segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O FB é um forrobodó!

Party Animal



Às vezes pergunto-me: para onde hibernou a fera social que habitava em mim há uns anos atrás?
Para onde foi aquela vontade de me arranjar, sair para parte incerta, jantar fora ou em casa, ir a tudo quanto era festa e discoteca, fim de semana sim, fim de semana sim, fizesse calor, frio, chuva ou vendaval? Foi "o mundo", como lhe chamávamos, que se tornou aborrecido, ou fui eu que perdi a graça?
Há dias em que percebo que as coisas que me preenchem agora e me fazem realmente feliz simplesmente mudaram, e por isso é normal e legítimo que eu prefira fazer outras coisas e dê mais valor a outros momentos.
Mas há alturas em que fico chateada comigo mesma por não ter mais vontade, mais pica, mais pedalada, como antes tinha.
Não sei se estou a ficar velha, chata e acomodada... ou se simplesmente tudo fazia mais sentido com as pessoas certas ao meu lado, com as gargalhadas que roubavamos umas às outras, com as aventuras em que nos metiamos, com "o mundo" que conheciamos (e às vezes não conheciamos e aí era ainda melhor!), com o sabor daquelas morangoskas, com as tangas que pregavamos, com as personagens com quem nos cruzavamos, com as "foto taxi", com as "voltas à pista", com os nomes falsos, com tudo o que podia acontecer a partir do momento em que decidiamos sair. Porque ao contrário do que se pode pensar, amizade não é só saber secar lágrimas. Também é saber roubar gargalhadas, quando se tem vontade de chorar...
Tenho saudades desses tempos... e acredito que é possível viver tudo isso outra vez. Basta querer.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Como é que ainda não me tinha lembrado disto?




O exercício físico e eu temos uma relação complicada. Basicamente não damos grandes confianças um ao outro. Ele não puxa por mim, eu não puxo por ele e vivemos bem com isso.
Mas depois há aqueles dias em que me sinto uma pequena lontra, preguiçosa e comodista, que está sempre a arranjar desculpas para não se mexer. "Ah e tal porque o ginásio é muito caro e depois não vou. Ah e tal porque exercício ao ar livre, no inverno, com chuva e mau tempo? Nem pensar, aí é que não vou mesmo! Ah e tal porque os jogos da playstation, wii e afins são giros nas primeiras duas semanas mas depois perde a graça!". No fundo o que eu gosto mesmo é de ter o meu "sim senhor" alapado no sofá! Oh se eu gosto disso!! Mas pese embora o facto de não estar propriamente gorda e por isso não sentir verdadeira necessidade de fazer desporto, gostava de ter vontade de fazer algum tipo de exercício. A última que se me meteu em cabeça foi ter uma passadeira em casa! Isso é que era! Não tinha de sair de casa, não tinha de me preocupar com o outfit, nem com olhares de reprovação pela minha fraca condição física, não tinha de pagar mensalidade e doer-me a alma de cada vez que não me apetecesse ir. Já a estou a imaginar, bem de frente prá T.V, e eu lá em cima, a dar passinhos (de bebé para apanhar o ritmo à coisa), enquanto via séries e coisas absolutamente parvas que me distraíssem do facto de estar a mexer-me enquanto podia estar na horizontal a praticar zapping).
Vamos ver se é uma ideia a ponderar ou se me passa depressa. Enquanto isso continuo a fazer o melhor exercício de todos para manter a linha: fechar a boca!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quero escrever um final feliz



Ser jornalista permite-me ter contacto com muitas pessoas que se identificam com aquilo que eu escrevo, que querem falar com quem faz a revista, que nos procuram, que querem partilhar as suas histórias.
Há pouco tempo a Cátia procurou-nos e contou a história dela. E agora vou ser eu a contá-la para que todos a possam ler. Quando sabemos das histórias, das perdas, dos medos tão reais e tão grandes dos outros, sentimo-nos pequeninos e até com vergonha dos nossos. Não é aprimeira vez que tenho de escrever sobre a história de vida de alguém, mas nem por isso se torna mais fácil.
Hoje é um dia decisivo para a Cátia, e eu não consigo pensar nela como a leitora de quem tenho um depoimento para fazer uma história. Não a conheço, nunca a vi, mas desejo-lhe toda a força do mundo e que tudo corra pelo melhor.
O artigo está feito, mas deixei em branco o último parágrafo.
Quero que sejam as palavras dela a dizer-me "Estou bem".

