quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ponto de vista


Isto aplica-se ao tempo lá fora e cá dentro.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Hoje foi o dia


Há semanas assim, diferentes de todas as outras. De todas aquelas que foram iguais a outras tantas. Difíceis, dolorosas, cansativas, exigentes, regradas, onde cada hora do dia é preciosa. Onde me deito e acordo a pensar apenas e só num objectivo. Onde concentro todas as minhas forças, energias, vontade e ambição para alcançar aquela meta. Com momentos de fraqueza, de muito medo de falhar, de não conseguir, de me desiludir.
E depois há um dia, no meio dessa semana, em que recebo uma notícia que faz com que tudo tenha valido a pena, e tudo pareça pouco comparado com o que estou disposta a fazer para receber mais notícias iguais àquela. Há um dia, diferente de todos os outros, onde volto a sentir aquela que para mim, sempre foi a melhor sensação do mundo: sentimento de dever cumprido e um orgulho enorme em mim mesma.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

LYONCE VIIKTÓRYA

E depois há casais que, como forma de exaltarem o seu amor, dão este "nome" a uma criança que não pediu para vir ao mundo e que vai ter de levar com isto o resto da vida (ou pelo menos até aos 18, se tiver o mínimo de bom senso, coisa que não vai herdar dos pais com toda a certeza).
Isto não se faz a ninguém...

Nota: para quem não percebeu à primeira vista a subtil junção, estou a falar da filha de Luciana Abreu e Yannick Djaló

"I trust in you"


2011 não tem sido meigo para alguns casais de namorados que eu conheço. Não sei se é da mudança dos signos, das crises existenciais, alguma Lua que anda por aí a tumultuar os corações (des)apaixonados. Soube de várias relações estáveis, de algum tempo, que de repente acabam e cada um vai para o seu lado.
Apesar de não ser nada comigo, quando sei destas coisas e tratando-se de pessoas amigas, de quem gosto, fico sempre um bocadinho triste, com pena que as coisas terminem, desiludida. Porque é inevitável olhar para aqueles que admiramos e em quem reconhecemos qualidades e características de valor, e não tê-los como um exemplo, não sentir uma inveja boa, não almejar alcançar o mesmo para nós. E quando vejo que mesmo esses casos, que pareciam firmes e estáveis podem desmoronar como um castelo de cartas, sinto um receio de que comigo, eventualmente, um dia possa acontecer o mesmo.
É um medo saudável, na medida certa, e que deve existir não só quando vemos o que acontece aos outros, mas diariamente, no sentido de não ter nada nem ninguém como garantido. Esse deve ser talvez um dos maiores erros nas relações: não dar o devido valor à outra pessoa e não olhar para ela como alguém que merece e deve ser conquistada todos os dias, tal como nós merecemos que façam o mesmo por nós. Por isso não, não tenho vergonha de admitir que tenho medo de perder o meu namorado, de que a minha relação não dê certo, de que um dia cada um faça a sua vida e tudo passe a ser memória e lembranças. Porque é uma relação onde invisto e investi muito, onde arrisquei ainda mais, onde dei por mim a dar um passo da minha vida que não pensava estar sequer preparada para o fazer. Porque ele fez exactamente o mesmo por mim, porque me trata como eu mereço e gosto, porque entre crises e choques de feitios acabamos por nos entender... porque me faz feliz!! E como tudo na vida que nos faz e sabe bem, não queremos que acabe.
A maneira como vivo e lido com esse medo não me deixa insegura, ciumenta, possessiva, controladora nem paranóica. Mas deixa-me atenta e consciente de que nem sempre, quase nunca na verdade, o Amor, por si só, é suficiente. Que há tanta coisa, tantos factores à nossa volta, que nos põe diariamente à prova, que nos fazem sentir tentados a desistir, a parar de ceder, parar de lutar, de fazer surpresas, de sair da rotina, de fazer com o que o outro se sinta especial, tentados a dar atenção a outras pessoas, que o fácil mesmo é deixar-nos levar por essa fraqueza e depois... depois logo se vê!
"Amor e uma cabana", ao contrário do que eu pensei durante quase uma vida, não chega. Nem para mim, nem para ninguém. E um namoro, tal como outro qualquer compromisso na vida que implique um vínculo e responsabilidade, exige automaticamente esforço, empenho, luta, conquista, dá trabalho, cansa, e às vezes até deixa um sabor amargo a frustração quando não sentimos o feedback que queríamos.
Não sou detentora da verdade, não sou perita em relações, não sei mais do que meia dúzia de clichés que vai-se a ver e na prática até dão resultado. E é apenas isso que eu quero para mim: que dê resultado. Não posso nem quero mudar ninguém, mas sei que posso sempre começar por mim, fazer a minha parte, esperar que do outro lado isso seja uma motivação para que faça o mesmo. E confiar. Não deixar de confiar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Da dignidade

