quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Chanel, és uma rica coisinha

(Obrigada pela dica, Inês!!)
















Spoiled



Ontem a minha irmã (mais nova) fez o jantar para mim.
E o meu irmão (mais novo também) levou-me a casa.
Sabe tão bem quando aqueles de quem cuidamos também cuidam de nós...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Being sick sucks



Há 3 noites que não durmo em condições.
Nariz entupido, dores no corpo e na cabeça, um vai e vem de calor e frio recheado de arrepios e suores. Acordar com o peso do mundo na tola não tem sido giro. A garganta a picar e perder o pio também não me dá para rir. E os piquinhos de febre que me dão ao fim da tarde deixam-me k.o.
Mas nunca me hei-de esquecer de umas sábias (na altura frias, más e completamente despropositadas) palavras que uma vez ouvi: "Se estiveres a morrer, então vem morrer para o trabalho, que nós tratamos do funeral!".
E é isso que tenho feito. Custa... mas enquanto não cair para o lado, bora lá produzir que estamos em crise.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Coisas que podia ter sido eu a escrever #1



Relações perfeitas

Não existem. Por algum motivo os filmes acabam aos 90 minutos na parte do casório e do viveram felizes para sempre.Digam o que disserem, não há nenhum casal que não passe pelas suas provações, que não se desiluda de vez em quando, que não discuta ou que não pense que as relações às vezes sabem ser bem complicadinhas.Há sempre um equilíbrio no gostar que é difícil de manter, ora porque agora é um que puxa mais pelo outro. Ou um que sente que gosta mais do que outro. Ou um que está preparado para certos passos e outro não. Ou um que é mais maduro que o outro.Não é nenhuma competição, nem um anula o outro ou sequer é suposto tentar fazê-lo.Uma relação tem de ter ralação.Por muitos sapos que se engula de quando em vez. E é se queremos que a coisa ande para a frente.Não podemos pensar que não dá trabalho. Ou viver na ilusão que "quando é fácil, é certo". Não é. Quando a coisa aperta e quando tudo se torna mais desafiante é que se sabe se é certo. É que se sente, ou não, que se está ali para fazer alguns sacrifícios porque o outro merece. É quando o nosso umbigo deixa de importar tanto e até percebemos que estamos realmente numa relação a sério, em que o outro e os seus sentimentos importam. Por isso é que olhar para as relações dos outros é uma faca de dois gumes. Por muito felizes ou infelizes que possam parecer por comparação, só quem está nelas é que sabe o que se passa. Nós podemos ter o nosso palpite, mas o que importa é olharmos para nós :).


in Crónicas Rosa Cuequinha

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Quero tanto!



O meu gosto musical é um reflexo da minha forma de estar na vida.

Continuo a achar que devia ter nascido nos 70's...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Chegou!



Muito mais do que o fim do verão... pode ser sempre o início de tudo...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Elucidem-me por favor!



O meu namorado diz que sabe que os homens olham e provavelmente se metem comigo, quando saio com as minhas amigas. Mas que prefere não pensar nisso.
E a verdade é que não pensa mesmo. Porque eu saio à vontade, até às horas que me apetece, para onde me apetece e com quem me apetece, e ele não me chateia, diz para eu me divertir, vira-se para o lado e dorme.
Agora a questão é: como é que ele consegue "não pensar" numa coisa que sabe que acontece e que supostamente lhe deveria causar, no mínimo, um nervoso miudinho?
A sério que isso é possível? Simplesmente "não pensar"?
É que eu não consigo fazer isso. Nem que tome uma caixa de Xanax.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

(ainda a propósito desta década alfacinha)



