quinta-feira, 31 de maio de 2012

Números assustadores


 
Resumo de um artigo retirado do Expressoemprego:


- Um estudo do economista Eugénio Rosa revela que quase dois terços dos trabalhadores portugueses vivem com um salário inferior a 900€ mensais. Uma realidade que pode ainda agravar-se com a redução do valor do subsídio de desemprego que obrigará os futuros desempregados aceitar trabalhar por menos dinheiro.
- A cair estão também os salários. O especialista conclui que 1,3 milhões de trabalhadores portugueses recebem um salário mensal líquido inferior a 600€, dois terços dos portugueses ganham menos de 900 e o rendimento do trabalho em Portugal deverá ainda reduzir 3,1%. Na administração pública a redução poderá chegar aos 14%.
- Num só ano e, à luz dos dados do INE, foram destruídos em Portugal 203,5 mil empregos. O equivalente a 558 desempregados a cada dia. Um número que se agravou já no primeiro trimestre de 2012.
- “Portugal, um país de baixos salários, está a transformar-se num país de salários ainda mais baixos, pois o peso percentual dos trabalhadores com baixas remunerações está a aumentar e a percentagem de colaboradores com salários elevados, a diminuir”.
- A percentagem de trabalhadores a receber salários líquidos inferiores a 310€ mensais aumentou de 3,7% para 4%.
- O economista não tem dúvidas de que os efeitos destas medidas serão sentidos, sobretudo, aquando o pagamento do IRS referente aos rendimentos auferidos em 2012 e que isto reduzirá ainda mais os salários dos trabalhadores portugueses.
- Para quem trabalha em Portugal, 2012 é, efetivamente, um ano de mais trabalho por menos dinheiro.
- Tão ou mais preocupante do que estes números é o disparar do desemprego qualificado e de longa duração. O número de profissionais desempregados há mais de um ano já representa 50% do desemprego oficial e o Governo está a braços com uma escalada do desemprego que é difícil de controlar e não deverá conseguir inverter a curto prazo.
- O desemprego jovem é o alerta máximo, mas não apenas em Portugal. A OIT revela que o desemprego entre os jovens europeus não deverá descer antes de 2016. Há 75 milhões de jovens entre os 15 e os 24 anos sem trabalho e a Europa é, segundo a OIT, uma das regiões mais afetadas por este problema.


E agora?



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