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dores de crescimento



Lembram-se quando tinhamos 12 ou 13 anos e sentiamos aquelas cãimbras nas pernas, dores nos braços ou nas costas e nos diziam que eram sinal de que estavamos a crescer?
Pois bem, há momentos ao longo da vida em que continuamos a sentir que estamos a crescer e às vezes custa. Custa tomar decicões. Custa resolver problemas. Custa fazer cedências e sacrifícios. Custa mudar. Custa encarar obstáculos e lidar com frustrações. Custa carregar o peso da responsabilidade. Custa perceber que é a sério, que tudo tem consequências, que somos responsáveis pela nossa própria felicidade ou falta dela.
Mas a sensação de que a vida está a andar para a frente, de que evoluimos, de que tudo se encaixa na perfeição, de que dia após dia se constrói um pouco mais, e conseguimos vislumbrar aquilo que sempre sonhamos e lutar por isso é a anestesia para todas as dores que de vez em quando, ao acordar ou ao adormecer, nos invadem o corpo e a alma.

Preciso disto tudo


É que o fim de semana passou e não dei por ele...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Descubram as diferenças








Nunca percebi muito bem o furor em torno das botas UGG. Parecem ser realmente muito confortáveis e quentinhas, não duvido. E deve dar vontade de andar com aquilo o inverno todo, dormir e tudo com elas. Por outro lado nunca me apeteceu muito dar 250 euros por umas botas que me parecem pantufas. Mas acho que só hoje percebi de onde me vem a aversão ao look: é que serrana como sou, passei a minha vida a levar com pantufas de pelinho, em casa, na rua, loja sim loja não, da minha bela cidade. Pantufas essas que são igualmente confortáveis, fofinhas, quentinhas e tudo quanto há, e custam 5 euros.
Ainda assim, e se algum dia me der para abrir os cordões à bolsa e dar uns trocos valentes por umas botas que tenham as benditas 3 letrinhas mágicas (e um preço de 3 digitos), com certeza optaria por uma coisinha mais neste género:





Ou quando muito, e já dentro do "quase que sou uma pantufa mas vai-se a ver e não":


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Só Deus sabe...



O esforço que eu faço para não dizer/demonstrar/dar a entender aquilo que eu penso/sinto em relação a determinadas pessoas. Obviamente que estou a falar de pensamentos/sentimentos menos positivos. Nomeadamente embirrâncias, pequenas aversões, incompatibilidade de feitios, choque de personalidades, ou simplesmente pelo facto dessas pessoas serem completamente anormais, vá.
Juro que dou por mim às vezes a pensar se não foi desta que me saiu pela boca fora aquilo que estou a pensar (coisa que já me aconteceu, numa espécie de incontinência verbal).
Não sou propriamente expressiva. Não faço caretas. Nem olhares prolongados ou de reprovação. Basicamente combato aquilo que me irrita profundamente ignorando. Ou pelo menos demonstrando que ignoro. De forma flagrante. Não olho, não ouço, não dou feedback, enfio-me na minha "bolha de Actimel", como lhe costumo chamar, e peço a Nosso Senhor que me dê a capacidade de abstrair da parvoíce alheia. E às vezes funciona. Outras nem por isso. E tenho de vir praqui desabafar, antes que arranque os cabelos... e os olhos... e os dentes a alguém.

Progressos



Ele voltou. Aquele meu sonho recorrente em que vou casar e depois nunca caso. Voltou esta noite. Mas com progressos!
Primeiro: lembro-me com quem ia casar, o que antes não acontecia. (E por acaso até era com a rica coisinha do meu namorado! Podia não ser, que isto dos sonhos não se controla! Mas era.)
Segundo: Lembro-me mais ou menos do vestido. E que, como sempre, não morria de amores pelo dito cujo, mas também não era suficientemente mau para não querer casar, como em todos os outros sonhos.
Terceiro: não estava maquilhada nem penteada. Mas ao contrário das outras vezes, isso também não foi motivo para cancelar tudo. Tinha 2 amigas a ligarem para a cabeleireira e maquilhadora e a tratarem de tudo. E eu super tranquila, sem me stressar (muito) com o facto de deixar toda a gente à minha espera.
Quarto: De repente lembro-me que não escolhi nem convidei ninguém para madrinha e padrinho. Mas dei por mim a achar que enquanto decorre a cerimónia tenho tempo para pensar nisso.
Entretanto acordei. Como sempre.
Boto fé que daqui a 3 ou 4 sonhos digo o "Sim"!!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Alegria!