Costumo dizer que para quem vem de fora, Lisboa primeiro estranha-se e depois entranha-se.
Pelo menos comigo foi assim. Mas eu tinha 17 anos e vinha de uma pequena cidade nas portas da Serra da Estrela, onde toda a gente se conhece, (com tudo de bom e de mau que isso tem), onde sabemos quais são os carros de quem, as casas, onde as pessoas apitam na rua para se cumprimentar, onde vamos a pé para todo o lado, onde temos pessoas conhecidas e que nos fazem favores nos CTT, no Banco, nas Finanças e no Hospital.
Em Lisboa custou-me horrores adaptar a tudo: ao ritmo, à impessoalidade, à distância para se ir a qualquer lado, ao trânsito, à falta de disponibilidade de toda a gente, ao dia organizado ao segundo. Mas hoje não me imagino a morar noutro lado. Aos poucos fui percebendo que até tinha bastante a ver com esta forma de estar. E que aquilo que no início me custava (ninguém saber quem eu sou, nem se esforçar muito para me conhecer), era algo que até me sabia bem. Não ter que provar nada a ninguém, nem me preocupar com o que pensam de mim, com o que eu faço ou deixo de fazer. Aos poucos fui-me viciando na independência típíca de uma cidade grande e no facto de não ter de me esforçar para agradar. E isso foi libertador.
E quanto às pessoas, concordo totalmente com o que a Eu Mesma disse: não são as pessoas mais simpáticas do mundo (tal como eu também não sou nem tenho paciência para dar confiança a quem não conheço), mas foi numa alfacinha de gema que encontrei uma soul sister e o namorado que é uma rica coisinha também é elemento da mesma espécie.
A verdade é que se hoje gosto de Lisboa e se já me sinto mais em casa aqui do que em qualquer outro lado, não foi a cidade que mudou. Fui eu.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Foi há 10 anos







Que soube que tinha entrado na faculdade. O curso que eu queria, na cidade que eu queria. Sempre gostei de escrever. Sempre fui muito curiosa e sempre senti que era na escrita que me expressava melhor e mais facilmente. Por isso nunca tive grandes dúvidas sobre o curso a seguir: jornalismo. Quanto à cidade, e para grande desgosto da minha mãe, resolvi contrariar a tendência daquele ano (e de todas as minhas amigas). Coimbra era só a minha 4ª opção. As três primeiras, onde entrava de certeza, eram em Lisboa. O facto de não ter colegas que também viessem para cá, de estar a 3h de casa, de não conhecer absolutamente nada da cidade (a não ser o Colombo e pouco mais) e de ir morar sozinha não sabendo fazer rigorosamente nada em casa não me assustou. Até cá chegar e aperceber-me da realidade.
Pela primeira vez estava realmente sozinha, a 3h de distância da minha família, numa cidade onde as pessoas não se olhavam nos olhos, onde andavam de cabeça baixa pelas ruas, onde não existia "obrigada" nem "por favor". A frequentar uma escola onde não conseguia fazer amizades, onde 90% dos alunos eram de Lisboa e por isso já tinham os seus grupos de amigos (muito fechados) e onde olhavam para os colegas como adversários a abater. "Concorrência" direta que dali a 4 anos lhes podia tirar o lugar na CNN ou na BBC... (estas eram, de facto, as aspirações de grande parte daquela gente).
Mas eu teimava que era em Lisboa que estava o meu futuro. E que me recusava a ser reporter de um jornal regional (nessa altura não tinha sequer a noção de que a probabilidade de vir a trabalhar na área do jornalismo era de 0,000000001% e que trabalhar num jornal regional, remunerada, poderia ser praticamente um achado).
Não foi fácil. Foram anos difíceis e vazios. Não fiz muitos amigos, não tive muitas histórias para contar, passei muito tempo sozinha e chorei o equivalente ao rio Tejo.
Mas não desisti. Ou se calhar até desisti, é um facto. Chegou a um ponto em que parei de lutar e me resignei às evidências: não tinha estofo para isto, para esta cidade fria e impessoal, para estas pessoas tão independentes e sem coração. Para um mundo que não era para mim. Mas ainda assim não perdi a esperança. Algo me dizia que o meu futuro, apesar de tudo, estava aqui. Que ainda ia aparecer o que eu queria. Exatamente aquilo que eu queria. Aqui. E apareceu.
Em 10 anos cresci mais como pessoa do que muita gente cresce numa vida inteira. E muito disso deveu-se à luta (e que luta!) que travei para me adaptar a um mundo que de facto não era o meu, mas que eu sentia que iria fazer parte de mim.
Podia ter voltado para casa, podia ter pedido transferência para Coimbra, podia ter ido por outro caminho e estar a fazer agora outra coisa qualquer.
Mas 10 anos depois tenho a minha carteira de Jornalista e faço aquilo de que gosto, com brio e paixão, num meio com o qual me identifico e do qual tenho muito orgulho, e com pessoas (e esta parte é tão importante!) com quem é bom e saudável conviver todos os dias. Que me aceitaram como eu sou, que me quiseram conhecer melhor e pôr à prova as minhas capacidades e o meu valor. Algumas mais do que colegas já são Amigas... e não há ordenado que pague isso. Isso e gostar realmente daquilo que se faz e acordarmos todos os dias sabendo que se está exatamente onde era suposto estar.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sobre a amizade




