sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O amor de Helena Sacadura Cabral

"O amor é aquele estado de alma em que somos nós próprios com mais satisfação. Quando se ama, primeiro ama-se o retrato de si no outro. E depois ama-se o retrato do outro em si. É um jogo de espelhos e é a melhor coisa que pode acontecer a uma pessoa. É muito mais difícil ser amado do que amar. Você quando ama é você. Quando é amado é você na satisfação do outro. É você manter esse estado de provocar em alguém amor. Não é nada fácil."

Parte de uma entrevista de Helena Sacadura Cabral que eu adorei e guardei nos meus rascunhos desde 31 de julho de 2012. Porque há verdades que são intemporais, e no que toca ao"amor", quase todas elas são.

 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O bichinho da rádio

 
Sempre o tive. Não do lado de dentro, mas de fora, como ouvinte. Grande parte da minha adolescência ficou marcada pelas muitas (e muitas!) horas passada fechada no quarto a ouvir rádio, a fazer a minha própria playlist em K7's que gravava e etiquetava religiosamente, a ouvir os tops que "bombavam" lá fora (que saudades do "American Top 40", da Rádio Cidade - em brasileiro -  e o seu "Cidade... by night", ou ainda dos serões em que escrevia ao som do "Oceano Pacífico"...).
Era uma companhia, uma janela sempre aberta onde absorvia cada nova melodia, ou das velhinhas (com 15 anos já se ouvem músicas "velhinhas"?) - no meu caso sim.
Por causa disso hoje continuo a dizer que nasci na geração errada. O meu gosto musical é totalmente marcado pelos anos 80 e início dos 90. Sendo que nasci em 83, há aqui um desfasamento difícil de explicar, mas o que é certo é que há. Nunca me fascinei especialmente pelo mundo de dentro, por saber como tudo funcionava, como era um estúdio de rádio, mas sempre imaginei que seria bem mais tranquilo e privado do que uma redação de um jornal ou de uma revista. Há uns meses tive a oportunidade de, pela primeira vez, conhecer vários estúdios de várias rádios e fiquei encantada. Com tudo: o cheiro, a insonorização das salas, os microfones, os phones, os monitores dos pc's repletos de playlists, as músicas todas ordenadas e religiosamente sincronizadas. O ambiente, a segurança de quem sabe que está a falar para milhares, mas fá-lo com o à vontade de quem conversa com o melhor amigo, o improviso, o inesperado, a branca (que também houve), resolver e seguir com a emissão. Toda uma dimensão temporal que não se vive na imprensa. Ali é vivido o presente, segundo a segundo. Aqui é um constante regresso ao futuro. Hoje, para mim, começa abril.
Mas esta recente descoberta, e no dia de hoje, fez-me pensar que um dia, porque não, gostava de experimentar.
Porque não?

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Da falta que me faz escrever

Ouvi dizer algumas vezes no meio que, no jornalismo, quanto mais se "sobe" menos se escreve. O que, honestamente, me assustava um bocadinho. Porque se, por um lado, obviamente ambicionava evoluir na carreira, por outro não me imaginava a fazer outra coisa se não escrever.
A escrita é a minha ferramenta base, a paixão, aquilo que me fez querer seguir inicialmente por este caminho, mesmo sem saber que caminho seria, ou se seria capaz de o percorrer. Sabia que queria e gostava tanto de escrever. Só isso.
Mas afinal aquilo que se diz é mesmo verdade. E é uma faca de dois gumes. Se, por um lado, é um ótimo sinal, o melhor de todos - de que estou realmente a evoluir, tenho muitas mais responsabilidades e viram em mim a capacidade para assumi-las, que o meu cargo mudou, estou a aprender cada vez mais sobre áreas tão diferentes, a alargar competências dentro de uma empresa e já não sou responsável apenas por mim mas por uma equipa, que tenho de saber gerir, motivar, controlar e aprender a delegar.... - por outro cada vez mais me distancio disto. Disto que estou a fazer agora. Sentar-me à frente de uma página em branco e, sem olhar para o teclado, simplesmente ver as letras aparecer, as frases a formarem sentido, construir um texto que traduza o quer que seja que me apetece partilhar. Cada vez se torna mais difícil ter tempo e disponibilidade para tal, cada vez me embrenho mais no mundo prático e saio da minha bolha, da qual sempre tanto gostei, para me colocar à prova em constantes desafios.
E é aí que surgem os medos, o "será que sou capaz?", ou o "mas não era isto que eu pensava/queria/mais gosto de fazer!"... aqueles boicotes que tão bem já conheço quando começo a ficar com medo de falhar.
Hoje consegui escrever sobre esta falta imensa de partilhar, à minha maneira, o que me apetece. Que foi a paixão que me levou onde estou hoje, e por mais que as funções mudem, que as tarefas se alterem, que as responsabilidades, os cargos, o reconhecimento, aquilo que nos é exigido, aquilo que acabamos por fazer metodicamente, porque sim, porque faz parte, por mais que nos distanciemos (ainda que num sentido sempre positivo e ascendente) daquilo que julgávamos ser o caminho inicial, é sempre bom não nos esquecermos da paixão. Daquilo que motiva, preenche, faz feliz, dá prazer, completa, aquilo que está no ADN de cada um. É isso que nos faz voltar ao centro, a colocar tudo em perspetiva, o bom e o menos bom. E nos faz querer avançar, sem ressentimentos, sem acharmos que estamos a perder ou deixar algo para trás.   

