segunda-feira, 28 de junho de 2010

Morar ou Viver junto: Eis a questão


Em conversa com uma amiga, dizia-me ela que andava a tentar perceber o que muda numa relação a partir do momento em que se vai morar junto. E pensava eu saber responder prontamente, por tópicos bem enumerados, uma lista suscinta do que muda, do que fica na mesma, do que muda para melhor, para pior, do que se descobre, do que se prefere não descobrir... mas fiquei calada. Porque a primeira coisa que pensei foi: "Há uma grande diferença entre morar junto, e viver junto".

Senão vejamos: Há quem vá morando junto, de vez em quando, uns dias sim, outros não... com meia dúzia de cuecas e meia duzia de pares de meias num lado e o resto no seu habitat natural. Há quem brinque às casinhas, como eu também já brinquei, e num espaço que é só de um, o outro dê o ar da sua graça, apareça para jantar, dormir e ver filmes abraçadinho no sofá dia sim, dia não, e até pode ser dia sim, dia sim, mas a questão é que acaba por ser conforme dá mais jeito a um, e o outro ou aceita ou não. Há quem goste de dizer que mora junto, mas o que é certo é que não faz mais do que partilhar um espaço, onde a bem da verdade acaba por ser sempre uma visita, com mais asseduidade do que as outras, mais à vontade para pôr e dispor de um espaço que não sendo seu, o outro lhe dá o à vontade necessário para agir como tal. E quando assim é, na verdade, não muda grande coisa. Se calhar diminuem os programas fora de casa, vão menos vezes jantar e almoçar fora, as idas ao cinema também são mais selectivas, o sofá passa a ser o local de eleição para os serões... basicamente, o namoro passa a ser mais a dois, e menos social. Têm mais privacidade, mais tempo de qualidade, até mais estabilidade emocional, porque sabem que, sendo de um ou de outro, têm sempre aquele poiso e não têm de pensar "onde é que vamos agora? Ou o que é que vamos fazer agora?".

Mas se me perguntarem o que é que muda quando se vive junto, aí o caso muda de figura. Quando se decide ir viver junto com alguém, não é por impulso, não é porque dá jeito, porque facilita a vida de um, ou até dois dois lados, porque se precisa de mais privacidade, de um tecto para viver o namoro. Viver junto com a pessoa com a qual se tem uma relação é um desafio. Mas é acima de tudo um projecto, um querer de igual modo, com a mesma vontade, exactamente pelo mesmo motivo, que acaba por ser somente isto: "gostar tanto da companhia um do outro, que não se justifica estar longe quando se pode estar perto". Viver junto com alguém é um construir diário de algo que talvez nem saibamos muito bem o que é no início, mas que simplesmente se vai moldando, dia após dia. E é um risco. Pode não dar em nada... porque lá está, não é como morar junto. Não há o "hoje fico cá, mas amanhã não". Quando se vive junto fica-se todos os dias. E passam-se os dias com essa certeza absoluta, de que ao fim do dia, o outro está lá. E amanhã também, e depois também. Quer o dia tenha sido bom, ou mau. Quer haja flores e bombons ao chegar a casa, quer haja discussões feias, vontade de virar costas e bater com a porta. Viver junto é isso: é não bater com a porta, pelo menos a da rua, que dentro de casa cada um tem direito ao seu espaço e tempo sozinho. Mas virar as costas em tempos de crise é que não.

É um compromisso dos bons, e uma responsabilidade das boas. Das que não pesam. Daquelas que até nos fazem sentir mais leves, porque é a dois, é dividido e partilhado, sempre em igual quantidade para cada lado. É saber que estamos no mesmo barco, a remar ambos no mesmo sentido. Com a certeza de que há marés e marinheiros por aí fora que puxam sabe-se lá para onde, mas que os 4 braços remarão sempre no mesmo sentido. E quando assim é, muita coisa muda.

