segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Dumb


Adorava perceber de onde vem a minha malfadada fobia de Baratas a.k.a. bichas porque só o nome me dá comichões...

Absolutamente irracional e paranóico esta minha mania com o raios das bichezas. Já fiz as figuras mais tristes, já gritei, já berrei, já pus desconhecidos em pânico sem saberem ao certo porquê. Já tive paragens de digestão dos nervos porque visualizei uma coisa daquelas na minha direcção e o meu maior medo é que algum engraçadinho, algum dia, ao saber da minha paranóia me ponha uma bicha no bolso ou no sapato... Eu nunca vi o wall-e por causa da bicha amiga do ET...

O facebook diz que o meu grau de Retardada é de 68%... Terá a ver com isto ou é porque me babo não raras vezes?


P.S. Também tenho medo de crocs e de que algum dia me enfiem lá os pézinhos!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Eu já andava a avisar...

Hoje comprei um perfume novo.
O que, para quem me conhece, sabe que é sinal de mudança.
Sim, sou daquelas pessoas que é capaz de usar o mesmo perfume durante 2 anos, 2 meses, ou somente 2 dias, mas uso sempre o mesmo até me fartar. Depois um dia, de repente, farto-me e preciso urgentemente de comprar outro. E muito, mas muito raramente volto a usar os perfumes antigos. Porque marcam de tal maneira certas fases, lugares e pessoas da minha vida, que quando os volto a usar, inevitavelmente trazem tudo de novo, o bom e o mau...
Ralph Lauren cheira a Brasil: Rio, Búzios e Londrina.
Escada Magnetism cheira a Natal de há alguns anos e estado de paixão assolapada.
Nina Ricci cheira a morangoskas no bairro alto.
Black XS (que tão pouco usei) cheira a Algarve do ano passado.
Um da Zara que nem o nome sei mas que na altura adorei, cheira às aulas de código e à D.Lina, minha instrutora adorada.
Guess cheira a Primavera, a almoços de saladunxa, ou de pizza na praia de S.Pedro.
E o último, da Mango, que já uso há algum tempo, por enquanto cheira a mim. Porque preciso de distanciamento, de tempo, e de cheirar a algo novo para associar o perfume anterior a algo ou alguém que não eu.
No fundo é isso mesmo que eu preciso agora: distanciamento.
O novo perfume: Escada Ocean Lounge. Escolhido por impulso, depois de muito cheiricar pelas prateleiras da perfumaria, hoje cheguei, cheirei uma vez e peguei.
Cheiro novo...etapa nova! Venha ela....



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Fado, Destino, Karma e afins

Há quem acredite que todos nascemos com o destino traçado, que não há coincidências, e que o que damos é o que recebemos de volta.
Há quem defenda o contrário, que o destino somos nós que o traçamos, nas escolhas que fazemos, e que nem sempre cada um tem aquilo que merece porque a justiça, pelo menos enquanto cá andamos, é feita pelos homens de carne e osso (e defeitos), e tem muito pouco de divina.
Eu faço parte do primeiro grupo.
Porque preservo uma ingenuidade romântica dentro de mim, que não me importa se certa ou errada, mas me aconchega.
Porque para aquilo que não encontro explicação reservo-mo ao direito de pensar: "Tinha de ser assim".
Porque para lidar com a frustração, com a perda, com a rejeição e a derrota conforto-me com o : "Não era para ser".
Porque o não saber as respostas, o não saber como lidar com algo, aquilo que me transcende, logo a mim que analiso tudo até à exaustão, com a mesma intensidade com que vivo de impulso, sem pensar por um segundo, é saltar para um abismo sem começo nem fim.
Porque tenho tanto de consciente e racional, de ponderada e assertiva, como uma ânsia sofrega de avançar no desconhecido, improvavel e menos recomendável.
Porque vivo no fio da navalha, sempre, no limite da escolha entre aquilo que eu sinto que me está destinado e aquilo que eu sei que sou eu que controlo, que só a mim me cabe escolher e manter-me fiel a essa escolha.
Porque em última estância sei que quem traça o meu destino a limpo sou eu.
Mas também sei que por baixo houve um rascunho, um tracejado, um esboço feito por mão que não a minha e que eu, com mais ou menos rigor, acabo por re-desenhar os contornos dessa mão.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

48

Quando fizer 48 anos quero ser feliz.
Quero amar e ser amada.
Quero ter filhos fruto de um grande amor.
Quero acordar uns dias de melhor outros pior humor, mas sempre de bem com a vida.
Quero já ter viajado muito pelo mundo fora.
Quero ser bem sucedida no meu trabalho e gostar muito daquilo que faço.
Quero ter tempo e empenho para ser uma boa Mãe e Mulher.
Quero preparar e levar pequenos almoços à cama.
Quero ter uma casa na serra com lareira onde passo religiosamente cada Natal.
Quero ter uma mesa cheia e uma casa ainda mais cheia na ceia de Natal.
Quero ver os meus irmãos muito felizes.
Quero ter uma carrada de sobrinhos para mimar.
Quero deixar os meus filhos na casa da Tia Dee para ir namorar.
Quero ver o meu nome escrito, espalhado por esse Portugal.
Quero olhar para trás e pensar que andei às cambalhotas com o destino, mas no fim caí sempre em pé.
Quero lembrar-me dela tal e qual como me lembro hoje.

