segunda-feira, 7 de junho de 2010

Há noites épicas, não há?


Há.
Daquelas sonsas, que são as piores. Quando se sai simplesmente para jantar, qualquer coisa baratinha, sem excessos, só porque é sábado e há muito tempo que não saímos só meninas.
Jantares daqueles em que, ao primeiro golo eu profetizo: "Isto não vai acabar bem!". E pronto... a partir daí, por mais que goste de vocês, meus pequeninos, e por mais que vos queira reproduzir o que se passou, simplesmente não consigo.
Não dá... transcende-me! Sei que regressei a casa já era manhã cedinho, e com umas dores de abdominais que ainda hoje 2ª feira, dão de si, sempre que me rio. Foi de rir tanto que as ganhei. E ainda bem! Porque apesar da quantia exurbitante que cada uma pagou pelo jantar (recuso-me a proferir o valor!), rir ainda é de borla. E desabafar também. Dar conselhos igualmente, bem como abracinhos. E para dizer "opá, curto-me bué!" ainda não se paga. Para dançar até não sentir os pés também não pagámos, e as 2 horas de stand up sentadas que fizemos foi igualmente a custo zero. Não precisam de nos agradecer, caros transeuntes que pela madrugada de sábado para domingo se passearam ali para os lados do BBC e foram abordados por 4 jovens bem dispostas e reinadias. Pagou-se o Taxi, mas não os elogios do Sr. Pessoa, aquele que já ganhou e que tem a sua senhora em casa, mas que de tudo faz para que nada lhe falte e para que nunca se queixe. Das 4 águas que bebemos enquanto dançavamos, só pagamos 3, porque somos tão divertidas, mesmo a água, que há quem faça um pague 3 leve 4, só porque nós merecemos! E merecemos (as 4!) uma noite assim, de amigas, sem intrigas, sem falar mal, sem criticar, sem apontar o dedo, sem dar na cabeça, sem pedir satisfações, sem julgar, sem ninguém a chatear nem cortar barato, sem bocas, sem dores nos pés, sem sono, sem horas para acabar e sem vontade que acabe. Há noites que passam tão depressa que quando tentamos reproduzir tudo o que se passou não conseguimos, porque temos a sensação de que foi demasiada informação e em forward!!
Há noites assim, memoraveis, daquelas em que ficamos a falar e pensar passados vários dias, que dão vontade de repetir, mas que, sempre que são demasiado combinadas nunca chegam aos calcanhares destas, das sonsas, que ninguém estava à espera! Há noites épicas, que não lembram nem ao Menino Jesus... mas eu lembro-me que a meio desta noite aquele que dá pelo nome de Angélico se meteu numa das nossas conversas e disse que ele era o Menino Jesus. E lembro-me de lhe responder que eu não era a vaca do presépio, e alguém lhe disse que era a Estrelinha!
Percebem agora porque é que eu digo que não dá para reproduzir o que se passou nessa noite épica?

1 comentário:

Kikas disse...

oh :') há coisas que não dão para descrever. aposto que ficaste com a sensação de ter ainda tanto por dizer, de tão bom que foi. noites assim é que se querem :D