sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Was it It?


Foram 111 minutos em que olhei embevecida para o ecrã e me deixei levar.
Polémicas à parte. Totalmente alheia aos aspectos que, infelizmente, fazem com que tanto se fale de Michael Jackson desde a sua morte.
Fui ver o filme ontem, porque ele morreu, mas afirmo com toda a certeza de que o compraria, daqui a uns largos meses, quando saísse em DVD, sobre a forma de "Making Of" dos espectáculos agendados para Julho passado.
O que Mr. Jackson tinha preparado para Nós, os fãs, era simplesmente genial.
Os meus olhos ficaram rasos de lágrimas nos momentos em que me emocionei perante tamanho talento. É o talento daquele homem que me comove. Sempre foi. Desde que me conheço como gente, e já aqui o referi, que Michael Jackson é "A" referência musical da minha vida.
Nascida numa família de músicos, o fenómeno M.J sempre foi comentado e admirado pela qualidade musical do mesmo, pelo perfeccionismo de cada compasso, pela força da guitarra baixo, pela quantidade de watts em cada concerto, pelos efeitos especiais nunca dantes vistos, pela produção das baterias e percussões com a boca (o que hoje se banalizou como beatbox, já ele fazia nos anos 80), gravando as baterias com sons que produzia com a boca e que eram religiosamente guardadas em bobines e depois em cofres arrefecidos para não perderem um milésimo de qualidade. Os restantes instrumentos somavam-se noutras pistas à parte, a réplicas dessas baterias, e só no master final é que se ia buscar a informação inicial.
O resto nunca interessou. Absolutamente nada. E hoje continua sem interessar.
Depois de ontem paira no meu pensamento algo que normalmente se pensa quando perdemos alguém muito querido: Incredibilidade.
Acho que, tal como eu, muita gente saiu e sairá das salas de cinema a pensar: "Ele morreu mesmo?!"
E muitos questionar-se-ão devido a, mais uma vez, polémicas que envolvem a vida pessoal de M.J, e que, mais uma vez, não me interessa nada.
Quando pergunto se ele terá, de facto morrido, faço-o de forma ingénua e consciente do facto de que a admiração que sinto por aquele músico superdotado, por aquele artista único e de um perfeccionismo atroz, pelo dançarino de estilo incomparável, pelo excelente produtor, pelo humanitário incansável, não me permite conceber a ideia de que ele simplesmente já não existe.
E de facto isso não faz sentido. Porque ele continua a existir. A obra que deixou existirá e será relembrada, perpetuada, usada, abusada, e repetida por muitos mais anos do que aqueles que eu vou existir. Ele continua a existir tanto quanto existia antes, para mim.
A ironia do nome escolhido para os últimos concertos de M.J, que o próprio definiu como "The final curtain call", acaba por ser o oposto daquilo que, nem a própria morte conseguiu alcançar.
This wasn't it, Mr. Jackson... and it will never be.
Rest in peace, M.J - The King of Pop

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sete Vermelhos Capitais

Porque é tão bom cometer um pecado de quando em vez...
Porque umas mãos bem arranjadas fazem toda a diferença!
Porque já não me lembro da última vez que não pintei as unhas de cores fortes.
E porque tinha mesmo de partilhar este mimo convosco:
A nova colecção de vernizes da Risqué: "Sete Vermelhos Capitais".
Como já nos vem habituando, a Risqué sempre na vanguarda das cores mais apetecíveis para as nossas ricas mãozinhas de Princesa. Desta vez, para além das cores fantásticas, os nomes de cada verniz só dão mesmo vontade de "pecar":

-Toque de Ira;
-Santa Gula;
-Preguicinha:
-Inveja Boa;
-Possessão Rosa;
-Doce Orgulho;
-Pura Luxúria;
Estas mãos que vos teclam estão abrilhantadas com "Preguicinha" (não fosse o meu pecado preferido, e o primeiro que experimentei desta colecção). Mas já vi outras cores depois de pintadas e são todas maravilhosas!
Agora toca a pecar meus amores, que a vida sem pecado não tem graça nenhuma!!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Coisinhas


O horóscopo do personare anda a avisar-me já faz tempo.
A leitura das cartas do tarôt do facebook idem aspas.
Já nem falo das "galhetas de la fortuna", nem da "suerte de la hada mágica", que isso já são coisas em estrangeiro e eu até ponho a hipótese de se calhar estar a ler mal!
O meu perfume acabou.
As roupas mudaram.
Os sonhos são variados e bem explícitos.
Não posso pedir mais sinais porque todos os dias, a toda a hora, os tenho recebido e só não os vejo nem os sinto se fechar os olhos com força, tapar os ouvidos e gritar: "O ar é de todos, o ar é de todos, não te estou a ouvir... la la la la!
Não preciso pôr o pé fora de casa para o "Mundo" vir até a mim. Para coisinhas boas, daquelas que eu gosto e quem gosta de mim também gosta, virem ao meu encontro. Ao nosso encontro.
O Universo conspira a meu favor, a minha Estrelinha acompanha-me noite e dia, e eu sinto e sei que tudo está a mudar! E quando acho que não sei, há sempre quem faça questão de me relembrar noite e dia, dia e noite, que "Tudo vai dar certo!" Quem acredita em mim, mais do que eu mesma, e olhem que eu acredito muito em mim!!
E sinto um frio na barriga, e sinto vontade de sorrir, de rir, de gargalhar alto e bom som.
E esperar, todos os dias, de braços abertos, por tudo de bom que está para vir.
Pois que venha: eu deixo e quero! Quero mesmo. Muito!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Guarda para Ti