"Sim, com as mulheres é tudo muito mais dramático. Sentem efectiva necessidade de estar com as amigas. E se não há notícias de parte a parte durante algum tempo começam logo a dizer que a outra já não quer saber dela, e que não lhe liga, e que é má amiga. Há uma carência efectiva e uma cobrança recorrente da amizade. Mas se calhar as mulheres é que estão certas, e se calhar amizade é isso mesmo, é estar presente, de facto, e não apenas de tempos a tempos. Se calhar a amizade é mesmo querer saber e ligar a saber e querer estar junto e combinar coisas para que se esteja junto.É se calhar por isso que quando uma gaja se arma em gajo e só liga à amiga muito de vez em quando desce logo na categoria e passa a ser só "mais ou menos amiga", ou então "uma cabra do caraças que não quer saber da amizade".



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Do morar junto



Quando decidi que queria morar com o meu namorado, decidi exatamente por isso: "queria morar com o meu namorado". Namorávamos há pouco mais de um mês, estávamos loucamente apaixonados e queriamos passar o máximo de tempo juntos. Estar cada um na sua casa e encontrarmo-nos para jantar e dormir cada noite em casa de um ou na casa do outro não fazia sentido. Queriamos estabilidade e acima de tudo, queriamos muito estar um com o outro.
Até podia dizer que foi uma decisão ponderada, que pensei muito, pesei prós e contras e analisei a questão até à exaustão. Mas é mentira. Nem eu nem ele fizemos nada disso. Agimos por impulso e sobretudo por pura paixão. Bastaram algumas conversas para perceber que ambos queriamos o mesmo, e quando acordei uma manhã e ele tinha desocupado um armário para eu levar as minhas coisas "quando me sentisse preparada", (disse ele com aqueles puppy eyes que eu adoro), fez-se o click.
Se eu queria, e ele queria... porque não? Não tinha a ver com uma questão de logística, para facilitar a vida aos dois, porque assim dava mais jeito, para não ter de andar com as coisas para trás e para a frente... nada disso. Foi apenas e só porque queriamos estar juntos e não havia razão para não o fazer. E avançámos.
Já passou 1 ano e meio e quando há discussões, atritos, fases menos boas, quando se dizem coisas que não se querem dizer, já dei por mim a pensar: "era tão mais fácil se não morássemos juntos! Ia cada um para sua casa, pensar na sua vida, respirar um ar diferente, ficar em 4 paredes sozinho e tudo se resolvia de forma mais pacífica!". E já ouvi da boca do meu mais-que-tudo, em momentos em que os puppy eyes se enchem de cólera, que "se calhar não estava preparado para isto!". O que me deixou de rastos, me feriu até à alma e a pensar se teríamos tomado a decisão certa. Mas a verdade é que a dúvida dele é perfeitamente legítima, e também eu, nesses momentos de tensão, quando as coisas não correm como se quer, me questiono se estaria preparada para isto. É normal.
Isto, de morar junto, de dar esse passo na vida, de perceber que a partir de agora não estamos só a dividir o mesmo teto com outra pessoa (como quando dividimos casa com amigas ou colegas). Não. É um projeto a dois. São responsabilidades, deveres e direitos a cumprir e respeitar, sempre a dois. É um compromisso dos dois. E requer esforço e sacrifício... dos dois. E ao contrário do que já me disseram, "quando se gosta realmente não há sacrifícios nem esforços...", o que me provocou uma sonora gargalhada, eu cá sou daquelas que acha exatamente o contrário: é quando se gosta realmente de alguém, tanto ou mais do que da vida que se levava em solteiro, que se fazem os maiores esforços e sacrifícios. Que contrariamos a nossa vontade, singular e independente, em prol da vontade dos dois, que nos esforçamos para agradar ao outro, adaptar ao feitio do outro e para o fazer feliz, porque isso também nos faz feliz.
Já me perguntei várias vezes se estaria preparada para isto. E quanto mais o namoro avança e o tempo passa, mais me questiono se estou preparada. Mas não é sinal de insegurança, de não gostar o suficiente, de não saber o que quero, É exatamente pelo contrário. Por perceber que cada vez mais é a sério, que cada dia que passa, aquilo que nos faz continuar a querer estar um com o outro já não é o impulso nem o tumulto da paixão, mas sim a tranquilidade e segurança que o amor nos traz. A certeza de que temos sempre outra escolha: virar costas e sair, voltar para minha casa e ele ficar sozinho na casa dele, seguirmos cada um o seu caminho. Mas não. Todos os dias escolhemos, (porque é o que nos faz feliz e porque queremos) continuar juntos. E continuar a fazer esforços, sacrifícios e cedências. E discutir de vez em quando e fazer as pazes. E perguntar quantas vezes for preciso "é mesmo isto que eu quero?". E enquanto a resposta for a mesma desde o primeiro dia, então tudo está bem.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"Bom de bico"



