sexta-feira, 26 de junho de 2009

Peter Pan


Não sei se recordam de um post há tempos escrito por mim em que confessei que quando era canina me queria casar com o Michael Jackson, que fazia parte do meu imaginário de criança e de adolescente, como um homem peculiar, excelente dançarino, músico brilhante que não queria crescer e que adorava crianças. Foi sempre assim que o vi...
O meu maior desgosto foi quando em 92 não pude ir ao concerto, embora com bilhete...
O MJ era brilhante, dançava como ninguém, fazia sons nunca dantes vistos, tornou-se conhecido por ter ficado branco, quando na verdade tinha nascido preto em Indiana.
A mim isso nunca me interessou. Sempre o achei um artista fabuloso, ímpar e sem igual. Sempre me assumi super fã, sempre o defendi nas excentricidades dele e tenho todos os álbuns inclusive alguns vinis. já tinha imaginado o MJ velhinho... Pelos vistos não vai acontecer...
=(

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Keep on moonwalking...

O som era ensurdecedor. O meu coração batia acelerado e compassado com o ritmo da música que parecia tomar conta de mim. Tinha 8 anos mas se hoje se repetisse vibraria com a mesma intensidade. Ele estava tão longe, não era mais do que um pontinho luminoso lá no fundo, que deslizava de uma ponta para a outra do palco. Nos ecrãs conseguia ver em grande o chapéu, a luva, a calça que deixava as meias brancas bem à mostra, os sapatos pretos.
Tinha o Michael Jackson à minha frente.
Faltei às aulas de propósito e fiz 300km para o ir ver. O meu primeiro concerto, do meu grande ídolo, na companhia da minha mãe e do meu pai. Nunca mais se repetiria.
Nunca tinha estado num lugar com tanta gente. Faltava-me o ar de emoção, de entusiasmo, de excitação, de felicidade por estar ali, por estar tão perto dele, por poder ver aquele espectáculo. Ninguém da minha idade, dos meus amigos, sabia sequer quem era o Michael Jackson.... eu não só sabia quem era, como tinha todos os cd's dele, cantava as músicas a plenos pulmões sem fazer ideia de como pronunciar correctamente as letras, e imitava-o a dançar o tempo todo.
Michael Jackson foi o meu primeiro ídolo. Adorava as músicas dele, achava genial os videoclips, ficava completamente paralisada com as coreografias que gravava via e revia vezes sem conta.
O resto não me interessa. Se era preto ou branco. Se era pedófilo ou inocente. Se era uma aberração ou um génio.
Era, é, e será sempre uma grande referência da minha vida. De uma infância repleta de músicas cheias de ritmo e melodias de embalar, de uma adolescência de quarto com porta fechada com cd em repeat. De uma fase adulta em que vibro quando em qualquer discoteca tocam o remix do Billie Jean ou do Bad.
No passado fim de semana o meu pai pôs um dvd a tocar de propósito para mim, da tour anterior aquela que o trouxe a Portugal, em 1992. Revivemos memórias dessa noite de Setembro onde, de colar fluorescente na cabeça, e às cavalitas de um rapaz com cabelo cortado à "tropa", bati palmas e cantei, e senti que aquele momento ia ficar guardado para o resto da vida.
Ficou, e vai ficar...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Just be yourself