"É melhor ser alegre que ser triste. Alegria é a melhor coisa que existe. É assim como a luz no coração." - o Vinicius é que sabe!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Decide tu




Perdi a minha personalidade. Não sei onde está. Devo tê-la arrumado nalguma gaveta e esqueci-me em qual foi. Sinto-me uma tontinha, sem saber o que quero, incapaz de tomar decisões.
A que restaurante vamos? Onde queres ir no fim de semana? O que queres fazer nos teus anos? Que filme queres ver? Qual é a tua cor preferida?"
Pois, não sei.
Das duas uma: ou estou a atravessar uma tremenda crise existencial ao melhor estilo do Paulo de Carvalho: "Quis saber quem sou? O que faço aqui? Quem me abandonou? De quem me esqueci?". Ou então aparvalhei de vez.
Estarei assim tão cansada/acomodada/panhonha que não consiga à primeira, sem hesitações, responder aquilo que EU realmente quero?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Acessórios, Ponto & Vírgula













Coisinhas giras e baratas, feitas pela Miss G., aqui.
Espreitem que vale a pena!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A ver se nos entendemos





Se calhar expliquei-me mal. Se calhar dei a entender que estava de acordo com as novas medidas e que acho muito bem que toda a gente passe mais meia hora do seu dia enfiada no local de trabalho, mesmo que não tenha nada para fazer. Se calhar pareceu que negligenciei a luta pelas 8h de trabalho. Mas acho que qualquer um de nós parte do princípio que tudo isso é injusto e que não faz qualquer sentido.
O que eu acho é que muita gente ainda não tomou consciência de que medidas como as de ontem vão mesmo passar à prática. Que a coisa está realmente feia e que vamos (classe média e baixa) passar todos um mau bocado. Que (independentemente de ser completamente injusto) vamos ter de apertar o cinto, viver mal e com pouco, ser explorados no trabalho, e viver sem saber como será o dia de amanhã e que futuro dar aos nossos filhos, aqueles que gostavamos de ter mas que agora questionamos se será possível. O que é certo é que vai pagar o justo pelo pecador. Eu não sou resignada nem conformada. Não gosto de ser roubada nem explorada. Mas enquanto não apresentarem outra solução, não vou seguir a típica mentalidade Tuga do queixar-se por tudo e por nada e não fazer a minha parte.
Perguntava-me a Miss G. se as minhas 10h de trabalho estavam estipuladas no contrato. E respondo eu: "Qual contrato?". É que quem trabalha a recibos verdes não tem contrato. Logo não tem horários de trabalho. Nem garantias para coisa nenhuma. Nem ajudas para qualquer eventualidade. Nem subsídios de férias, nem de Natal. Aqueles que vão ser cortados para o ano aos funcionários públicos que toda a vida usufruiram deles. Eu nunca usufrui de nenhum. Nem colegas meus que trabalham há uma década (ainda antes da crise rebentar). Nem sabemos quando isso vai acontecer. Mas vamos deixar de trabalhar? Despeço-me? Venho para a rua reivindicar, participar em manifestações, demonstrar a minha indignação? Em vez de continuar a trabalhar, em condições precárias é certo, mas ainda assim a garantir a minha sobrevivência e a ser um elemento produtivo numa empresa.
Há que ter noção das coisas. Isto é mau? É. Pode tornar-se cada vez pior? Pode. Mas e que tal parar com as queixas, viver conforme as possibilidades, ser pro-ativo e contribuir para uma sociedade mais competitiva e que gere lucro?
Estou tão indignada como qualquer cidadão português consciente neste momento. Mas não é no FB, ou nos blogues ou até mesmo nas manifestações que a coisa se resolve.

E novidades??






