terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

É que é mesmo!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Progressos


Sabem aquele momento, aquele breve segundo, em que no meio de uma conversa acesa se sentem cobertas de razão e por isso surge uma vontade quase incontrolável de disparar uma ou outra farpa, conscientes de que daí vai surgir uma discussão? Pois bem, eu sou daquelas pessoas que mesmo tendo perfeita noção disso, quase nunca deixo de o fazer. Não me calo, não me contenho, não me controlo. Disparo em todas as direções e digo o que quero e o que não quero. Acho-me dona da razão e por isso no direito de dizer aquilo que penso e aquilo que estou a sentir. Quase sempre de forma exponenciada e entorpecida pela "raivinha" do momento, pela fúria do que me fizeram sentir.
Mas ultimamente tenho-me esforçado para controlar esse impulso. Para controlar essa "raivinha", guardá-la e saber geri-la sozinha, sem desabafos. E depois, mais tarde, quando já conseguir verbalizar o que estou realmente a sentir, aí sim dizê-lo. Não é fácil, nada mesmo. Há coisas que eu digo e só me apercebo que as disse quando estou na última sílaba da última palavra. E arrependo-me. Mas cada vez mais percebo que o facto de estar coberta de razão não impede que se desencadeie uma discussão e que depois se digam coisas, de parte a parte, que não se querem dizer. Custa-me imenso, confesso! Sempre disse que me faltava uma sala de espera entre o coração e a boca. Mas tenho, aos poucos, tentado construir esse espacinho, onde as palavras podem perfeitamente aguardar a sua vez. Já aprendi que não vou sufocar por isso. E que o importante não é dizer tudo o que se pensa mal as coisas acontecem. Não é nessa altura que o outro vai perceber que fez porcaria. É preciso saber esperar, dar espaço, aguentar silêncios desconfortáveis (que me custam horrores), para depois saber dizer aquilo que realmente quero que o outro saiba: "Fiquei triste por isto." ; "Pedia-te que não voltasses a repetir." E pronto, o resto já não é comigo. Mesmo que do outro lado venha uma má resposta, ou um suspirar que eu sei perfeitamente que significa "não me apetece ter esta conversa nem que me chateies com esse assunto", ou um silêncio que dura mais 12h.
Não há nada como ter a consciência tranquila de quem disse a coisa certa, na hora certa.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Reflexão



Ando com muita vontade de ler e pouca de escrever. O que, parecendo que não, é relativamente aborrecido já que faço da escrita profissão. Depois de Mulheres que Amam de Mais, de Robin Norwood, Gosto de ti Assim, de Marta Gautier e a meio de Onde a Vida se Perde, de Paulo Ferreira, dou por mim com uma sede de palavras que não as minhas. De querer ler os outros, descobrir vidas de outros e deslumbrar-me com as histórias dos outros. Acho que é também um reflexo da fase que estou a passar: ouvir mais os outros e falar menos de mim.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Coisas boas de se ler

"Tu culpas os outros, mas não são eles que te impedem de fazer o que queres, és tu própria! Começa a viver a tua vida, dá-te apenas com quem te aprecia, com quem gosta de estar contigo, com quem te faz sentir bem, em quem confias. Sê egoísta e vive a tua vida. Ser egoísta não é mau, ao contrário do que pensas, porque todos à tua volta vão beneficiar disso. Nós só podemos dar aos outros quando temos o suficiente para nós próprios.
Acredita na tua vontade e na tua intuição porque elas são de confiar. Se quiseres ver um filme por noite, vê; se achares que tens de ir arrumar a arrecadação mas não te apetecer naquele momento, não vás naquele momento; se percebes que não te sentes bem em determinado ambiente, apesar de achares que te devias sentir bem nesse ambiente, respeita a tua primeira sensação; se não te apetecer cozinhar, não cozinhes, arranja uma solução. Quando começares a respeitar as tuas vontades e a ver que não há mal que venha ao mundo por as cumprires, vais também chegar à conclusão de que as pessoas ficarão mais próximas e mais felizes porque tu estás mais feliz.
Liberta-te! Não há nenhuma entidade superior que tenha decidido que tens de ser a pessoa mais perfeita e a mais correta do mundo. Estás por acaso a concorrer a esse prémio? Não existe! Podes ser cheia de defeitos, e depois olhar à volta para ver quem ficou. Faz o que tens a fazer! (...) Quando quiseres dizer 'Não' a alguém, não precisas de ficar zangada, Podes ser doce como és, com a diferença de que agora tens coragem para dizer não. Treina-te a dizer a tua verdade: 'não posso', 'não me dá jeito', 'isso para mim é muito tarde', 'tenho de trabalhar', 'quero ficar em casa', 'não gostei muito da forma como me disseste isso'. As pessoas vão compreender, tu é que achas que não. E treina-te também a dizer 'Sim': 'gostava muito de ir, 'gostava muito que viesses comigo', 'a tua presença é importante para mim', 'foste muito simpático'."