De certeza que em algum momento da vossa vida, por algum motivo concreto ou por nada em especial, já se perguntaram: "O que é que os outros pensam de mim?".
Que imagem deixamos transparecer para aqueles que nos rodeiam?
E aquilo que nós achamos que os outros pensam de nós... será que corresponde à verdade? Ou deitamos um bocadinho de areia nos próprios olhos, e optamos por achar que aquilo que os outros vêm, é aquilo que nós gostávamos que eles vissem??
Por razões que podem ser sociologico/antropologico/culturalmente explicadas e que não vêm aqui ao caso, durante toda a minha adolescência e alguns anos da considerada já fase adulta, sempre me preocupei com aquilo que pensavam de mim. Não em demsia ou de forma excessiva, mas na dose certa perante o cenário em que estava.
Preocupava-me, e muitos dos meus comportamentos eram regrados com base não só na educação e valores que me foram transmitidos, mas em última estância, e em caso de dúvida, optar sempre pelo "socialmente correcto", pelo mais discreto possível e que não desse azo a grandes alaridos.
Curiosamente, acho que nunca deu muito resultado porque mais uma vez, por este ou outro motivo que também não é para aqui chamado, meia volta e havia algum zum zum zum com o meu nome... fosse porque fiz madeixas, porque estava magra demais, ou porque começava ou terminava algum namorico. Não esquecendo nunca que me refiro a um contexto de cidade pequena, onde toda a gente se conhece e onde as novidades são poucas, daí o simples facto de eu ter uma foto em bikini no hi5, ou até mesmo a existência deste blog, ser, eventualmente, motivo de conversa.
Sem querer perder o fio à meada, hoje dei por mim a pensar em como mudei, ao longo dos anos, do tempo, e como as vivências me moldaram e sobretudo me tornaram muito mais segura de mim mesma.
Ao entrar há 3 meses para uma empresa pela primeira vez, e conhecer pessoas novas, quase todas mais velhas, com as quais iria ter de lidar todos os dias, durante bastantes horas, conhecê-las e dar-me a conhecer por mais superficial que seja, mas que a convivência acaba por obrigar, nunca pensei nem me preocupei uma única vez com "o que é que eles iriam achar de mim?".
Percebi que só hoje, passados 3 meses, pensei realmente no assunto. Porque em 3 meses há pessoas com as quais ainda hoje não troco muito mais do que um "bom dia" quando chego, e um "até amanhã" quando saio, mas que hoje me disseram que já faço parte da mobília e que se fosse embora agora iam notar a diferença. Não estava à espera, confesso, e soube-me bem.
E pensei que em momento algum me esforcei o mínimo que fosse para que gostassem de mim. Para que me aceitassem. Para ser algo que não sou. Entrei tímida e calada, como sou sempre quando não conheço. A falar pouco e só quando necessário, como faço sempre quando não estou no meu ambiente natural. A dar-me a conhecer aos poucos e só quando me perguntavam, porque continuo a ser fiel ao meu lema de que "quem quiser saber, pergunta!". Preocupava-me que gostassem do meu trabalho, que me saísse bem e não fizesse asneira, que desse o meu melhor e que esse esforço fosse reconhecido.
Mas nunca pensei se eles me achavam xoxa, antipática, convencida, insegura, tímida, mal encarada ou se simplesmente, e porque sim, não gostassem de mim. Coisa que sei que há muito tempo me iria preocupar.
Hoje dei este conselho a alguém que conheço há pouco tempo, mas por quem já nutro um carinho especial, pelo que temos em comum, por ter sido a primeira pessoa com quem falei mais desde o início: "Sê tu própria. Não dês importância ao que não tem. Não penses demasiado nas coisas. Nem te preocupes com aquilo que os outros acham ou pensam de ti, desde que estejas com a consciência tranquila". E foi aí que percebi o quanto cresci nos últimos anos. Porque é exactamente isto que eu tenho feito, sem ter grande consciência disso, mas que me tem ajudado imenso nas coisas mais distintas que vão surgindo:
- Afastar o que não interessa;
- Valorizar tudo que há de bom que acontece e que me rodeia;
- Não querer provar nem impressionar ninguém a não ser a mim mesma;

É tão fácil, não custa nada... e não dá milhões, mas tem-me valido milhões de vitórias que só eu sei!


Desconhecido


Tenho um novo amigo ou amiga que dá pelo nome de desconhecido e liga-me por volta das 16:00 da tarde e poe uma gravação no mínimo original que consiste em : "Ai Ai Ai"; alguém que está em extremo esforço, sei lá deve estar a fazer limpezas ou a passar a ferro de castigo que estava muito afogueada! E depois heis que entra em cena um piqueno que diz: Gostas? Gostas? E ela responde: "Sim, sim"
A minha teoria é que ela deve ser mazé maluca! Quem é que gosta de passar a ferro? Ou de limpar o chão? Ninguém! Portanto a moça é mentirosa e ele é um abusador porque pelos vistos não a ajuda nas tarefas domésticas e ainda goza com ela a perguntar se gosta.
Eu só tenho a agradecer ao amigo Desconhecido que sempre me dá um minuto de antena e me abre as janelas para o quotidiano de uma família portuguesa.
E já agora, amigos nunca são demais. Obrigada!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Caracolmania

