quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Valentim vivido por Mim!


Amanhã não vou querer flores, perfumes, peluches nem cartões em forma de coração. Não ligo ao dia dos Namorados e tenho até uma ligeira aversão à data comercial e socialmente imposta que faz com que tenha vontade de abominar todos os casalinhos que me aparecerem à frente!!! E não, não é ressabiamento, garanto que não! Apenas não me apetece comemorar "O Amor" no dia em que as lojas decidem. Vou comemorando durante os restantes 365 dias do ano, tem graça!
Mas a história de S. Valentim, essa sim, já me diz algo. Mito ou não, o facto de ser o dia de um Santo, que morreu pela causa do Amor, faz com que, secretamente (e agora partilhado neste blogue), lhe tenha feito um pedido nas vésperas do seu dia.
Realizou-se hoje o primeiro transplante de rim de dador vivo entre cônjuges em Portugal. Só desde Junho do ano passado a legislação contempla a possibilidade de serem doados órgãos entre marido e mulher, o que antes era permitido apenas entre parentes consanguineos até ao terceiro grau, excluindo, nomeadamente, marido e mulher. Hoje finalmente foi possível para um casal, que o marido doasse um rim à sua esposa, esperando tratá-la da insuficiência renal de que padece.
Um gesto de amor que pode salvar a vida da pessoa que escolhemos para ter ao nosso lado, na saúde e na doença, tal como prometido no dia do nó. Foi esse o desejo que pedi a S. Valentim: que eu tenha sempre ao meu lado alguém disposto a pequenos gestos, que não se comparam a este na seriedade e grandeza, mas que demonstrem de igual modo um amor incondicional e desmedido, sem preço nem cobrança. E não me refiro só à cara-metade do sexo oposto! Porque a amizade também é uma forma de amor, que nunca me faltem Amigos verdadeiros para me pôr nem que seja um penso rápido, assim como eu estarei lá para desinfectar com alcoól e betadine todas as feridas abertas! (E segurar a cabeça quando outro tipo de alcoól faz uma certa espécie no estômago e parecendo que não...perturba!).
Outro pedido a S. Valentim, sem querer abusar: que me dê muita paciência e calma para enfrentar o dia de amanhã sem bolsar em cima de algum casalinho dos que vou (com muito prazer) abominar, com direito a guinchos explícitos de nausea pelo romantismo forçado e ensaiado!
Não há paxorra!!!!

1 comentário:

Fifs disse...

Os nossos pactos estão documentados! E são válidos em qualquer dia da semana, mês ou em qualquer estação. Não precisam de renovação, lembrança ou rega... Válidos toujours (treinando!)até que algo de grandioso (como os Deuses estarem loucos) nos separe!