Gosto de ti assim, de Marta Gautier
(Um presente maravilhoso da minha amiga Loira)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

É uma questão de sanidade mental



Gostava de ser uma daquelas pessoas que não precisa de dormir muitas horas para passar bem o dia. Ou então uma daquelas pessoas que quando dorme pouco ou mal, depois de tomar um ou dois cafés fica bem disposta, ou pelo menos num estado "normal" de convivência com os outros seres humanos e com o mundo em geral. Mas não sou.
Preciso dormir um consideravel número de horas, todos os dias. E de preferência bem. Sem ficar às voltas na cama a pensar em milhões de coisas, e sem acordar de meia em meia hora para ver que horas são e quanto tempo falta para o despertador tocar. Preciso disso para não acordar com vontade de matar alguém, literalmente. Para não bater com portas de armários e gavetas de cómodas por detestar todas as peças de roupa que tenho, para não demorar o triplo do tempo a fazer o quer que seja, para não responder de forma seca quando me perguntam alguma coisa, para não ficar com umas trombas de meter medo ao susto, para não me irritar profundamente com a forma de andar, de comer, de falar, de rir e de fungar de quem me rodeia, para que não me saia nada pela boca fora que eu simplesmente não consiga controlar e que depois me arrependa profundamente. Para conseguir trabalhar em condições, ter ideias, escrever frases coerentes, divertidas, com conteúdo, e não me limitar a banalidades e encher chouriço.
Por isso não, não é uma questão de ser preguiçosa ou gostar muito de estar na cama. É um bocadinho mais do que isso.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Momento: "Estou crescida"



Amanhã faz 1 ano que comecei a trabalhar aqui.
Na verdade faz 1 ano que comecei a trabalhar. A sério, sem estágios, sem me arrastar, sem choro todas as manhãs, sem vontade de faltar, sem desgosto por saber que ia fazer algo que não era o que eu realmente queria, sem sacrifício.
Faz 1 ano que assumi um compromisso para comigo mesma e 1 ano depois posso dizer, com muito orgulho, que o cumpri: levar isto a sério, agarrar a oportunidade, não desperdiçar, não ter medo de falhar, não desistir perante as dificuldades, não virar costas. Há 1 ano que sinto verdadeiro orgulho em mim mesma, daqueles que não preciso que mais ninguém sinta por mim, que não procura validação exterior, que não precisa ser constantemente exposto, valorizado ou reconhecido. Que vale por si próprio, que é só meu. Há 1 ano que me sinto verdadeiramente realizada, que encontrei finalmente o meu lugar, que me sinto abençoada, mas também com a certeza de que depois da sorte da oportunidade, todos os dias me esforcei para fazer o melhor que sei e aprender mais. Há 1 ano que cumpro horários de gente grande, que me levanto muito cedo, que não faltei um único dia, que faço horas extra, que pago segurança social, que faço o IRS. E isto, que parece tão banal, que faz parte da vida de toda a gente, para mim tem um sabor muito especial, um sabor que só eu sei o bem que me sabe. Há 1 ano que tenho a sorte imensa de poder acordar todos os dias (de mau humor e a refilar, é certo), mas com a certeza de que tenho a profissão que sempre quis ter, e que faço aquilo com que sempre sonhei e me imagino a fazer no futuro, sem prazo de validade. E isso não é assim tão banal, não há ordenado que pague e não é uma certeza que todos tenham.
Que seja o primeiro de muitos, sempre a aprender, a descobrir coisas novas sobre mim e sobre os outros, e a saber escrevê-las cada vez melhor e de forma mais clara para quem me lê.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Há dias felizes...



E o meu, ontem, foi um deles. Daqueles que se guardam para sempre na memória, que aquecem a alma e preenchem todos os pedacinhos do coração!
:)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

De fevereiro a fevereiro



Isso do Amor...



Assim, com maiúscula, à séria, de verdade, do tipo que não se encontra por aí ao desbarato, é coisa difícil de definir. Como tens certeza se é Amor isso que sentes? Como sabes se não tem prazo de validade? Que não se esgota, que não te foge pelos dedos à medida que o tempo, esse capataz dos sentimentos menores, o chicoteia com desilusões, com feridas, com pequenas mágoas que se desculpam mas não se esquecem, com a rotina dos dias que sem darmos por isso se tornam iguais, com falta de paciência, com o tomar por certo o outro, com a tentação do incerto, com a paixão, que essa todos sabemos, acaba por ir embora?
Não sabes. Não tens a certeza. Não podes garantir.
É por isso que é tão bom.
É por isso que o idealizas, o procuras, vais atrás, crias expetativas, te desiludes, voltas a acreditar, dás um salto de fé, te entregas, deixas levar e rezas para que tudo corra bem.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

De dentro para fora



É o exercício que tenho tentado fazer e que, devagar devagarinho, vai dando os seus resultados.
Não emagrece, mas torna-me mais firme. Não faz desaparecer a celulite mas diminui a vulnerabilidade de certos estados de espírito.
Basicamente é interiorizar que quando as atitudes dos outros não me agradam ou não correspondem ao que eu acho certo ou suposto, não me compete a mim tentar mudá-las. A única coisa que eu posso realmente mudar é a forma como lido com elas. E a forma como eu lido com elas terá de ser sempre, mas sempre, fiel a quem eu sou, ao que me faz sentido e faz sentir bem. E nunca, mas nunca, para provar o quer que seja, seja a quem for - ou de fora para dentro.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cada um sabe de si






"Com alguma facilidade fazemos juízos de valor sobre outro casal que conhecemos, mas na grande maioria das vezes a nossa avaliação está errada. Porque é pontual. A relação será tão mais saudável e feliz quanto satisfeitos e felizes se sentirem os elementos que a constituem."
Mónica Bento Nogueira, psicóloga clínica.

É por isso que cada vez mais me abstenho de comentar, julgar, cobrar ou criticar o quer que seja sobre a vida dos outros. Aquilo que vemos e sabemos (ou achamos que sabemos) é só uma ínfima parte daquilo que realmente se passa. Para o bem e para o mal.