Alguém me explica qual é a doidice em volta da temática "caracóis"?
E não é só a temática... é mesmo o acto da comezaina em si....
Qual é a magia, o encanto, a loucura, o ritual que eu só ouço toda a gente que me rodeia a falar em comer caracóis!!
"Ai agora iam umas minis e uns caracóis!
"E uma caracolada??"
"Epá agora era mesmo esplanar, beber uma jola gelada e chupar uns caracóis!"
Todo o santro dia nisto...
Amigos: para mim os caracóis são uns bichinhos nojentinhos que andam muito devagarinho, deitam gosma quando se arrastam, têm corninhos, e uma carapaça que quando é pisada e esmagada no chão faz um barulho que me arrepia. São bichinhos pelos quais nutro igual simpatia do que pelas osgas e sanguessugas. Estão a perceber o tipo de relação que tenho com a espécie?
Mais... é simplesmente nojento o barulho que vocês, os loucos pela caracolada, fazem ao chupar o bicho da casca. Já se me constou que a molhanga é uma delícia e coiso e tal, e bem sei que havendo molhanga à mistura é sempre difícil não fazer o típico barulho do sorver... Mas o que eu vejo é que os fãs da modalidade têm especial prazer em sorver alto, bem alto, o mais alto possível, para toda a gente à volta perceber que são os maiores porque estão a chupar bichos rastejantes. Parabéns!
Vamos a controlar essa gula pelos moluscos gastrópedes terrestres de concha espiralada?
Vamos falar de outro tipo de petisco à séria tipo tremoços, amendoins, quiçá um pica-pau, vá! Que também vai tão bem com a bela da mini geladinha, e pelo menos não pertencem à ordem stylommatophora, que só por acaso é a mesma das lesmas.
E se tiver mesmo que ser... seja, mas com pouco sorvimento, que a (pelos vistos) minoria dos mortais que não gosta de caracóis, não tem que levar com esse triste espectáculo que parecendo que não corta o apetite!
Estamos conversados? Bem haja.

sábado, 13 de junho de 2009

Previsão meteorológica: Sei lá...


Ando como o tempo: instável.
Acordo todos os dias sem saber o que me espera quando abrir a persiana, tal como não sei qual o meu estado de espírito para as 24 horas que se seguem.
Sinto-me saturada como o dia de hoje, aqui na serra. Um bafo que não se aguenta em lado nenhum, mas sol que é bom... nem vê-lo. Núvens escuras a cobrir o céu, ambiente pesado, de trovoada. Ainda não choveu... mas está para chover.
Tal como eu.
Devia sentir-me primaveril, já em vésperas de Verão. Mas os dias cinzentos e de chuva teimam em não ir embora. E se de repente vem um ou outro em que o sol aparece em todo o seu esplendor, em que não há núvem que estrague a minha boa vibe, e onde tento aproveitar ao máximo as energias positivas que no passado tanto me ajudaram.... a seguir vêm logo 5 ou 6 dias de chuviscos, aguaceiros e até trovoadas.
Resta-me torcer os dedos, fazer figuinhas, e esperar que este estado do "tempo" não se prolongue muito mais. Afinal dia 21 já é oficialmente Verão... e espero que por essa altura todas as núvens do meu estado de espírito decidam ir oficialmente embora. Ok? Bem haja.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Como domar a fera

Devagar devagarinho a coisa vai passando.
Sim, "a coisa". Aquela que me fez escrever o último post e que agora não é pr'áqui chamada!
Depois de várias horas de sono sem remorsos nem sobressaltos a pegar no telemóvel para ver quanto tempo falta para o dito cujo tocar. Depois de respirar bem fundo. Depois de ficar em total silêncio. Depois de aspirar o quarto de uma ponta a outra. Depois de arrumar a roupa que se amontoava no sofá. Depois de passar a ferro. E sobretudo depois de fazer a minha rica caminha de lavado....
O poder que uns lençois branquinhos, passados a ferro, a cheirarem a lavado, têm sobre mim....!É quase tão bom como me fazerem festas na cabeça ou simplesmente passarem-me as mãos pelo cabelo. É terapeutico, é tão relaxante, deixa-me zen, quase como a entrar numa dimensão paralela a esta onde o caos permanece instalado.
Por isso, a quem isto possa interessar por ser alvo directo das minhas neuras: não me dêm xanax diluidos em chás de camomila. Enfiem-me antes numa cama branca, feita de lavado e façam-me festinhas no cabelo. Juro que fico mansa, maaaansa.....

