e ausente de dor. Do que guardar para si frustrações e mágoas, e antes perder os dois bracinhos do que admitir que nem sempre as coisas correm bem. Sobretudo nos dias de hoje, em que cada vez mais é alimentada esta ideia de que ser feliz está na moda, e que quem não tem (ou não ostenta) a vida perfeita, o namorado perfeito, o trabalho perfeito, a satisfação e preenchimento total e absoluto, simplesmente está desenquadrado de uma realidade onde constantemente se publicita a felicidade total. Exemplo disso é a blogosfera, o facebook e afins, onde se relatam pedaços de vidas perfeitas, positivas, preenchidas, cheias de actividades fantásticas, pessoas fantásticas e momentos fantásticos que se faz questão de expor até ao último detalhe, de modo a causar a inveja e admiração alheias.
Mas a realidade, a vida prática, a sério, pés no chão, mão na consciência, é bem diferente. E por isso dou ainda mais valor a quem não se esconde atrás da máscara e assume os problemas, as tristezas, as frustrações, as coisas com que não se sabe lidar, os medos, o que não lhe corre bem, o que não se consegue mudar.
Para essas pessoas terei sempre toda a paciência, tolerancia, compreensão, tempo do mundo para ouvir, e aconselhar, dentro do que posso e sei, que a minha boa vontade e amizade permitem.
Para as outras lamento mas não sou audiência nem dou tempo de antena. Cansam-me, aborrecem-me e em ultima estancia irritam-me.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tudo dxi bom!


Há muito, muito, muito tempo que não tinha um fim de semana tão bom...
Onde dormi como uma princesa, o que não é sinónimo de ter dormido muitas horas.
Onde comi como uma rainha, o que também não é sinónimo de ter enchido o bandulho até explodir.
Onde descansei até mais não, o que não significa que tenha passado muito tempo quieta e imovel.
Onde a água foi o elemento-mãe e o sol, que só espreitou durante um bocadinho de nada, ainda me emprestou uma corzinha gostosa.
Onde passeei, namorei, ri muito, fui dondoca e ri-me outra vez milhões da dondoquice que me rodeava.
Onde regressei ao lar a tempo de ver o Benfica ganhar o título merecido.
Onde passei no sentido contrário onde se festejava em plena 2ª circular.
Onde dei prendas e parabéns à meia noite em ponto.
Onde fui tão feliz!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Do it for the team!


Não acredito que haja receitas nem soluções milagrosas para fazer com que uma relação dê certo. Ou dá, ou não dá. Normalmente dá quando os dois querem e fazem por isso. Quando assim não é, provavelmente a coisa está condenada ao fracasso.
Obviamente que, sendo as relações humanas a coisa mais difícil de gerir, explicar e entender, quando toca à vertente "amorosa" ainda mais complicado se torna. Estamos a falar de dois mundos, dois passados, duas vidas distintas até ao ponto em que passam a ser dois mundos, dois passados e duas vidas distintas que de repente querem viver num só mundo, num presente em comum e eventualmente construir o mesmo futuro, e partilharem a mesma vida, pelo menos no que toca ao quotidiano em comum.
E é aqui que muitas vezes a porca torce o rabo. Porque namorar não é o mesmo que morar junto. E morar junto não é sinónimo de brincar às casinhas. Morar junto, para mim é ser uma equipa. É estar no mesmo barco e remarem os dois para o mesmo lado.
Eu não nasci para brincar às casinhas, para cuidar de alguém que eu vejo que não precisa desse tipo de cuidado. Tenho espírito maternal (escondido) que se revela diariamente para com quem de direito, às vezes de forma até excessiva. Mas não tenho feitio para ser a Mãe de quem quero ser a Namorada.
Cada macaco no seu galho.
E não é uma questão de mau feitio, de egoísmo, de só pensar em mim. Acho que é principalmente por pensar nos dois que assim me "educo" e "educo" a minha cara metade. Namorada não é Mãe, nem tem de ser. Por mais falhas, carências afectivas, traumas escondidos e passados dolorosos que se possa ter. Eu serei Mãe dos meus filhos, e não daquele com quem eventualmente penso que venha a ser o Pai dos mesmos.
Por tudo isto não tenho feitio protector, de querer cuidar e mimar em excesso, de poupar nas tarefas, de fazer as coisas pelo outro, de amparar golpes de preguiça assumida, e sobretudo de educar mesmo, enquanto pessoa, ensinar valores e questões sobre o certo e errado.
Claro que a convivência a isso o obriga, todos acabamos por aprender uns com os outros, com a vivência uns dos outros, faz parte. Agora dar lições de moral, dar o meu parecer sobre o tudo e o nada, facilitar a vida ao minimo pormenor para fazer o outro feliz (e preguiçoso), ou simplesmente educar quem já tem idade e deveria ter maturidade para mais... é coisa a que não me dedico, nem preciso (felizmente!)
E não se enganem minhas caras, quando pensam que os homens gostam das mulheres à moda antiga, que cuidem deles, façam tudo por eles, sejam dedicadas e perfeitas donas de casa. Com o passar do tempo eles cansam-se de viver com essa segunda Mãe, e sentem saudades de uma Namorada. Mas aí já é tarde demais, porque a imagem maternal é lixada de se esquecer...
Ou então são vocês, que se forem espertinhas, vão-se cansar de educar o "piqueno", que em vez de vos fazer acelerar o relógio biológico, vos faz ter alergia à maternidade ainda antes da encomenda da cegonha!

domingo, 2 de maio de 2010

M de Maio, de Maria, de Mãe


Hoje não é um dia fácil.
Os outros dias também não o são. Mas no dia de hoje quem me rodeia lembra-se mais, e acha que para mim hoje é um dia mais triste, mais difícil de lidar, mais doloroso ou saudoso. Acho que hoje também não é um dia fácil para essas mesmas pessoas, que gostam de mim e querem fazer alguma coisa para que não fique triste, e para que não me seja tão difícil passar o dia. Mas a verdade é que pensam mais eles nisso do que eu.
Hoje não é um dia facil para mim porque vejo mais vezes a palavra "Mãe" escrita na TV ou nas montras das lojas. Porque ouço mais gente a dizer que vai almoçar ou jantar a casa das Mães, porque se fala do que se ofereceu, ou não, à Mãe este ano. Mas são só 24h, passam num instante!
E os outros dias? Os outros 364 do ano? Os outros que passam uns atrás dos outros, onde nem se toca na palavrinha, não se comemora nada, não há nada aparentemente, socialmente, e materialmente que ligue a data à pessoa? E nesses mesmos 364 dias, em que não passa um único que não doa, que não sinta saudade, que não fique triste nem que seja por breves segundos, que não sorria, que não chore, que não pense, que não sonhe com Ela?
Por isso, e como eu gosto de ser diferente, hoje apesar de ser o dia da Mãe, as Mães que me perdoem, mas mando um beijinho especial para todos os filhos que lidam com esta saudade que não acaba nunca, todos os dias das nossas vidas.
Um beijo para os filhos que não podem dar esse beijo às suas Mães no dia da Mãe, aos Pais, no dia do Pai, aos irmãos, no dia que não existe mas devia existir, do Irmão.
Porque hoje não é um dia fácil, mas facilita quando sabemos que se lembram de nós.

sábado, 1 de maio de 2010

Quem diria?


Eu não achava grande graça a este "piqueno"... até o ter visto a dançar.
É uma mistura gostosa de Nuno Lopes com Justin Timberlake.