sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
No último dia de trabalho de 2011
Recebi uma prenda inesperada que adorei.
Passei metade do dia sozinha na sala.
Ouvi a m80 o tempo todo.
Almocei sozinha e soube-me bem.
Fui informada de que posso sair às 16h (quando não se está nada à espera sabe ainda melhor!).
Senti-me muito grata por fazer o que gosto, por me sentir tão bem aqui (ainda que isto seja no fim do mundo), por trabalhar com as pessoas com quem trabalho, por 2011 me ter dado, finalmente, o trabalho com que sempre sonhei.
:)
Resoluções, desejos e afins...
Já escrevi cartas a mim mesma e guardei em locais secretos.
Já saltei 7 ondas do outro lado do Atlântico e lancei flores a Iemanjá.
Já fiz uma lista no telemóvel, a poucos minutos do ano terminar, e guardei esse SMS duante 365 dias.
No ano passado enchi as faces de um cubo em forma de presente para mim mesma, com os meus desejos e resoluções (que hoje ainda guardo).
E este ano vou lançar ao céu uma coisinha destas, depois da meia noite, com os meus desejos lá dentro. Diz que assim eles se realizam, que traz boa sorte, e leva com ela os problemas e preocupações.
Porque gosto de fazer balanços, de me libertar do que ficou para trás, de traçar metas e objetivos e acreditar que, quando queremos muito uma coisa ela acaba por acontecer.
Experimentem! Mal não faz... :)
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Má gestão
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Falta muito para janeiro?
Eu adoro o mês de dezembro e tudo o que ele traz.
O meu aniversário, logo no início. Mas todos os anos é o mesmo dilema: faço festa? Não faço? Como? Onde? Quem convido? Quero assim? Quero assado?
-Depois vem o Natal que eu também adoro e tudo o que ele representa. Mas todos os anos é o mesmo stress: tenho de comprar as prendas para toda a gente, tenho de fazer 300km e carregar as benditas prendas, tenho de apanhar um frio desgraçado, tenho de tratar de toda a logística necessária para que haja uma consoada em condições e voltar a fazer os 300km de volta a casa quando só me apetecia ficar alapada no sofá a ver repetições de filmes de Natal.
-E quando penso que finalmente posso suspirar de alívio e dar por encerrada a época festiva e não ter de pensar em mais nada... vem a contagem decrescente para a passagem de ano. E eu não gosto nem desgosto da passagem de ano. É-me indiferente. Mas todos os anos é o mesmo stress: O que é que vamos fazer? Onde? Com quem?
E às tantas dou por mim numa contagem decrescente para que dezembro (e tudo o que ele traz) termine...
E lá se passou...
Rápido. Frio (muito frio!). Atarefado mas sem tumultos. Tranquilo. Sem sestas pós-ceia e pré abertura de prendas. Com menos prendas. Mas com boas prendas. Com apenas uma filhós, uma fatia de tronco de natal e uma taça de baba de camelo. (Ritititz-1/Doces do demónio-0). Com muitas fotos, gargalhadas e imitações. Com a certeza de que quem não estava à mesa connosco está sempre nos nossos corações.
Com A família a 24 e com a nova família a 25. Diferente, mas bom. Com o fim do dia na nossa casa, com lareira, troca de prendas e surpresas, mantinha e muitas saudades para matar.
Com um balanço positivo e a certeza de que este ano foi a passagem entre o passado e o futuro.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Homens e Mulheres: descubra as diferenças
Aos 20 dias do mês de dezembro
Dei por terminada a saga das compras de Natal.
Foi o ano em que demorei menos tempo a comprar tudo... mas também foi o ano em que comprei menos presentes. Mas devo ser exceção à regra, porque as lojas continuam cheias, as filas para pagar são intermináveis e as pessoas não se limitam a oferecer pequenas lembranças.