Muda cada uma das partes. Muda a maneira como vemos a vida, mudam os sonhos, os desejos e objectivos de futuro. Mudam as certezas. Mudam os medos. Crescemos sem dar conta, porque se ganha em paciência, em tolerância, em compreensão, em esforço, em vontade de que tudo dê certo. Perde-se em egoísmo, nos caprichos, nas birras e nas crises existenciais. E encontra-se um equilíbrio que antes não sabiamos sequer ter necessidade de sentir, mas que faz tão bem! E tal como em todas as mudanças, sejam de que tipo for, não é fácil. São as tarefas domésticas que têm de ser feitas a dois, são os feitios de duas pessoas a chocarem numa área limitada por tempo ilimitado, são as pequenas imperfeições que com o passar do tempo começam a ser engraçadas e perfeitas aos olhos de quem gosta. É adormecer, acordar, comer, estar, limpar, arrumar, viver, conviver juntos, todos os dias. E dito assim pesa... Mas quem vive junto porque realmente quer, porque gosta, porque sabe que vale a pena, porque sente que não há outra hipótese que preencha mais nem faça sentir melhor, sabe também que o único peso que se sente é o da felicidade!
(Por isso Neferet, assim que a tua casinha estiver pronta, muda-te de armas e bagagens com o teu mais que tudo! Tenho a certeza de que a vossa relação vai mudar... para muito melhor!! Beijinhos com saudades.. estás no meu coração!)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Get Carried Away...


A propósito de "Sex and the City 2", que deixou muito a desejar a muito boa gente segundo li e ouvi, apenas tenho a dizer que eu cá gostei. Gostei e muito. Sorri, ri às gargalhadas, identifiquei-me, e percebi porque é que aquele foi o caminho escolhido por Michael Patrick King.
Por detrás da monstruosa máquina de marketing que dá todo o glamour e brilho às personagens, que nos encantam com os seus modelos de griffe e alta costura, com os sapatos de estilistas e criadores do mais alto gabarito mundial, ao qual 99% de nós, pequeninas Tugas, nunca teremos oportunidade de pôr as manitas em cima... está a história de vida de 4 Mulheres. Da amizade entre elas, do evoluir das suas vidas ao longo dos anos, das carreiras, desgostos e sucessos, vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, desejos e sonhos. E é essa mensagem que muitas vezes passa para segundo, ou terceiro plano, o que é pena.
Aquilo que se vê em primeira estância é a futilidade e vaidade das personagens, os vestidos, os sapatos, as festas, os affairs, os homens, as relações e as muitas não-relações a que assistimos ao longo da série. Contudo, em ambos os filmes, focaram claramente bem mais a evolução da maturidade das personagens, e as mudanças que cada uma ia sentindo relativamente ao que desejava construir à sua volta.
Porque há alturas na vida de qualquer mulher, Nova Iorquina ou Tuga, com mais ou menos glamour, em que pensar naquilo que se vai vestir logo à noite deixa de ser a coisa mais importante que nos ocupa a mente. Há alturas em que deixamos de comprar roupa compulsivamente, para ter tudo e mais alguma coisa, e paramos de agir por impulso, para compensar carências e acalmar neuras e insatisfações constantes. Há alturas em que ter 750 pares de sapatos deixa de ser motivo de orgulho e exibição, e passa a ser motivo quase de vergonha, se fizermos conta ao dinheiro que ali foi gasto, em calçado que já nem nos lembramos que tinhamos, e que sabemos que nunca mais vamos usar. Há fases em que o "programa das festas" somos nós que o fazemos, seja ele qual for, onde for, com quem for, quando nos apetecer. E não nenhum cartaz com dress code, nomes de bebidas e de DJ's que supostamente toda a gente gosta porque é fashion gostar. Chega uma altura em que deixamos de ter ansias de querer ver e ser vistas. E somos perfeitamente felizes na invisibilidade da nossa bolha.