Tenho para mim que a ficha ainda não caíu a muito boa gente que desde ontem se mostra escandalizada com as medidas anunciadas pelo Governo. O tumulto à volta desta então dá-me vontade de rir: "...o Governo decidiu permitir a expansão do horário de trabalho no sector privado em meia hora por dia durante os próximos dois anos...".Ora a ver se eu percebo. Então nos próximos dois anos o Governo permite-me trabalhar mais meia hora. Mas porquê, antes não permitia? Querem lá ver que sempre que passavam 5m da minha hora de saída aparecia aqui um senhor do Governo a dizer: "Oh menina, fáxavor de ir para casa que já passa do seu horário de saída. Xô! Xô!". É que eu nunca vi cá nenhum! E como, nem de propósito, disse no último post, eu trabalho normalmente 10h por dia. São mais 2h do que aquilo que está na lei; são 4 meias horas. E ninguém nunca me pagou um cêntimo a mais por isso. Nem foi preciso vir o Passos Coelho dizer que agora já posso fazê-lo. Mas 'atão... se tenho trabalho para fazer, se ninguém o faz por mim, e se ele tem de aparecer feito, como fazemos?! Se eu agora cumprisse a nova medida à regra, até saía beneficiada, porque a ter de trabalhar mais meia hora por dia, vou mais cedo para casa do que a hora que agora saio (mas o trabalho fica por fazer, e parecendo que não.. é chato!)
Se calhar foi a mim que ainda não me caiu a ficha, porque achava (ingénua que tu és Ritititz!), que o tempo dos "tachos", do picar o ponto à hora certa, dos grandes empregos (com pouco trabalho) era coisa que tinha entrado em extinção. Mas parece que não... Venha de lá essa dolorosa meia hora!!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Inspiração precisa-se




Estou a trabalhar desde fevereiro. Nunca faltei. Tive apenas 5 dias de férias em julho. E estou a dar o berro. Falta-me a criatividade, a imaginação e a motivação. Dou por mim a demorar o dobro (às vezes o triplo) do tempo para acabar um texto, para encontrar aquela expressão que está debaixo da língua mas não há maneira de sair, para fazer trocadilhos engraçados, para dar um toque diferente ao que escrevo. Sei que por um lado tenho um trabalho abençoado porque estou desde as 9h até às 19h sentadinha à frente de um pc, sem esforço físico, sem ter de lidar com público, sem ter de vender nem convencer outros do quer que seja, sem ter de aturar gente parva, lidar com pressão nem atingir objetivos imediatos. Mas por outro lado, passar essas 10 horinhas a puxar pela cabeça, a esforçar-me para ser o mais versátil possível, mais criativa possível, mais à frente possível, às vezes sobre temas que nada têm a ver comigo, às vezes reproduzindo ideias e assuntos com os quais não concordo tanto assim, às vezes explorando campos que me deixam desconfortável, às vezes traduzindo coisas chatas e sem interesse, às vezes porque simplesmente não me apetece... faz com que chegue ao fim do dia sem dizer coisa com coisa. Literalmente. Uma espécie de dislexia ao serão onde construir uma simples frase pode ser um desafio! Preciso fazer um reset à maquina urgentemente, é o que é. Sob pena de a partir de agora tudo o que sair destes dedinhos ser um valente "Ora bolas", que é como quem diz: nadinha de jeito.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tortura #1



Ter ideias para artigos sobre o Natal. Nomeadamente presentes, decorações, menus e tendências, com 30 graus lá fora.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Coisas que podia ter sido eu a escrever #2



Finalmente, sinto-me compreendida.

Razões para a neura me invadir logo pela manhã:




- Porque o despertador toca.
- Porque tenho de me levantar.
- Porque não sei o que vestir.
- Porque não sei o que calçar.
- Porque no rádio dão máximas de 30 graus.
- Porque ainda são 10h e eu só penso no fim do dia.
- Porque tenho de aturar gente que me irrita.
- Porque tenho de ouvir conversas parvas.
- Porque o horário de verão já acabou mas o calor não.
- Porque só ainda é 3 feira.

... e por aí fora...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Meninas, isto é uma canseira