Se não fossem as greves e as manifestações, quase que podia jurar que a crise é coisa que não assiste aos portugueses.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Coisas que se descobrem aos 28 #3
Cada vez me preocupo menos em agradar a toda a gente.
E se há alguém que viveu grande parte da vida com esse estigma, esse alguém fui eu. Em não desiludir, não defraudar espetativas, a precisar de validação externa, a custar-me horrores não fazer o que esperavam de mim, mesmo que não fosse isso que eu quisesse fazer.
No fundo sempre senti que se fizesse o que os outros queriam, iam gostar mais de mim. E no fundo sempre precisei muito que gostassem de mim.E se há alguém que viveu grande parte da vida com esse estigma, esse alguém fui eu. Em não desiludir, não defraudar espetativas, a precisar de validação externa, a custar-me horrores não fazer o que esperavam de mim, mesmo que não fosse isso que eu quisesse fazer.
Perceber claramente que cada vez me preocupo menos com isso é perceber que cada vez me preocupo (e gosto!) mais de mim. E isso é bom.
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Ele não é como eu
Dizia a Fanny, a propósito do João M. ter convidado o Miguel para o jantar especial no quarto secreto: "Fico triste porque se fosse eu, no lugar dele, obviamente que o convidava a ele e a mais ninguém. Mas ele não é como eu."
E isto, mesmo para aquelas mulheres que não sabem quem é a Fanny, nem o João M., nem o Miguel ou o quarto secreto, muito provavelmente acaba por fazer sentido. Mulheres que põem sempre o seu namorado/marido/mais-que-tudo em primeiro lugar. Que nem pestanejam antes de tomar certas decisões ou fazer escolhas, porque têm sempre as prioridades bem definidas. E que outras vezes não conseguem decidir nada simplesmente pelo receio de não ir ao encontro daquilo que é melhor para o casal... Conheço tantas assim!!! Eu mesma sou tão assim!!
Mas eles não são como nós. E não há maneira de nos convencermos disso. De aceitarmos. De cair a ficha e pararmos de ter esperança de que um dia, com o tempo, com a intimidade, com o amadurecimento, (por milagre?!) eles vão mudar. Não vão.
Eles conseguem tomar decisões sozinhos que não nos incluem. E não percebem porque é que ficamos ofendidas por isso. Eles fazem o que querem. E não percebem porque é que nos opomos a isso. A vida deles é feita de um puzzle com várias peças: a namorada, o trabalho, os amigos, o Benfica, o futebol em geral, os copos. A nossa vida é feita de uma grande peça homogénea centrada neles, e várias pequeninas que têm (porque nós assim o exigimos, limamos e tratamos) de encaixar na peça grande que são eles. Eles dizem que nós já sabíamos que certas coisas sempre foram muito importantes para eles e que não é justo terem de abdicar delas por nossa causa. Nós abdicamos de coisas que sempre foram importantes, sem que eles tenham sequer de nos pedir.
Porque assim é que faz sentido. Para quem? Para nós, mulheres... para eles não.
É por tudo isto que eu tento (não quer dizer que consiga... mas tento!) afastar ao máximo o pensamento "Se fosse eu, no lugar dele...", porque isso não me leva a lado nenhum. Porque independentemente de ele gostar tanto de mim como eu dele, por mais saudável, feliz e equilibrada que seja a nossa relação... há algo que nunca vai mudar: Ele não é como eu.
E isto, mesmo para aquelas mulheres que não sabem quem é a Fanny, nem o João M., nem o Miguel ou o quarto secreto, muito provavelmente acaba por fazer sentido. Mulheres que põem sempre o seu namorado/marido/mais-que-tudo em primeiro lugar. Que nem pestanejam antes de tomar certas decisões ou fazer escolhas, porque têm sempre as prioridades bem definidas. E que outras vezes não conseguem decidir nada simplesmente pelo receio de não ir ao encontro daquilo que é melhor para o casal... Conheço tantas assim!!! Eu mesma sou tão assim!!