Há um momento na nossa vida em que os affairs deixam de fazer sentido, porque não passam disso mesmo: affairs, passageiros, sem sentimento, sem aquele querer que nós queremos ter e que tenham por nós. Em que "Homens", no plural, deixa de ter graça porque não os queremos a fazer fila, nem a entupir o telemovel com convites parvos. Queremos apenas e só UM, com o qual temos vontade de fazer tudo e nada.
Há um momento na nossa vida em que nos apaixonamos, a sério, e tudo o que ficou para trás parece mais um episodio da nossa série preferida, que vivemos intensamente, mas que foi pura ficção. E é nesse momento que, inconscientemente, sem estarmos à espera, sem termos querido, desejado, ou feito absolutamente nada por isso, nos vemos a viver uma relação. Uma à séria, seja qual for o rótulo que lhe queiram dar, mas que seja saudável, equilibrada, sem ter que provar nada a ninguém, sem ter de abdicar do quer que seja, um complemento bom, um bónus na nossa vida, ter uma ligação saudável com alguém que seja nosso amigo, companheiro, ouvinte, e que goste de nós, como nós gostamos dele.
É o evoluir natural, é crescer, amadurecer, cada mulher à sua maneira, com mais ou menos floreados, com namoros, noivados e casamentos, ajuntamentos, uniões de facto ou simplesmente parceiros de vida. E depois vêem (ou não) a casa, a família, o cão e o piriquito. As festas com cupcakes, o chorar dos bebés, as festas na escola que não se querem perder. E ante-estreias haverá sempre, mas preferimos, e ficamos muito mais felizes por ir às mesmas com aquela pessoa, a tal que é o "Bónus". Tal como há dias em que nada nos fará sair do sofá a ver um filme a preto e branco.
E a cereja em cima do bolo é conseguir manter as Amigas, aquelas, as verdadeiras, aquelas que já eram almas gémeas antes de o "Bónus" aparecer, sempre por perto, mais ou menos, mas perto o suficiente para sabermos que estão lá, seja onde for. Que cada uma tem a sua vida, o seu próprio "Bónus", as suas necessidades, vontades e quereres, mas que não deixamos de ser nós próprias nem nos esquecemos da importância que a Amizade tem. Ou deveria ter. A cereja em cima do bolo é conseguir ter tudo e que nada se perca pelo caminho. Não ser julgado pelas escolhas que se fazem, nem pelas vontades (ou falta delas) que se tem. Ficar feliz pela felicidade do outro, e não entrar em competições nem alimentar ressabiamentos.
É por tudo isto que eu também percebo que para muita gente o filme tenha sido "desenxaibido", como se diz lá na minha serra. Que não tenha acrescentado nada de novo, não houve desgraças nem revelações chocantes, doidices nem escândalos de caírmos da cadeira abaixo. Mas acho que o objectivo era esse mesmo. Mostrar que chega uma altura das nossas vidas, em que não queremos novelas, nem dramas, nem loucuras do caixão à cova... e o final feliz faz-se dia após dia, todos os dias, vencendo as rotinas, os hábitos, os problemas "menores" próprios das relações. Não acho que isso empobreça o filme em conteúdo ou qualidade. Tal como não acho que quem passa a querer isso para si se torne menos interessante, mais aborrecido e deixe de ser o que era. Mas percebo que para quem não se identifica com as fases ali retratadas, tenha ficado desiludido ou sentido que o filme fica aquém das expectativas.
Tal e qual como na vida real... quem não está a viver a mesma fase que tu, sente sempre que estás a desiludir e esperavas muito mais da sua parte.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