Eu não era grande fã do Carlos Castro, o cronista. De quando vez lá lia as suas pérolas, uma mistura de troca de favores entre destilar veneno sobre quem não lhe interessava e afagar o ego a quem lhe dava jeito.. enfim.. como tantos outros por aí. O facto de ter carteira de jornalista não era sinónimo de praticar bom jornalismo. Acho por isso fantástico que venham agora tantos "colegas" de profissão elevar as suas qualidades enquanto tal.
Como pessoa não faço juízo de valor. Conhecia o mesmo que quase todos nós. Aquilo que víamos nas rubricas de comentários sociais, personagem ou não, o seu envolvimento com o mundo do espectáculo, as manias, tiques e jeitos de uma "Diva" que não denunciava ser de trato fácil.
O que se passou dentro daquele quarto de Hotel em N.Y ultrapassa qualquer cenário especulativo que possamos fazer. O contexto, as circunstâncias, as atenuantes, a dinâmica entre os dois é algo que fica para ser analisado, estudado e julgado por quem de direito.
Mas sei que, quer queiramos quer não, a figura de Carlos Castro sempre esteve associada pelo tipo de trabalho que fazia e pela postura que mantinha, a pouca credibilidade, a não ser levado a sério, ao mundo do espectáculo, do faz de conta, purpurinas, brilho e lantejoulas. Quando muito provavelmente, quando o pano caía, e as luzes se apagavam, quando acabavam as festas do croquete e do rissol. Quando entrava em casa sozinho, ao fim de 65 anos de vida, e deixava de ser o centro das atenções, uma profunda solidão e sentimento de decadência deviam tomar conta de si.
Choca-me profundamente a maneira como morreu. O assassinato, o espancamento, a tortura. O ser encontrado naquele estado, de vulnerabilidade extrema, mutilado e espezinhado. Foi um crime, e espero que seja tratado e julgado como tal.
Choca-me ainda mais que, mesmo depois do fim, quando se pensa que tudo acabou, família e amigos, ao tentarem fazer a sua vontade, que mais uma vez mostra toda a teatralidade e dramatismo que Carlos Castro trazia para a sua vida, acabem por despejar as suas cinzas não sobre as ruas da Brodway, como provavelmente ele terá imaginado sem fazer ideia de que não era permitido, mas numa conduta de ar do metro. As imagens desse momento são decadentes, e provoca um sentimento de vergonha, de verdadeira pena, por aquelas irmãs, desoladas pela dor, que ao acharem fazer o que era certo, acabaram por retirar o último pingo de dignidade que restava àquele homem, que temia ser assassinado, que desejava morrer em N.Y, que fazia disso assunto recorrente, mas que nunca imaginou ser este o seu triste fim.

domingo, 16 de janeiro de 2011

3 S's!

Sunday, Sofá & Sushi

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Queridos, mudaram-nos o signo!!