Hoje Ela fazia 48 anos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tréguas

Tive duas semanas de cão.
Daquelas que dá vontade de riscar no calendário e fingir que não aconteceram. Daquelas em que para mim o tempo passou ora muito depressa ora extremamente devagar, enquanto que para os outros foram simplesmente mais duas semanas iguais a tantas outras. Daquelas em que dá para pensar em tanta coisa, querer mudar tanta coisa, ficar revoltada com tanta coisa e perceber que há tanta coisa que simplesmente não conseguimos controlar. Daquelas em que esotericamente falando, a lua devia estar a exercer uma influência extremamente negativa no meu mapa astral e parecia carregar o peso desta constelação e da outra nas costas. Daquelas em que se acaba por fazer, dizer e agir de maneira contrária a tudo o que o racional manda e só se vive com o coração, a mil, em angústia, ansiedade e medo. Daquelas que, finalmente, quando acabaram, quando a paz voltou a reinar de forma discreta mas ainda assim com sabor a paz, consegui respirar fundo, deitar a cabeça na almofada e dormir as horas que me foram permitidas num sono profundo e despreocupado. Daquelas em que no fim ergui bandeira branca a mim mesma e dei tréguas a esta minha cabeça tão cheia de tanta coisa, e ao meu coração tão vazio de outra tanta.

É assim que estou agora: numa paragem temporária das hostilidadades entre mim e o destino.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"Espilrro" traiçoeiro

Indignada. É como me sinto.
Pois que há uns tempos, depois de já sentir uma certa rinite alérgica com a situação, me foi dito que, segundo as regras de etiqueta e boa educação, na verdade, não se deve dizer nada quando alguém espirra.
Isso mesmo. Se alguém espirrar ao pé de nós o que é que se diz? Nada. Nem pio.
E eu, depois de 25 anos de "Santinho!", "Saúde!", e "Já não há circo!", deparava-me com um silêncio sepucral de cada vez que soltava um atchim. Um desamparo! Um desalento! E ao perceber que era a única naquele espaço que ainda mantinha a (pelos vistos má) tradição de dizer o quer que fosse após o espirro alheio, dei por mim a conter-me, a engolir em seco, a obrigar-me a ficar bem caladinha e fingir que o outro não estava a ter o espasmo nasal tão libertador, que é o belo do espirro!!!
Desconsolada. É como me sinto.
Faz-me falta o "Santinho!", a "Saúde!" e o "A macaca está constipada". Bem como me faz falta poder dizer o mesmo, mesmo que não conheça a pessoa de lado nenhum, esteja onde estiver, porque foi assim que fui educada, e até acho que desejar saúde a alguém que espirra é tão importante como dizer "se faz favor" e "obrigada".
É por isso mesmo que continuo a dizer sempre, sem pensar, as benditas palavrinhas mágicas. Se acharem que sou possidónia ou bimba temos pena. Quem me tira o Santinho da boca, tira-me tudo!

P.S- Sim, no título escrevi "espilrro", que é daquelas expressões que eu adoro ouvir. Mas genuínas, vindas de quem acha de facto que se diz "espilrro", "selada", "capôm" ou até mesmo "imbigo".