É que estava mesmo a precisar




De um fim de semana de sol, praia, piscina, calor, dormir bem, comer melhor, passear, mergulhar, relaxar, respirar, não pensar, não saber, não querer saber, pé na areia, saladas e batidos, aquele frango, aquele filme com pipocas, aquele daikiri, aquele ar quente lá do sul, telemovel sem som, sorrisos, beijos e abraços, mãos dadas, cama grande, lençois brancos, banho de imersão, hidromassagem e Nós.
E como eu acredito piamente que cada um tem aquilo que merece, já que eu estava mesmo a precisar, foi mesmo isso que eu tive, aqui!
E foi bom, foi muito, muito bom.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Porque da tua vida sabes Tu!


És difícil de decifrar. Nunca sei qual é o teu humor. Normalmente é bom, mas quando é mau, é muito mau. E fechas-te em copas, na tua concha, na bolha implacável, que de sabão tem muito pouco. Vestes a armadura, ao melhor estilo do Gladiador, e que ninguém a tente despir porque não vai conseguir.
És gémeos. O que torna a nossa convivência às vezes complicada. Faço faísca, mas quase sempre faísca da boa. Quando é daquela que bate de frente digo-te tudo em catadupa, tu ouves impávida e serena e ficas a pensar no assunto por uns dias. Passam-se os dias e continua tudo como se nada fosse. Funcionamos assim e é assim que funciona.
Raras são as coisa que ficam por dizer. Tu porque tens o coração muito perto da boca. Eu porque tenho ansias de te ver bem.
Do alto do teu metro e setenta e muitos de rasas, que se tornam oitentas e poucos quando sobes ao teu salto, vês o mundo com esses olhos azuis que quem te vê julga arrogantes e caprichosos. Tu não dás conta. Às vezes até dás.. e gostas. Mas quem já te olhou tantas vezes olhos nos olhos como eu, castanhos nos azuis, com lágrimas de felicidade e de tristeza, sabe que são apenas o espelho de uma alma grande e de um coração ainda maior.
És Amiga. Com "A" grande. Estás lá. Podes chegar atrasada (é o mais certo), mas estás lá.
Tens medos, tens receios, tens dúvidas, tens altos e baixos, tens fé, tens caprichos, tens desejos, tens apetites, tens orgulho, tens razão, às vezes perdes a razão, o tino e o sentido, e é quando os perdes que mais te encontras. És ar, água, terra e fogo num só. És dia e noite no mesmo minuto.
Aquilo que já passámos juntas em apenas um ano dava para escrever um livro. Aquilo que já partilhámos é maior do que aquilo que os outros vêem. Aquilo que os outros não vêem nem sabem, nós sabemos e calamos. Aquilo que revelamos, aceitamos, ultrapassamos juntas é digno de novela. Aquilo que os outros não entendem nós achamos natural e normal. Aquilo que ficou para trás não pesa mas tem peso... e ainda bem. Aquilo que está para vir ninguém sabe, mas eu sei que quero lá estar.
Venham os 27, mais um ano, mais uma voltinha!!
Parabéns M!

sábado, 12 de junho de 2010

Sou a única que NÃO vai aos Santos?


Estou em Lisboa.
Amanhã é domingo e não trabalho.
Estou em casa, sem nada que me impeça de sair para a folia, se quiser.
Mas não quero!
E será assim tão difícil de compreender, aceitar, acreditar, que não me apetece? Simplesmente porque.. não?!
É suposto, lá por estar na capital, agir como devota do santinho, armar-me em alfacinha de gema e por-me a caminho de Alfama, da Bica, ou outros bairros que tal?
É que por acaso eu nem gosto de sardinha, (e quando digo que não gosto quero dizer que não como mesmo, e o cheiro dá-me náuseas). E bem sei que também há febras e afins. Mas depois é a tal coisa: "Vens aos Santos e não comes sardinha?? Txiiii... que cortes!!" É que o Tuga adora mandar o seu bitaite, em especial nestas coisas de bairrismos, nasce-lhes uma alma nova, mais Tuga ainda, aquela que durante o resto do ano não abre o pio, até porque "Portugal está cada vez pior", e "isto é uma vergonha", e "quem me dera ter nascido noutro lado", blablabla... mas nos Santos não... nos santos somos todos Tugas convictos, alfacinhas de gema (mesmo os que não são de cá), e gostamos tanto de Lisboa e de meter a mão no manjerico!
E bem sei que tem bailarico, coisa de que sou grande fã. Quim Barreiros então, quantas vezes eu já bailei até não me aguentar nas perninhas ao som do acordião do senhor!! Mas também sei que nos Santos pouco ou nada se baila.. bailas um bocadinho, vá, mas não me digam que é pelo baile que lá vão! Ou pelas marchas.. essas então ninguém vê, mesmo!
Vão lá pelo convívio, pelo ambiente, pelo espírito da coisa, para ver gente que não se vê há muito tempo, para meter conversa com tudo quanto é alma, fazer brindes e quem sabe, com a benção do santinho, encontrar alguém especial no meio da multidão!!
Mas se há coisa que me deixa com uma azia desgraçada são empurrões, encontrões, não conseguir andar, ter gente a tocar-me que não conheço de lado nenhum, a meter conversa já levados por muitos e cheios copos de cerveja, e com a "sorte" que eu costumo ter, ver esses mesmos copos esvaziados em cima de mim.
Por tudo isto e sem mais nenhuma razão em especial, não me apetece ir aos Santos. Pasmem-se! E porque, tal como em outros eventos e actividades temáticos como Festivais de Verão (sem cartaz que eu goste realmente) fazer campismo, bunjee jumping, um safari em África, comer caracois, tudo coisas muito giras e que é tão fixe e cool fazer... é preciso gostar, ter vontade e sobretudo espírito para a coisa, sabendo para o que se vai. Quem não tem, fica em casa, como eu. Não é E.T, não está de mal com a vida, nem triste, nem em baixo, nem tem mau feitio, nem é dondoca, nem betinha, nem atada.
Ou se calhar até sou, mas sou uma E.T/betinha/dondoca/atada muito feliz, a papar series, filmes e episodios emocionantes na companhia de um belo bolo de chocolate acabadinho de fazer...
E viva o Sto. António!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Há noites épicas, não há?