Mas eles não são como nós. E não há maneira de nos convencermos disso. De aceitarmos. De cair a ficha e pararmos de ter esperança de que um dia, com o tempo, com a intimidade, com o amadurecimento, (por milagre?!) eles vão mudar. Não vão.
Eles conseguem tomar decisões sozinhos que não nos incluem. E não percebem porque é que ficamos ofendidas por isso. Eles fazem o que querem. E não percebem porque é que nos opomos a isso. A vida deles é feita de um puzzle com várias peças: a namorada, o trabalho, os amigos, o Benfica, o futebol em geral, os copos. A nossa vida é feita de uma grande peça homogénea centrada neles, e várias pequeninas que têm (porque nós assim o exigimos, limamos e tratamos) de encaixar na peça grande que são eles. Eles dizem que nós já sabíamos que certas coisas sempre foram muito importantes para eles e que não é justo terem de abdicar delas por nossa causa. Nós abdicamos de coisas que sempre foram importantes, sem que eles tenham sequer de nos pedir.
Porque assim é que faz sentido. Para quem? Para nós, mulheres... para eles não.
É por tudo isto que eu tento (não quer dizer que consiga... mas tento!) afastar ao máximo o pensamento "Se fosse eu, no lugar dele...", porque isso não me leva a lado nenhum. Porque independentemente de ele gostar tanto de mim como eu dele, por mais saudável, feliz e equilibrada que seja a nossa relação... há algo que nunca vai mudar: Ele não é como eu.
Constatações
- Adormecer em cima da secretária e no espaço de tempo em que esperava que uma folha saísse da impressora (sensívelmente 30 segundos), é sinal evidente de que já não passo sem café depois de almoço.
- Espremer até à exaustão uma borbulha (e respetivos pontos negros que estavam à volta), mesmo no meio da bochecha, não faz com que ela desapareça. Faz com que eu pareça uma vítima de lepra.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Prison Break (ou a saga do 750)
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Como diria o Xôr Fernando, a.k.a pai da Fanny: "Ora bem:"
Quem não gosta da Casa dos Segredos tem bom remédio: não vê. Há muito canal por essa tv cabo a fora por onde escolher. E também há livros, para os intelectuais que nem sequer sabem do que eu estou a falar.
É que chamar de estúpido e mediocre a quem vê o programa é uma generalização igualmente estúpida e a roçar a mediocridade. É só um programa de TV, não é uma doença infecciosa! A estupidez só é contagiante se quisermos, se fizermos disso o pão nosso de cada dia, se nos deixarmos influenciar por gente que julga, rotula, critica e generaliza porque sim, porque tem necessidade de se afirmar ou algum tipo de frustração profunda para resolver. Mas para essas pessoas tenho um conselho para dar: "Têm que takiteasy!"
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Um dia vamos ter o Nosso
E depois há aquelas pessoas, como eu e ele, que adoram o Natal. Que sempre vibraram com esta altura do ano. Que adoram enfeitar a casa, que têm rituais e tradições, que compram/fazem prendas/miminhos para toda a gente, que se puderem enchem todos os recantos de luzes e ficam a olhar para elas durante horas. Que sonham ter a casa cheia no dia 24, muita gente à mesa, muita alegria, muitos risos. Que depois do jantar se façam jogos e brincadeiras, vejam fotografias, comam doces à lareira, se aconcheguem no sofá, com mantas e muitos abraços. Pessoas que, como eu e ele, apesar de ano após ano viverem um Natal tão diferente daquilo que gostavam que fosse, não perdem a alegria e vontade de tornar aquele o melhor Natal possível, dadas as circunstâncias, sejam elas quais forem. E que não abrem mão do sonho e do desejo de que um dia o Natal que sempre sonharam venha a acontecer.