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

To Blog or not to Blog

Perguntava-me a Neferet no post anterior porque não escrevia aqui tudo o que quero e me apetece. Que devia fazê-lo, já que o blog é meu, e depois aceitar as consequências e não me preocupar com o que os outros pensam de mim.
Pergunta essa que me fez também lembrar de uma conversa que tive há tempos com um grupo de pessoas com opiniões bastante divergentes sobre o uso que se dá aos blogues, ou melhor, o que leva uma pessoa a criar e manter um blog.
Ora, respondendo à Neferet, e repetindo o mesmo discurso que fiz aquando dessa conversa, eu não escrevo tudo o que penso e quero aqui no blog pela mesma razão que não digo tudo o que penso na minha vida "normal", chamemos-lhe assim. No trabalho, com os amigos, com a família, no plano social, por maior que seja a intimidade, ou à vontade, nunca ninguém diz TUDO o que realmente pensa. E ainda bem que assim é. Ainda bem que há algo chamado bom senso, que dependendo da criatura existe em maior ou menor abundância, e nos permite ter o descernimento de guardar para os nossos botões muita informação que veícula no pensamento. Nessa mesma conversa, eu defendia que quem cria um blog em primeira estância é movido por uma só razão: quer ser lido ou visto, o que na minha perspectiva é o mesmo que querer ter alguma atenção. Por mais que se fale na "troca e partilha de experiências, banalidades, coisas do dia a dia de maior ou menor importância", ninguém escreve para si só, usando um blog como veículo. Quem escreve só para si fá-lo num diário, em post-its que cola à testa se lhe apetecer, lembretes no telemovel. Quem escreve num blog, escreve para ser lido por outrém... seja "ele" quem for. Quem escreve num blog espera um feedback. Mesmo que não seja sobre a forma de comentário, elogio ou crítica. Mas conforta-se com o facto de saber que é lido... e isso é por si só uma forma de feedback.
Falava-se em solidão, em poucos amigos, em subtrefúgio para dizer aquilo que não se tem coragem de dizer cara a cara, mandar recadinhos, enfim... Isso eu já não sei. Não gosto de generalizar e acredito que haja vida social activa e saudável atrás de grande parte dos autores de blogs.
Voltando à minha querida Neferet, outra das razões pelas quais não escrevo tudo o que penso é simplesmente porque apesar de assinar como Pips, nunca me escondi atrás do anonimato, nem utilizei este blog para mandar recados para ninguém. Quem me conhece pessoalmente, sabe que este blog é meu. E quem me vem cá ler espera saber novidades da Rita, não da Pips. Não escrevo tudo o que me apetece porque ao fazê-lo aqui, não há filtro que separe quem me apetece que saiba certas coisas da minha vida, e quem não me apetece. Bem como não vou prá baixa com um megafone dizer que me nasceu uma borbulha no nariz, e que o meu pseudo-não-existente namorado me ofereceu flores. Se aquilo que os outros pensam de mim importa? Importa, claro que sim. E quem disser o contrário provavelmente é quem mais se esconde e fecha em copas com medo que a sua vida seja invadida por comentários ou indescrições alheias. Mas não escrevo tudo o que me apetece não tanto pelos outros mas sobretudo por mim. Porque toda a gente tem direito a ter os seus segredos, que partilho contigo numa conversa de msn, em trocas de sms, num testamento de e-mail. Porque ainda que separadas por um pc, eu sei que és Tu que está do outro lado... não uma blogosfera de perfeitos desconhecidos.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cortar o cordão

Acho que este blog tem os dias contados, pelo menos para mim.
Tudo o que me apetece realmente escrever não posso nem quero escrever aqui. Sobre as banalidades do dia a dia não faz sentido escrever, não agora.
Abro esta página e quase que sinto uma corrente de ar de tão vazia... ainda me faz sorrir e emocionar, como no último post da Fifs, mas começa a ser cada vez mais raro.
Vou começar a fazer as malas...


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Planos











Fazemos um monte deles. Mesmo quando a lição que tirámos, da última vez que rachámos a cabeça e/ou o coração, era de não fazer planos e viver um dia de cada vez.
Quando temos uma pessoa a quem queremos muito é inevitável não fazer planos para ela também. Impossível quase (pelo menos para mim) de não ter um sentimento muito maternal e não sonhar que ela seja assim ou assado quando for grande (ou pelo menos maior)
Na minha cabeça ela vai ser um misto de Bradshaw com Samantha Jones, personagens de ficção bem sei, mas muito fidedignas de uma ou outra amigas nossas. Sucesso tardio profissional
Ela vai esperar que ele mude. Ele vai mudar (quando eu já não o engolir nem com água tónica). Ela vai casar tarde, da noite para o dia (eu furiosa porque como boa amiga/mãe/irmã não vou ter tempo de nada. Ela Não vai querer filhos (Azucriná-la-ei até à morte...). Ela vai ter sucesso com a escrita (E vai-me pedir dicas de moda). Vai ser o meu grande apoio um dia que a morte passe ao meu lado...
Ela vai almoçar comigo todas as semanas e jantar uma vez por mês (só nós); e quando vier a criança ela vai pô-la na Tia Diana, quando precisar de escrever um artigo importante...

Uma nota


"Mão quero fazer cócó" ou "O melhor é mexer o rabo" não são lá grandes frases cheias de sentido publicitário e grafismo agradável pois não?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Apetece-me

- Ir ao cinema
- Fazer um bolo
- Arranjar mãos e pés
- Devorar um livro em 3 dias
- Ir a um concerto onde saiba as letras das músicas de cor
- Mudar a decoração do meu quarto
- Almoçar saladunxa com a Fifs e meter guincharia em dia
- Beber morangoskas
- Dançar
- Cafunés

.... e por agora é só.