Há.
Daquelas sonsas, que são as piores. Quando se sai simplesmente para jantar, qualquer coisa baratinha, sem excessos, só porque é sábado e há muito tempo que não saímos só meninas.
Jantares daqueles em que, ao primeiro golo eu profetizo: "Isto não vai acabar bem!". E pronto... a partir daí, por mais que goste de vocês, meus pequeninos, e por mais que vos queira reproduzir o que se passou, simplesmente não consigo.
Não dá... transcende-me! Sei que regressei a casa já era manhã cedinho, e com umas dores de abdominais que ainda hoje 2ª feira, dão de si, sempre que me rio. Foi de rir tanto que as ganhei. E ainda bem! Porque apesar da quantia exurbitante que cada uma pagou pelo jantar (recuso-me a proferir o valor!), rir ainda é de borla. E desabafar também. Dar conselhos igualmente, bem como abracinhos. E para dizer "opá, curto-me bué!" ainda não se paga. Para dançar até não sentir os pés também não pagámos, e as 2 horas de stand up sentadas que fizemos foi igualmente a custo zero. Não precisam de nos agradecer, caros transeuntes que pela madrugada de sábado para domingo se passearam ali para os lados do BBC e foram abordados por 4 jovens bem dispostas e reinadias. Pagou-se o Taxi, mas não os elogios do Sr. Pessoa, aquele que já ganhou e que tem a sua senhora em casa, mas que de tudo faz para que nada lhe falte e para que nunca se queixe. Das 4 águas que bebemos enquanto dançavamos, só pagamos 3, porque somos tão divertidas, mesmo a água, que há quem faça um pague 3 leve 4, só porque nós merecemos! E merecemos (as 4!) uma noite assim, de amigas, sem intrigas, sem falar mal, sem criticar, sem apontar o dedo, sem dar na cabeça, sem pedir satisfações, sem julgar, sem ninguém a chatear nem cortar barato, sem bocas, sem dores nos pés, sem sono, sem horas para acabar e sem vontade que acabe. Há noites que passam tão depressa que quando tentamos reproduzir tudo o que se passou não conseguimos, porque temos a sensação de que foi demasiada informação e em forward!!
Há noites assim, memoraveis, daquelas em que ficamos a falar e pensar passados vários dias, que dão vontade de repetir, mas que, sempre que são demasiado combinadas nunca chegam aos calcanhares destas, das sonsas, que ninguém estava à espera! Há noites épicas, que não lembram nem ao Menino Jesus... mas eu lembro-me que a meio desta noite aquele que dá pelo nome de Angélico se meteu numa das nossas conversas e disse que ele era o Menino Jesus. E lembro-me de lhe responder que eu não era a vaca do presépio, e alguém lhe disse que era a Estrelinha!
Percebem agora porque é que eu digo que não dá para reproduzir o que se passou nessa noite épica?

domingo, 6 de junho de 2010

Achas que te sabes pentear??

Alguém me explica o que são aqueles penachos que os concorrentes masculinos do "Achas que sabes dançar?" exibem no topo das suas moinas?? A lembrar pequenos galos em luta na capoeira!
Mas o que é aquilo? É moda? É fashion? É algum dos requisitos para ser finalista?
É que para mim é só ridiculo. E feiote, vá!