Se como eu andaram a vidinha toda a achar que eram do signo X, com ascendente Y, que tinham características Z exactamente por causa do bendito signo, que a culpa é do horóscopo, do mapa astral, do karma astrológico... do camandro!... também hoje para vós é um dia de profunda crise existencial: avança a revista Visão que o zodíaco mudou. Que andámos todos enganados este tempo todo. Que o calendário do zodíaco que conhecíamos até então está desfasado cerca de um mês. Ora quer isto dizer que afinal pertencemos ao signo anterior ao que julgávamos.
Mas não ficamos por aqui! Se, como eu, nasceram entre 29 de Novembro e 17 de Dezembro, e por isso eram orgulhosos Sagitários, fiquem a saber que não só não são Sagitários, como também não são Escorpiões. Explica a Visão no dito artigo que existe um 13º signo, que corresponde exactamente a essa data. Uma 13ª constelação (Ophiuchus), que teria sido posta de parte pelos babilónios, por quererem apenas 12 signos. Ou seja, somos os excluídos! E sabem qual é o nome do bendito signo? Serpentário!! WTF??? Serpentário? Qué lá isso?? De serpente?? Euzinha?? Não quero! Recuso-me! Rejeito! Renego!
Não estou preparada para isto, sinto-me perdida, desorientada. Quem sou eu afinal, o que faço aqui, de onde venho, para onde vou?? Como posso responder a tudo isto se afinal não sou Sagitária e sou... Serpentária??
Tia Maya preciso de ajuda!!!


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Não quero imaginar quando for Mãe...


No que toca aos meus irmãos vivo com o coração nas mãos. Constantemente, todos os dias sem excepção. Preocupo-me se almoçaram bem, se jantaram bem, se dormiram bem, se têm estudado, se as aulas correm bem, se têm dinheiro, se lhes falta alguma coisa, se apanham frio, se andam sem meias pela casa, se estão desagasalhados, se não comem fruta, se estão tristes com alguma coisa, se têm saudades, se precisam desabafar mas não sabem como, se estão bem.
Para mim estas são as necessidades básicas. Aquelas que eu, mesmo estando longe, mais ou menos perto, tento manter-me sempre a par e garantir que são cumpridas e que não lhes falta nada. Mas depois há aquelas que não posso nem consigo controlar. Há os males do corpo e do coração. Os do corpo, como quando sei que um está doente, que vomitou, ou está no hospital a levar soro, e parece que sinto as suas dores, a sua angustia e aflição. Os do coração, quando sei que outro perdeu o apetite e o norte ao ter de lidar com aquilo que a razão não controla, e também eu fico triste e angustiada, com um aperto no peito e nó na garganta.
Acima de tudo o que me consome é a frustração de não os poder proteger de tudo. De impedir que nada de mau lhes toque, ou os afecte. Não poder estar lá para defender, evitar, amparar e proteger mesmo do que não tem protecção.
E sei que isso não é possível, e que mesmo que o fosse não era saudável, porque é assim que se cresce, e é assim que eles se vão tornar cada vez melhores pessoas. Mas não consigo evitar este sentimento que não me deixa adormecer enquanto não sei que está tudo mesmo bem, dos dois lados, e que também eles vão dormir descansados. É mais forte do que eu, sei que me está no sangue, sei a quem saio por ser exactamente como sou, sei que quero ser um bocadinho menos e que me esforço para isso, mas também sei que para já não consigo ser de outra maneira.

