Don't rain on my parade

Serve para os problemas e para as alegrias. Os outros realmente não querem saber.
Quando estamos mal, há quem fique contente por estarmos pior do que eles. Quando estamos bem, há quem automaticamente deite abaixo, venha desdenhar, e queira pintar a preto e branco o momento cor de rosa que estamos a passar.
Também há quem diga que é humano reagir assim. Que não é por mal. Que acaba por ser mais forte do que aquilo que a consciência dita. Eu acho que é bastante revelador do quanto se gosta genuinamente de alguém. Quando isso acontece, a tristeza do outro deve doer como sendo nossa, e as alegrias são vividas a 100%, de forma plena. Quem não consegue fazer isto é porque simplesmente está demasiado absorvido em si mesmo, numa constante insatisfação, carregando um sentimento de inferioridade... ah! e acima de tudo, não gosta assim tanto de ti.

Falso Alarme

Lembram-se de eu ter dito que não sabia o que queria de prenda de aniversário?? Pronto, tive uma epifania e acordei doidinha para ir bater perna no shopping, já com toda uma lista mental daquilo que eu quero, preciso, desejo, me apetece, porque sim!
Ele é pijaminha, perfume, maquilhagem, pulseiras, leggins, vestido, botas, botins.. querem que continue?? Acordei mesmo inspirada... e aliviada, porque afinal não estou otária, velha, panhonha, nem futilmente limitada!! Uff.. tudo menos futilmente limitada!!

Pés frios... coração quente!

Não sei se é por hoje estar mais frio ou se é por ele estar longe. Mas não há meia, pantufa, ou manta que me aqueça os meus ricos pezinhos!! Que desconsolo...

Basicamente é isto

Já virei costas a várias coisas na minha vida. E este virar costas não é mais do que um eufemismo para "Desistir". Ninguém gosta de o admitir, ninguém quer ser um desistente. Mas a verdade no meu caso é essa: cheguei a um ponto, por um motivo ou por outro, de razões mais ou menos fortes, e desisti.
Nunca desisti por não saber que não conseguia levar essa tarefa ao fim, por não ter capacidade para mais, por não saber como se fazia, ou por estar completamente fora do meu alcance fazê-lo. Desisti porque não me esforcei o suficiente, não tentei o suficiente, não lutei o suficiente, não me sacrifiquei o suficiente. E se por um lado isso ainda custa mais a admitir, por outro faz-me pensar naquilo que eu vou conseguir alcançar quando me esforçar ao máximo, quando tentar ao máximo, quando lutar ao máximo, quando me sacrificar ao máximo por aquilo que quero e em que acredito.
Há coisas com as quais já se nasce ensinado, e há outras que, a muito custo, a muito falhar, a muito sofrer, vamos aprendendo sobre nós próprios. Eu aprendi que falhar não faz de mim uma pessoa pior, mas desistir impede-me de ser cada vez melhor.

Juízo! Juízo dá sempre jeito

Em contagem decrescente para o B-Day da Princesa (Eu!), surge a questão:
-"O que é que queres de prenda de anos?"
Pois que não sei! Palavra que não. E é nestas alturas que percebo que isto de viver em clima de austeridade e contensão me bloqueou o discernimento para as compras fúteis e materiais!!! Dou por mim a pensar "O que é que eu preciso??", quando deveria era ter uma lista mental devidamente interiorizada de tudo e mais alguma coisa que eu NÃO preciso mas quero, de modo a que o meu inconsciente automaticamente disparasse quando a dita pergunta surgisse!!
Mas não, agora dei em poupada e consciente. Ou então em otária!
Qualquer dia estou a responder como as velhas: "Saudinha da boa, paz e descanso!"

Quando um não quer...

O que é que se faz??
Cedência, tolerância, diplomacia, consenso, meio termo... são as palavras-chave, bem sei. Mas na prática, a sério, no dia a dia, há alguma receita milagrosa para evitar os choques de vontades? Porque não deixamos de ser dois, cada um com a sua personalidade, maneira de ser, gosto e feitio. Porque estar numa relação não significa deixar de sermos nós próprios e como tal nem sempre vamos de acordo com o que o outro quer. Não por implicância, não por querer deliberadamente contrariar, nem tão pouco por rejeição! Nas coisas mais pequeninas e insignificantes, e também nas maiores e que pesam muito, é impossível estar em sintonia 24/7, é impensável cedermos sempre ao querer do outro e ele ao nosso e é muito improvável que se consiga viver em plena e total harmonia de vontades.
No fundo, e sabendo de ante-mão que com paciência e muito, muito, muito diálogo construtivo a coisa acaba sempre bem, há dias em que simplesmente gostava que uma só palavra resolvesse tudo. Para não haver desgaste, para não voltarmos a falar sobre o mesmo, para não termos de ir buscar coisas que já foram resolvidas, para não nos cansarmos um ao outro.

Casa dos Segredos (sabem o que é?)

Eu vejo a "Casa dos Segredos". E gosto (se não gostasse não via). Acompanho desde o primeiro dia, e não só vejo as galas aos domingos, as nomeações às 3f, e (quando ainda estou acordada) os resumos diários à meia noite, como quando estou em casa e não está a dar nada que me interesse nos outros canais, dou por mim a escolher o canal 10 da Meo e deixar ficar por lá, enquanto ando também eu, na minha vida, entre limpezas, arrumações, passagens a ferro, e outras tarefas afins.
Faz companhia. Diverte-me. Se aprendo alguma coisa com aquilo? Não. Nada. Zerinho. Mas também ninguém disse que é esse o seu propósito. Para isso tenho outros canais, como o que supostamente devia prestar serviço público, que nós pagamos, e que nem por isso cumpre a sua função. Tenho livros, jornais e revistas, cinema, teatro e exposições, que fazem igualmente parte da minha vida e com os quais me cultivo.
Não devo ser a única a ter esta opinião, se não o dito programa não seria líder de audiência, concorrendo directamente com outro programa de entretenimento que passa na Sic, Ídolos, que outrora liderava o tempo de antena. Mas a verdade é que poucas são as alminhas que admitem que vêm e que gostam. Ninguém liga, ninguém vê, ninguém gosta, ninguém acha piada nenhuma aos "cromos" que lá estão, ninguém perde tempo com tamanho atentado à intelectualidade. Mas vai-se a ver e até sabem os nomes dos "cromos", e sabem que segredo pertence a quem, e sabem quem foi nomeado, e quem saíu no domingo passado. Giro, não é?
Vá lá alminhas comichosas, não tenham receio e assumam-se perante o mundo, saiam do armário e não se armem ao c*galhão a cuspir no prato onde comem!! O vosso Q.I não diminui por isso. Não vão ter espasmos cerebrais, nem conversas menos interessantes (se não quiserem!). E pensem que vale mais destilar veneno gratuito sobre os "cromos" que estão lá dentro, que não conhecemos de lado nenhum, do que falar mal daqueles com quem se convive todos os dias e a quem se dá palmadinhas nas costas!

P.S- Odeio o Vitor. É o tipo de homem que me tira do sério só de olhar para ele.