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

É muito isto


De todas (e foram muitas!) as fotos com citações e frases e desejos e resoluções e tudo e mais alguma coisa que se postou por aí nestes dias, esta é aquela que melhor se aplica ao meu estado de espírito.
Não estou eufórica com o ano novo. Não estou de esperanças e energias renovadas. Não estou com aquele sentimento de que este é que vai ser "O" ano. Também não estou pessimista nem nada que se pareça! Mas acho que entrei em 2014 não com o pé direito, mas com os dois pés bem assentes no chão. (A culpa também foi do 2013 que me deu uma abada no que toca a baldes de água fria e gestão de expetativas). E por isso mesmo os meus desejos são racionais, práticos e pragmáticos. Se calhar perderam um pouco da magia (ou ingenuidade) dos anos anteriores, mas ao mesmo tempo acho que me faz falta essa racionalidade e esses pés bem assentes no chão para concretizar o que realmente quero e que só depende de mim. Um dia de cada vez, até chegar lá!
 

sábado, 28 de dezembro de 2013

Revertério

Aprendi esta palavra hoje e achei o máximo. Significa, em calão brasileiro, "quando tudo vira uma confusão". A poucos dias do fim deste ano, esta é a palavra que escolhi para fazer o balanço do meu 2013. Um ano em que me senti constantemente posta à prova, onde por várias vezes me vi confrontada com a a necessidade de fazer escolhas difíceis, tomadas de posição, deitar as garras de fora, saber defender-me, saber quando tinha de me colocar em primeiro lugar, e saber, acima de tudo, que eu mereço esse lugar. Tanto no campo profissional como pessoal, 2013 foi o ano em que me libertei da síndrome de Peter Pan, do qual sempre sofri. E não porque de repente amadureci ou passei a ser mais responsável do que era, mas porque finalmente percebi que crescer também é muito bom, ainda que a responsabilidade pese sim, e que tomar decisões difíceis seja de facto muito difícil. Mas também me fez sentir uma grande autoconfiança, uma segurança e uma maior e melhor noção de quem sou. E isso é muito bom.
Este ano senti-me enganada, perdida, com medo e desiludida. Mas soube defender-me, recuperar a confiança nos outros e sobretudo aprendi a confiar em mim. Fiquei sem chão, sem teto, sem mundo, sem saber o que fazer quando um vazio se apoderou de mim. Mas soube colocar-me em primeiro lugar, talvez pela primeira vez em muito tempo, manter o meu amor próprio e esperar para ver o que me estava reservado. Este ano fui sobrecarregada, foi-me exigido muito e muito depressa e tive um medo imenso de falhar (um medo que me é tão comum). Mas consegui corresponder às expetativas e provar acima de tudo a mim mesma que conseguia, que estava à altura, e que tinha, sim, muito valor.
Este ano descobri que algo com que nunca tinha desejado, de repente me fazia sentido. E aqui a expressão "fazer sentido" encaixa na perfeição, porque foi isso que aconteceu: de repente tudo encaixa e há um sentimento de plenitude que não deixa margem para dúvidas. Mas aceitei que aquilo que eu sinto é apenas aquilo que EU sinto, e ter a ilusão de que se sabe ou suspeita o que o outro sente ou quer é, no mínimo, um ato de ingenuidade.
Este ano permiti-me a dizer não e a dizer sim, apenas e só consoante a minha vontade,  sem me culpabilizar por não corresponder às expetativas dos outros. Permiti-me a fazer mais do que me faz feliz, mesmo que isso signifique não fazer nada. Permiti-me a relaxar quando pude, e dar tudo de mim quando antes certamente acabaria por ceder por comodismo ou cansaço.
Este ano fiz 30 anos, o que, para mim foi um marco.
Sinto que mudei, para melhor, e que o mundo também mudou à minha volta. Que a vida é assim mesmo, uma espécie de cólica que nos deixa a barriga às voltas, com fases de reviravoltas, contrariedades e imprevistos que provocam uma grande confusão.
Obrigada 2013 por me teres posto tanto à prova. Parabéns a mim por ter superado cada uma delas.
Venha daí esse 2014 e que seja SUPIMPA!!!
Feliz ano novo para todos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Levei uma tareia... e gostei!