Agora sim

Feliz Ano Novo!!!!!!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Medo


Eu não sou propriamente fotogénica. Lá aparece uma ou outra relíquia que me sai menos mal, mas sou menina para ficar a fazer sempre a mesma cara (de parva) em todas as fotos, porque já sei que se me ponho a inventar a coisa corre sempre pró torto.
Ora que por alturas de renovar o meu passaporte, fui deparada com aquela maquineta gira que sobe e desce, e com uma senhora que me disse: "Ponha o cabelo para trás das orelhas e não faça qualquer expressão". E eu, muito assustada, dei por mim a sentir que só me faltava o quadro com o número à frente, pôr-me de lado direito e depois de lado esquerdo e estava prontinha para entrar na choldra! Resultado: fiquei com cara disso mesmo. Presidiária. Género Lindsay Lohan, ou Paris Hilton em noites de borga que acabam na esquadra mais próxima.
Foi um degosto, pois foi. Que não era suposto ficar no passaporte, esse livrinho tão bonito que só deveria ter carimbos que trazem boas recordações, uma fronha daquelas que mete medo ao susto. Mas resignei-me, nada havia a fazer.
Quando o meu B.I, (coisa mais linda, onde eu aparecia com foto tirada em pleno ano 2000, num look cabeleireira da Brandoa, de madeixa loira que dava dó) caducou no mês passado, eu percebi que o episódio traumatizante da foto na máquina que sobe e desce se ia repetir. Daí ter necessitado de 1 mês e 3 dias para me mentalizar que tinha mesmo de ir tirar o Cartão de Cidadão.
Hoje foi o dia. Já sabia o que me esperava: "Nada de cabelo na fronha. Nada de risinho. Nada de sorrir sequer com o olhar, como manda a Tyra. Nada de nada". Mas um pouco de base para tapar as borbulhas tem de ser, um rimel para ver se me abre os olhos e não fico com ar de ganzada também, e o cabelo penteado, pois claro! Eu esforçei-me, a sério que sim. Estava confiante! Concentrei-me na hora H e pensei: "Desta vez não vou ficar tão mal!"
Ai não que não ficas!
Tenho à minha frente a folha daquilo que será o meu Cartão de Cidadã e só vos posso dizer que aquele bixo não sou eu! Recuso-me. Estou vai não vai para ir lá reclamar, ou daqui a 2 semanas dizer que o cartão não chegou a casa e quero outro. Pode lá ser?? E a senhora que me atendeu, uma querida, ainda me disse: "Ai que bem que ficou!! Também com essa carinha laroca era difícil ficar mal!" WTF???
Só para terminar: aquela cidadã não sou eu, e se alguém disser o contrário eu nego tudo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Porque menos é mais


Como estou em contagem decrescente para o meu fim de ano, e aguardo com esperança a chegada dos Reis Magos, acreditando que também eles trazem presentes para mim, que no fundo sou uma Baby Jisas, é chegada a hora de fazer o meu balanço, a minha lista de desejos mágica, as coisas que quero mudar no futuro, os objectivos a alcançar e as metas a atingir.
E uma vez que a parte dos objectivos e metas é entre mim e os meus botões, e não me apetece escarrapachar aqui, posso pelo menos adiantar que dou por mim, nesta época de crise, a sentir que também ao nível pessoal e emocional devo fazer cortes.
De futuro, acho que devo falar menos, opinar menos, expor-me menos. Confiar menos, acreditar menos, desiludir-me menos. Zangar-me menos, cobrar menos, exigir menos. Refilar menos, responder menos, pensar menos.
No fundo, e embora tudo isto pareça drástico ou excessivo, vindo de mim apenas quer dizer que devo relativizar mais, relaxar mais, desvalorizar mais tudo o que na verdade não tem valor. Quero, entre muitas outras coisas, aprender a libertar-me de sentimentos que provoco a mim mesma, sem necessidade nenhuma. Aprender a desligar, a não querer saber, a não me importar tanto com tudo. Menos ansiedade, menos perfeccionismo, menos frustração.
Sei que não vai ser fácil. 27 anos de temperamento intempestivo, que ferve em pouca água e sobretudo uma cabecinha que não pára e que está sempre a mil com tudo e com todos à sua volta, não fica Zen de um momento para o outro. Mas para meu bem, e dos que me rodeiam e aturam nas horas dos queixumes, sei que é um esforço que terá benefícios.
Por isso, em 2011, terão uma Ritititz versão Peace and Love! Não estão felizes?? A dar pulinhos de alegria??

O que não quer dizer que vou ficar nem panhonha nem totó!! Isso não!!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Só para avisar:


Que para mim ainda não é 2011.
A minha contagem decrescente foi interrompida quando ia no 6.
Não sei quantas passas comi, porque as enfiei na boca todas de uma vez só e sem pensar em desejos.
Não brindei em condições.
Não fiz a minha lista de sonhos, desejos, objectivos e cenas afins.
Não tirei uma foto com o meu namorado.
Logo...
Não é 2011. Também já não é 2010. Estou por isso a viver num limbo por estes dias. Num nível intermédio, como no "Inception". Prevê-se que no próximo fim de semana se reúnam todas as condições para a passagem de ano a que tenho direito, e para entrar em 2011 plena das minhas capacidades e com tudo a que tenho direito.
Se o Natal é quando um homem quiser, a passagem de ano também há-de ser quando a mim me der na real gana!!