Não preciso falar para marcar a minha posição.
As Não respostas servem exactamente para isso.
O silêncio é muito mais explícito do que qualquer dissertação de 500 páginas.
Se não procuro, se não vou atrás, se não respondo, é porque não quero.
Não é jogo, não é birra, não é estratégia, nem sequer mágoa é.
Não é assunto mal resolvido: é falta de assunto.
E se não falo não quer dizer que não saiba. Porque sei... sei de tudo, sei tanta coisa! Se soubessem aquilo que eu sei....
Mas não me diz respeito, já não é comigo, e sinceramente, prefiro nem saber.
E quem acha que apesar de eu não falar os meus olhos me denunciam, tem de aprender a ler melhor o meu olhar.
Ele brilha sim, mas o brilho vem de dentro... Não vem de fora, não vem de quem está à minha frente, não é o reflexo do brilho do outro. O meu brilho é meu, não é de mais ninguém.
E se esse brilho ofusca e perturba os demais, têm bom remédio: não olhem, não procurem, não se iludam nem venham atrás. É que já não vale a pena.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Revelações

Há dias assim, em que tudo surge claro como água.
Água potável. Sem nada que a turve, insípida, inodora e incolor. Sem margem para dúvidas e para suposições. Sem espaço para desculpas e para análises detalhadas. Sem tempo para "o que tiver de ser será", ou ainda "deixa andar e logo se vê".
Dias em que se percebe o que é realmente importante. Em que se dá valor a quem realmente o tem. Por ser como é, fazer o que faz, lutar como luta, esperar como espera. Em que se respira fundo e se tem a certeza absoluta de que o pior já passou.
Dias em que ainda antes de acordar já se sonha com o que virá a seguir, e nas horas que se seguem se percebe que aquilo que achavamos ser "pendente" ou "por resolver", há muito que está mais do que resolvido e encerrado...e só ainda não tinhamos dado conta de que era capítulo encerrado porque simplesmente já nem pensamos nele.
Dias em que o silêncio é ainda mais precioso do que já o é, naturalmente, para mim. Porque faz com que os pensamentos soem mais alto, mais firmes, mais seguros.
Dias em que o calor do meu quarto vai embora, e fica uma brisa suave com sabor a fim de Verão, que corre pela casa, faz abanar os cortinados brancos e me acorda com um arrepio.
Dias em que se tem perfeita noção de como o tempo é precioso. Mais do que pensar no que ficou para trás, perceber o quanto é urgente ter consciência do que se faz com aquele que está para vir, e que é tão incerto.
De como olho para mim e percebo que estou tão crescida! Não me sinto mais velha....sinto-me crescida. E também isso é tão revelador.

domingo, 11 de outubro de 2009

Não m'apetece!


Hoje não me apetece falar, não me apetece comer, nao me apetece pensar na solidão da minha avó, não me apetece fazer de mãezinha de ninguém, não me apetece desancar pessoas, não me apetecia votar (mas fui...), não me apetece ficar em cuidados, não me apetece estar bem-disposta, não me apetece andar atrás de ninguém. Não me apetece explicar nem sequer perceber.

Apetece-me que seja amanhã.

sábado, 3 de outubro de 2009

6ªs Feiras

Têm sido agitadas. Animadas, divertidas e inesperadas.
Com um toque de magia vinda de quem a tem para dar e vender. Com um bocadinho de mistério e daquele frio na barriga do nunca saber o que vai acontecer, quem vamos encontrar, que estórias teremos para contar na manhã seguinte.
Têm sido intensas, de tal modo que os sábados acabam por ser dolorosos e custam a passar, porque as pernas já não têm 15 anos, e os saltos nunca menos de 15 cm!
Umas vezes com sabor a morango, outras a melão, outras mistura dos dois, saladas de frutas nas pistas de dança e que bem que me sabe dançar assim!
Mas o serão desta 6ªfeira soube a mais e melhor do que qualquer vitamina de A a Z, ou o gosto do imprevisivel, acompanhado com o som ensurdecedor daquela música que me faz dançar até cair para o lado.
Soube a lar, família, risos, TV e sofá já com direito a mantinha porque estou na serra.
Soube a descanso, a tranquilidade, a sossego e certeza de que era aqui que queria e devia estar.
Não troco umas 6ªs feiras por outras, todas têm sabido bem, todas a seu tempo.
E agora é tempo de repousar.
Vou dormir... tranquila.