Para desenjoar do tema das prendas, que a vida não é só feita de coisas materiais, também há que alimentar o espírito. E que melhor forma de mimar a alma se não dando mimo ao corpo? Pois, foi o que eu achei. Isso e as minhas costas feitas num 8, que me dão dores de bradar aos céus, graças a uma cadeira de treta na qual passo cerca de 10h por dia mal sentada, e de nas restantes horas me esquecer de manter uma postura decente. Conclusão: estou a isto de me tornar marreca, o que é uma chatice.
Vai daí, e como sou menina de gostar que me passem a mão pelo lombo, de quando em vez lá vou eu recambiada experimentar novas massagens. Há umas semanas foi a geotérmica, com as pedrinhas quentes para cima e para baixo, que me soube p'la vida. E este sábado fui, pela primeira vez, a um centro de massagens Tailandês. Fui avisada de que, embora a massagem fosse dentro da categoria "relaxamento", não era como as outras que tenho experimentado até então. As piquenas tailandesas (que são mesmo pequenas e falam baixinho e por isso enganam bem), têm a mão pesadota, mas fazem milagres!
Fiz uma massagem de 110m e saí de lá como se me tivesse passado um rolo compressor por cima... mas em bom. É certo que houve pontos daqueles mesmo ruins, sobretudo nas costas, em que me encolhi toda e soltei um "aiiiii que doi!" muito timido, com vergonha de ser mariquinhas... Mas valeu bem a pena! É fantástico e recomendo totalmente.
No dia seguinte acordei com as costas um pouco doridas, mas nada de especial... e diz quem sabe que é normal e bom sinal. A minha próxima experiência será no campo da reflexologia. Não sei explicar o que senti quando a pequena tailandesa me pressionou em determinados pontos dos pés, da cabeça e testa... um alívio brutal, como se toda a tensão e stress e cenas pesadas que carrego comigo no dia a dia se alojassem exatamente ali, e quando a pequena lá carregou... puuuuuf!!!! Ai, fazia já outra hoje...

sábado, 19 de outubro de 2013

Wishlist #4

Sou fã de galochas. Não de todo o tipo, que há umas quantas que, por mais caras e da marca xpto que possam ser, continuam a parecer-me botas de pescador ou jardineiro, pesadonas e feias. Mas há modelos cada vez mais leves, femininos e que se podem conjugar com vários tipos de roupa. Desde leggings e skinny jeans, a calções ou saias. Há pouco tempo tive um téte à téte com a coleção das Havaianas e fiquei cheia de nervos porque só queria trazer todas para casa. Têm canos com 2 tamanhos: médio e longo, e as cores estão cada vez mais giras! A foto foi tirada por esta que vos escreve e não está lá aquelas coisas... mas vão por mim que são uma perdição!
 

Assim de repente  gostava muito, mas assim muiiiito, que estas viessem dar cor aos meus dias cinzentos!

 
Havaianas. PVP: Cano longo 55€; cano curto 50€.