Chamem-me conservadora, mas acho que as nossas avós tiveram uma vida mais feliz. Ou pelo menos mais facilitada. Viveram numa época em que apenas lhes era exigido que fossem esposas fieis, donas de casa exemplares e mães extremosas. Bastante redutor aspirar apenas a isso, bem sei, mas também não lhes era imposta uma série de papeis a desempenhar na perfeição, sob pena de serem rotuladas de preguiçosas, desleixadas ou pouco interessantes.
Hoje, a mulher TEM de se manter informada e interessada em tudo o que se passa à sua volta, desde a guerra na Líbia aos concorrentes da Casa dos Segredos.
TEM de ser financeiramente independente, morar sozinha, ser ambiciosa, mostrar um percurso profissional de sucesso e objetivos de carreira bem delineados.
TEM de praticar desporto (quer goste ou não), porque se não o fizer revela desleixo com a saúde e aparência física.
TEM de mostrar um visual cuidado, preocupar-se com as tendências, segui-las e estar sempre no seu melhor. (E no caso das mulheres com namorado, parceiro, marido, ter em conta as suas preferências e gostos, recriando, tanto na intimidade como fora dela, aquilo que eles consideram bonito ou que lhes fica bem e obviamente, a depilação sempre impecável).
TEM de saber cozinhar. Porque embora os homens não procurem propriamente uma sopeira, com a explosão das Bimbis é inaceitável que elas não sirvam um banquete em casa para as amigas ou os seus mais-que-tudo.
TEM de comprar lingerie sexy. Mesmo que não goste de usar fio dental ou tanga, mesmo que as rendas e as transparências sejam coisa que não lhe assista, mesmo que seja solteira e durma todas as noites com o gato.
TEM de estar sempre bem disposta e com pedalada para sair e ficar na rambóia até às tantas. Estar cansada ou sem vontade é coisa para gente velha, chata e pouco interessante.
TEM de ter uma libido equivalente à do sexo masculino. Estar sempre pronta, com vontade, ter imaginação, querer experimentar coisas novas na cama, não deixar a vida sexual cair na rotina, realizar fantasias e desejos do parceiro.
TEM de ter o sonho de casar, mas não mostrar demasiada ansiedade em relação a isso.
TEM de ter instinto maternal, mas controlar o relógio biológico.
TEM de gostar de gadgets, e no mínimo ter um iPhone, ou um BlackBerry ou um iPad (ou os 3).
TEM de estar a ler algum livro no momento.
TEM de ser viajada e ter histórias para contar sobre os sítios que já visitou.
TEM de ocupar o tempo livre com algo que a torne ainda mais interessante: workshops de tudo e mais alguma coisa: sushi, maquilhagem, fotografia, cursos de linguas, dança do ventre ou do varão.
TEM de ter tempo para as amigas. Estar disponível a qualquer hora e exigir o mesmo delas.
TEM de ser amiga do ambiente e, no mínimo, reciclar.
TEM de ser liberal, segura, confiante, não sentir ciumes nem inveja... verdadeiros Dalai Lama, inundadas de espírito zen e equilibrio emocional.

Já dizia a Marilyn:
“I'm selfish, impatient and a little insecure. I make mistakes, I am out of control and at times hard to handle. But if you can't handle me at my worst, then you sure as hell don't deserve me at my best.”

Afinal de contas, quando e porque é que nos tornamos tão exigentes connosco próprias?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Da dinâmica do casal (e o fenómeno PES)





Pro Evolution Soccer - aquele jogo de futebol para a Playstation que saíu há coisa de uma semana e pouco, e que já lá mora em casa desde a manhã de sábado. Manhã essa em que o meu rico namorado acorda às 8:30h e se rebola de um lado para o outro na cama, enquanto eu me finjo de morta para ver se ele volta a pegar no sono. Mas não... Impossível dormir. E porquê? "Porque já saiu o PES, amorzinho!", como uma criança na manhã de Natal. Estão a imaginar a minha cara de zombie ensonado e completamente a apanhar do ar, não estão?
Quando finalmente percebi do que se tratava lá me saiu (em vão) um: "Mas já tens o do ano passado e esses jogos são todos iguais e caros!"... o que provocou nele o mesmo choque que sinto quando ele me diz coisas como: "Outra mala? Outros sapatos? Outras calças?"... e aí caiu-me a ficha. Não vale a pena contrariar, argumentar o quanto esses 70€ são mal gastos, como isso vai implicar perda de tempo de qualidade a dois, ou fazer as contas do que eu poderia comprar com esse dinheiro (coisas que me faziam tanto jeito como mais uma mala, umas sabrinas e umas calças).
Conclusão: na vida a dois há coisas que não vale a pena tentar racionalizar ou argumentar; apenas aceitar.

Isso e rezar para que aconteça o mesmo que no ano passado: 3 semanas de euforia e nunca mais lhe pegou!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ando sem paciência #2



Para este calor.
Para o verão fora do tempo
Para as roupas decotadas.
Para andar de pernas ao léu, brancas como a cal.
Para dormir de janela aberta.
Para o ar condicionado que me deixa constipada.
Para pessoas que me mandam calar quando eu digo que estou farta do verão.
Para esperar pelo inverno, a minha estação preferida.
Para as fotos de pés na praia e comentários do estilo "que belo dia de outono".

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ando sem paciência






Para conversas de treta.

Para problemas de terceiros.

Para as cusquices.

Para cobranças.

Para a falta de profissisonalismo.

Para o egocentrismo.

Para as indiretas infelizes.

Para o mau feitio de gente frustrada.

Para garotices.


(...)


Para gente má onda, em geral.