Domingo à moda antiga


Cama-sofá. Sofá-cama.
Não fazer absolutamente nada a não ser dormir, espreitar series e programas na T.V nos intervalos do sono, ficar quieta e caladinha, sem tarefas domésticas, sem programas super divertidos, sem conversar com ninguém.
Just me, myself and I... ah, e o sofá e a cama.
Porque apesar do presente estar a ser tão bom, às vezes sabe bem voltar ao passado... só por um dia!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Decisões


Não gosto de as tomar. Tenho dificuldade. Congelo, prendem-me os movimentos e as ideias.
Tenho um medo terrível de perder mais do que aquilo que posso vir a ganhar. Fico com o cérebro a mil e a pergunta "Então mas e se?..." bomba constantemente na minha cabeça.
"E se correr mal?"
"E se me arrepender?"
"E se for uma má escolha?"
"E se me estou a precipitar?"
E penso, e pondero, e avalio, e vejo os prós e contras milhões de vezes, faço listas, analiso, ponho tudo numa balança e meço milimetricamente o ponteiro para ver se sim ou se não, se vou ou fico, se arrisco ou não.
E peço opiniões, poucas, mas peço... e no fim faço sempre aquilo que eu quero e esqueço as opiniões, mas peço-as, sabe Deus porquê, ou para quê... acho que é mais para me ouvir a mim própria enquanto exponho a situação e voltar a analisar a forma como a exponho, porque até aí podem estar dicas preciosas para a tomada de decisão. Sim, é para isso mesmo, muito mais do que para saber o que os outros acham e seguir o que me dizem... Tal como agora, que escrevo aqui. Não é para pedir opinião sobre nada, é apenas para me ler a mim mesma sobre o quanto detesto ter de tomar de decisões.
Eu não disse que queria ser pequenina para todo o sempre?? É que ser pequenina é sobretudo isso: não ter de decidir nada, e por isso, nunca ficar a perder.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Tou já a avisar


Ainda não vi o filme, mas para mim, este já ganhou! Tu tu tu!

Já que falei em prendas

Pode ser esta:

37!

Bem haja!

Hoje é o meu dia!


Porque eu sofro de síndrome de Peter Pan.
Porque me recuso a crescer mais do que aquilo que vou crescendo sem dar conta.
Porque estou em dia de birra.
Porque tenho tantas saudades de ser pequenina.
Porque as crianças (dos outros) são o melhor do mundo.
Porque queria receber uma prenda hoje.
Porque sim, oh!

Branca mais branca, não há!


Sabem quando depois do banho ficam paradas em frente ao armário, toalha enrolada no corpo e outra na cabeça, durante 10m, como um burro a olhar para o palácio??
Pronto, o meu cenário matinal foi este. Só que em vez de 10m, acho que perdi ligeiramente mais tempo. E depois de passada a fase de paragem cerebral em frente ao armário, seguiu-se o veste e despe e torna a vestir e despir e experimentar, para ver com o que é que me sinto bem. Sendo que a resposta era sempre a mesma: "Isto não, medo!"
E porquê?
Porque estamos no 1º dia de Junho mas esta que vos escreve ainda não fez um unico diazinho de praia. E esta que vos escreve, apresenta naturalmente uma tez branquinha, com queda para a transparência e melanina preguiçosa que dói! Ora, após um Inverno rigoroso e que, ao contrário do ano passado em que Fevereiro já esplanava em S.Pedro a ganhar cor de gente, este ano, sol que é bom, só do lado de fora da janela, e adivinhem? Eu estou sempre do lado de dentro. Conclusão: estou branca, pálida, esquálida, transparente, fantasminha brincalhão, verde, cor de lula antes de guisar... meto dó, vá!
E perante tal estado, expliquem-me como é que posso pela manhã escolher uma roupa que me deixe feliz e de bem com a vida? Se essa tarefa já é por si só árdua e requer alguma concentração e nem sempre corre bem, com a agravante do meu estado actual de natureza morta, o resultado é uma real neura!!
Neura essa que me fez chegar atrasada ao trabalho, cheia de calor porque continuo enfiada nas belas skinny jeans, e de mal com a vida e com o mundo.
Se calhar é por isso que são 12:30h e ainda não consegui falar com ninguém.
Agora por favor metam-me numa praia, debaixo de sol, com protector elevado (sempre!), a dar mergulhos em água gelada para ver se me passa a estupidez, e se ganho cor de pessoa normal. AH! E muito, muito importante: não estejam de hora a hora a dizer "Estás tão branquinha!". É que eu não respondo por mim.