Segundo o dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora, e segundo o novo acordo ortográfico:

"Que transmite convicção sobre assuntos que não domina".

LOL!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Embirrar



Verbo intransitivo
1. teimar
2. implicar
3. insistir numa ideia


É o que me acontece de quando em vez. Bato de frente com alguém e por mais que eu me esforce ou a outra pessoa se esforce também não vale a pena. O meu santo não se cruza com o dela, embora o dela pareça cruzar-se com o meu... Tudo me irrita: desde o som dos passos que eu conheço à distância, à maneira como fala, aos gestos, à roupa que veste, às atitudes infantis despropositadas, às conversas... sobretudo as conversas para as quais não tenho a mínima paciência!! E juro que faço um esforço para desligar, para abstrair, para não ligar nenhuma... mas não consigo. E por não conseguir e saber que tudo me continua a irritar é que sei que isto é pura embirração. Se eu simplesmente não gostasse dela ignorava a sua existência. E eu até nem desgosto... mas embirro.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Estou a ficar velha!



A minha irmã tirou hoje a carta.
O tempo passa tão depressa... ainda me lembro de quando a metia dentro do "aranhiço" e a atirava contra as paredes, tipo carrinho de choque...!!!
Parabéns, mana Ju!!! :)))))

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Preferes...?







Prefiro o silêncio ao barulho. A escrita à fala. Estar sozinha às multidões. Ouvir mais do que falar. Mandar sms em vez de ligar.
Prefiro esperar em vez de ceder ao impulso. Pensar nas coisas em vez de ignorá-las. Desculpar em vez de ressentir. Dar outra oportunidade em vez de virar as costas. Chorar a aguentar o choro. Discutir em vez de calar.
Prefiro ficar em casa em vez de sair. Ler blogues de desconhecidos em vez de ver fotos dos "amigos" no FB, por pura cuscuvelhice. Dormir cedo do que me deitar tarde. Estar apenas e só com aqueles de quem gosto mesmo do que rodeada de conhecidos que não me dizem nada.
Prefiro chegar antes da hora do que fazer com que esperem por mim. Um jantar feito a dois em casa do que o melhor e mais caro restaurante da cidade. O sofá, ele, e um bom filme, do que qualquer outro programa no mundo. Dormir com ele do que dormir sozinha. Arrumar a cozinha em vez de cozinhar. A gema do que a clara. O dia do que a noite. O inverno do que o verão.
Prefiro dar elogios do que ser elogiada. Surpreender do que ser surpreendida. Que gostem de mim do que não gostem de mim. Dizer a verdade do que a mentira. Ficar genuinamente feliz por alguém do que sentir inveja. As minhas amigas do que as amigas dos outros. Sentir saudades, tristeza ou nostalgia do que não sentir nada.
Prefiro ser como sou sem esforço do que me esforçar para ser alguém que não eu.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Calorias



Não ando a contá-las nem perco muito tempo a olhar para os rótulos das embalagens. Mas ter uma noção de até onde podemos ir não faz mal a ninguém. Por isso aqui vai a dose diária recomendada pelos senhores que percebem do assunto:


Pequeno almoço: 400
Meio da Manhã: 200
Almoço: 700
Meio da Tarde: 200
Jantar: 500

Total: 2000

Sendo que o ideal é fazer refeições de 3 em 3 horas e um jejum noturno de cerca de 10h. Que é como quem diz jantar cedinho (e pouco!) e depois fechar a boca, que amanhã ao pequeno almoço há mais.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Há dias assim



Hoje é um deles.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Coisas que fazem sentido



Sobre o instinto maternal... (ou a falta dele):

"Há sempre um ponto de viragem­... não anseies por ele... preenche e vive tudo o que tens a viver por agora...­­ depois o resto fá-lo-ás com muito mais amor e dedicação­."