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Biatch" Mode!

Não falem comigo hoje.
Não me perguntem se está tudo bem, ou porque é que estou de trombas.
Não deduzam que estou com o período ou que é da TPM.
Não me peçam satisfações.
Não façam comentários desnecessários e inúteis.
Não me dêm ordens nem me chamem à responsabilidade do quer que seja.
Não me lembrem que amanhã tenho de acordar antes das 7h.
Não me perguntem o que é que vou vestir.
Não digam na televisão e na rádio a toda a hora que a chuva e as núvens cinzentas vão continuar.
Não me tentem mostrar o lado bom da coisa, porque mesmo que ele exista, hoje não me apetece saber qual é.
Não me dêm conselhos que eu não pedi.
Simplesmente... esqueçam que eu existo, por um bocadinho.

domingo, 7 de junho de 2009

Águas Wuso


Olá! Saudades? Não? Tá bem...

Ora vamos lá ao que interessa. Acho a escolha da Luso, para publicitar as suas águas das formas ou o que é um nadita, vá, inusitada!


A ideia que a mocinha dá é basicamente a seguinte:


"Como que nem um animal quando não compito (compito é uma palavra engraçada não é?) portanto como está a aí a chegar o mundial deixa cá fechar a boquinha e esperar por um milagre das águas, strictu sensu.

Depois não entendo a história do carrapito... Sei que é imagem de marca mas a ideia com que fiquei foi "Olha esqueceram-se de lhe tirar o carrapito da maquilhagem..!" Mas não, afinal diz que a moça luta mesmo com aquilo que até tem a sua graça, no tapete, que não se vê lá nos truques da judoquice.


Por fim um último apontamento... Com todo o respeito pelos problemas de dicção, mas águas wuso já ganhou!


Já agora experimentem as águas que são boas. Não sei se tiram assim tanto a fome mas ao menos sabem bem!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Não quero!!!!

Se vocês soubessem o quanto me custa levantar cedo....!!!
Sim, eu sei que custa a todos. Mas eu acredito piamente que custa bem mais a uns do que a outros. E eu cá faço parte daqueles a quem custa quase a própria vida tirar o belo do lombo da palha!
Porque a minha cama é SÓ a melhor do mundo; porque eu adooooooro e preciso tanto de dormir; porque é de manhã que durmo profundamente e sinto que estou realmente a descansar, e não nas primeiras horas de sono (ao contrário de muita teoria que já li sobre o assunto, que diz o contrário); porque quando o despertador toca fico automatica e instintivamente com vontade de matar alguém!
Verdade verdadinha... nasce uma fúria dentro de mim, que não sei de onde vem, nem como se acumula dentro de tão pequeno ser. Levanto-me como um furacão, nada de fazer fitas e ficar a enrolar e adiar "só mais 5 minutinhos". Isso é tortura! Ainda o despertador vai no meio "Piii" e já eu estou a abrir as persianas que um dia destes vão com o camandro porque são logo o primeiro alvo da minha fúria. Seguem-se as portas dos armários, as gavetas, o shampô e gel de banho que caiem vezes sem conta da prateleira para dentro da banheira, enfim... todo um ritual de descarrego de fúria que não é bonito de se ver.
É por isso que a Fifs, mesmo que esteja acordada, não sai do quarto antes de eu me ir embora e bater uma última vez com a porta. Até pode estar aflitinha para fazer xixi, mas prefere esperar no escurinho do quarto dela até que aqui a Diaba da Tazmania saia de vez, do que ter de dar de frente com as minhas belas trombas matinais.
Mas se soubessem mesmo a sério o quanto me custa, o sofrimento que eu passo, a luta diária que travo contra mim mesma e este meu mau despertar.... davam-me razão!
Ah pois davam!