É quando menos esperamos que as coisas vêm ao nosso encontro: as pessoas, as verdades, as emoções, os segredos.
É quando não queremos saber, já nem pensamos muito no assunto, ou pura e simplesmente como a minha avó diz tantas vezes, quando "mais estamos longe das ervilhas" que somos confrontados com o que não esperavamos.
Às vezes era melhor ficar na ignorância reconhecida. "Olhos que não vêm, coração que não sente", não é assim?
Quando sabemos demais, pensamos. E quando pensamos podemos estar a pensar tão errado... a queimar neurónios preciosos, a cada minuto que passa, a construir cenários de hipóteses e possibilidades. A fazer rewind e tentar perceber exactamente o que do outro lado se terá pensado e sentido. A fazer flashforward e tentar adivinhar como seria ou será daqui a um tempo se agirmos assim ou assado.
É quando se pensa que já se viu e ouviu de tudo, que somos supreendidos e alguém lá em cima que gosta muito de brincar e soltar umas valentes gargalhadas à nossa custa diz: "Ai é? Achavas que já tinhas tido a tua dose? Então pega lá e não digas que vens daqui!"
E eu tudo bem.
Eu até acho uma certa graça. Às vezes. Outras não acho muita. E preferia continuar na ignorância. Assim, de olhinhos fechados, na minha bolha de magia de sorrisos e piadas interiores, só minhas e cheias de ironia. Não preciso saber mais do que aquilo que já sei... a sério. Está bom assim! Nem preciso conseguir prever exactamente o que de lá vem, mesmo antes de chegar! Palavra que dispenso.
E também não preciso que daqui a um tempo, quando já me tiver esquecido daquilo que veio ao meu encontro hoje, as pessoas voltem a insistir, porque acham que eu me esqueço, e voltam à carga. Porque é que o fazem? Não sei. Mas também não me interessa.
3 comentários:
tanto nevoeiro!!
Nem por isso... I can see clearly now the rain is gone!! :)
E por estes lados gosta-se mesmo é de neve!!!
as coisas acontecem quando menos esperamos, essa é a verdade. principalmente as coisas mais marcantes.. o passado? é certo que continuamos a recordá-lo, mas devemos aprender a fazer dele o que é: passado. o futuro? digo apenas que não vale tentar ler profecias. o certo é que vivemos no presente, e é nele que temos que aprender a estar. num mundo em que cada vez mais temos que aprender a viver sozinhos no meio de tanta gente..
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