Até o Grinch chegou a esta conclusão
Nunca percebi muito bem as pessoas que não gostam do Natal. Pode não se gostar do consumismo desenfreado, da obrigação da troca de prendas, da maratona dos jantares da empresa, dos amigos de infância e do ginásio. Pode-se detestar bacalhau e batatas cozidas, estar farto dos mesmos filmes de sempre na TV, do Natal dos Hospitais, do Goucha e da Cristina aos berros com barretes enfiados na cabeça. Ok, isso eu percebo. Mas isso não é O Natal. E simplesmente "embirrar" com a época, sobretudo por espírito de contradição, é coisa que me ultrapassa.
Para quem está longe da família é uma época nostálgica, para quem passa dificuldades financeiras e não pode oferecer aos filhos aquilo que gostava deve ser doloroso, para quem perdeu alguém que todos os anos se sentava à mesa na consoada é um vazio que nunca se preenche... Mas ter aversão ao Natal deve ser realmente muito triste. Porque na verdade esta é a época mais simbólica de todo o ano, aquela em que se faz (ou deveria fazer?) um esforço para estar com aqueles de quem mais gostamos. Se há prendas ou não é o que menos importa. Se não se gosta de bacalhau com batatas e couves faz-se com broa ou com natas ou com grão de bico, ou bifes e batatas fritas! Se a TV irrita, delsiga-se e ouve-se música, conversa-se à mesa, tiram-se fotos. Se não se é religioso, não se faz presépio. Se não queremos oferecer nada a ninguém, nem que ninguém se sinta obrigado a oferecer-nos o quer que seja, diz-se simplesmente isso... mas não se deixa de querer estar com a família. Acho eu. No fundo é só isso que interessa. É só isso que realmente importa. Estarmos juntos. Se essa vontade não existe... não culpem o Natal.
Para quem está longe da família é uma época nostálgica, para quem passa dificuldades financeiras e não pode oferecer aos filhos aquilo que gostava deve ser doloroso, para quem perdeu alguém que todos os anos se sentava à mesa na consoada é um vazio que nunca se preenche... Mas ter aversão ao Natal deve ser realmente muito triste. Porque na verdade esta é a época mais simbólica de todo o ano, aquela em que se faz (ou deveria fazer?) um esforço para estar com aqueles de quem mais gostamos. Se há prendas ou não é o que menos importa. Se não se gosta de bacalhau com batatas e couves faz-se com broa ou com natas ou com grão de bico, ou bifes e batatas fritas! Se a TV irrita, delsiga-se e ouve-se música, conversa-se à mesa, tiram-se fotos. Se não se é religioso, não se faz presépio. Se não queremos oferecer nada a ninguém, nem que ninguém se sinta obrigado a oferecer-nos o quer que seja, diz-se simplesmente isso... mas não se deixa de querer estar com a família. Acho eu. No fundo é só isso que interessa. É só isso que realmente importa. Estarmos juntos. Se essa vontade não existe... não culpem o Natal.
domingo, 11 de dezembro de 2011
:)
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Coisas que podia ter sido eu a escrever #3
"Ficar genuinamente feliz por alguém é bem capaz de ser das maiores falácias que conheço. Não por ser de difícil concretização, mas pelo número de vezes em que verbalizamos esse contentamento sem verdadeiramente o sentir. Dizemos facilmente "estou tão feliz por ti" mas, na verdade, são muitas as vezes em que essa emoção tão simples e bonita se deixa nublar pelas nossas próprias frustrações momentâneas." - Sílvia Baptista, Women Coach.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Feriado
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Serviço público
Para quem está prestes a mudar de casa e vai instalar tv cabo, aqui fica o conselho: marquem com bastante antecedência. E estejam preparados para a hipótese de que no dia simplesmente não apareça ninguém. Sobretudo se os senhores forem da MEO. Que com tudo agendado não deram a cara, não devolveram as inúmeras chamadas de reclamação, por email garantiram que voltavam a ligar para remarcar a instalação, mas vai-se a ver e não. Tivemos portanto que aderir à Zon, embora estivessemos satisfeitos com a MEO, pelo simples facto de que não houve ninguém que soubesse explicar e resolver a questão da instalação. Na mesma semana fizeram algo semelhante a outro casal que prontamente tomou a mesma decisão que nós, mandando-os dar uma valente volta ao bilhar grande.
