A meio desta epopeia aqui me confesso que não está a ser fácil. Pelo menos para mim que nunca fiz nenhuma dieta, nunca me tinha privado do quer que fosse na minha alimentação, tão pouco tinha sentido necessidade ou verdadeira motivação para perder peso e por isso fazer os sacrifícios que a tarefa exige.
A dieta não é fácil, mas sinceramente acredito que nenhuma dieta rigorosa o seja. Se não, éramos todos magrinhos, saudáveis, firmes e hirtos que nem uma barra de ferro. É preciso disciplina, motivação, e abstração. A parte mais difícil para mim é mesmo esta última, a da abstração. Porque, verdade seja dita, as refeições não são más, algumas até mesmo saborosas, e há sempre a hipótese de, em casa, colocar num tacho, voltar a temperar (sem excessos), e acompanhar com legumes que também são preparados e temperados por nós. Por isso não, essa parte não tem sido de grande sacrifício. E beber entre 1,5l a 2l de água também não, mesmo para mim que não bebia quase água nenhuma, agora é ver-me a dar cabo de uma garrafinha ainda antes da hora de almoço, e essa parte também é muito boa, (embora seja muiiiiito chato ir à casa de banho de 15 em 15m).
Doloroso mesmo, como disse no último post, é o pequeno almoço. Que se restringe a: chávena de chá ou café sem açucar, e um queijo com 0% de gordura ou um ovo cozido. Ora aqui a menina não bebe café, nem consegue comer ovo cozido sem nada. Logo as hipóteses ficam limitadas ao chá e ao queijo. E sim, custa muito, embora não pareça, porque eu até gosto de chá, e até gosto de queijo magro. Mas não juntos. Nem às 7:30h.
Depois do pequeno almoço volto a comer a meio da manhã, uma bolachinha de chocolate ou 2 de amora que também são boas. E a meio da tarde uma espécie de mousse/pudim de chocolate que também me deixa bastante satisfeita até ao jantar. E antes de dormir mais uma bolachinha para o estômago não ficar sem nada até ao outro dia. Lá está, dito assim parece fácil, não parece doloroso, e dá vontade de experimentar. Mas é preciso a abstração... a tal que me falta, e não me deixa parar de pensar em comida o dia todo... porque sou um belo garfo, adoro comer, é algo que me dá prazer, e chegar a casa, fazer o jantar a dois, sentar-me para saborear uma bela refeição é algo que faz o meu dia mais feliz! Bem como acordar e saber que posso beber leite com nesquik, comer pão, torradas, queijo, manteiga, doce de morango, cereais, e por aí fora...
Não é uma tortura, não é demasiado brusco, não custa horrores, nem é a pior coisa do mundo. Mas custa. E é preciso abstrair de todo um mundo de comidas, sabores, cheiros, lembranças boas e conforto que a comida nos traz.
Essa é a minha grande luta!!