Shame on you, MEO!
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Balanço
Estive 1 semana de férias.
Mudei de casa.
Fiquei 7 dias sem televisão e sem internet.
Tenho, finalmente, um quarto de vestir. Não é um closet. É muito melhor do que isso.
Passei serões a ler.
Cortei o cabelo.
Fiz 28 anos.
Cantaram-me os parabéns à meia noite com um cupcake de chocolate.
Comemorei como queria e com quem queria.
Fiz a àrvore de Natal no meu dia de anos, como manda a minha tradição.
Regressei à Kapital.
E depois à capital da neve, por 24h.
Jantei só com o meu Pai. Brindamos a mim, a nós.
Vi fotos e sorri sem chorar.
Regressei à casa nova. À nossa casa, onde já nos sentimos tão bem.
Ainda não tenho tudo exatamente como quero, mas tenho tudo o que preciso para estar feliz.
E estou. :)
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Nunca digam...
"Ah e tal, a nossa casa é pequenina e nem temos muita coisa para levar!"
A casa pode ser pequena e até podem ter a ilusão de que não há muito para levar. Mas é só isso: uma ilusão. As tralhas multiplicam-se. Escondem-se em caixinhas disto e daquilo. Nos armários que raramente abrimos e nas gavetas que nem nos lembramos que existiam. E quando pensamos que já está tudo... ainda há mais uma caixa de qualquer coisa para levar.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Nostalgia
Hoje vamos passar a última noite naquela que foi a nossa Rica Casinha nos últimos 22 meses. Naquele lar que não o sendo, tomei como meu desde o primeiro dia em que para lá me mudei. Onde passei tantas e tantas e tantas alegrias. Tantos momentos bons. Onde no fundo tudo começou. Onde eu (assumida bicho do mato), me senti tão bem desde a primeira vez que lá entrei. Podia não ter sido assim. Podia ter pesado uma série de coisas, que, honestamente nunca pesaram. Nunca me senti a mais. Nunca senti vontade de mudar nada. Nunca achei que não pertencia ali. E há coisas que (já diz sabiamente a Fanny), não se explicam... sentem-se! E eu senti-me verdadeiramente bem ali, sempre.
Ontem, ao tirar todos os quadros das paredes, todos os tapetes do chão, todas as velas, todos os candeeiros, todas (e são tantas!) as fotografias nossas espalhadas pela casa, todos os imans do frigorífico, todos os "pedacinhos de nós" espalhados por todas as divisões, senti a casa despida. E também eu me senti assim: despida. E percebi que realmente aquele espaço foi, nestes quase 2 anos, muito mais do que uma casa onde morámos. Foi o espaço onde fui verdadeiramente feliz, onde me reencontrei, encontrei paz, tranquilidade, um porto-seguro, estabilidade, um recomeço, um novo rumo, e muito, muito Amor.
Independentemente de tudo de bom que esta mudança vai trazer, é impossível não sentir uma nostalgia, uma leve tristeza por deixar aquele cantinho onde fomos tão felizes... vou ter saudades, vou sentir falta e tenho a certeza de que me vai custar a adormecer esta noite, ali.
Obrigada, Rica Casinha...!
"Paramos para o país avançar"- A sério??
Hoje já ouvi coisas como:
- "Então, fizeste greve? Não, meti um dia de férias mas vai dar ao mesmo!"
- "Não foste trabalhar, vais à manifestação? Achas? Vou almoçar com amigas e aproveitar para fazer compras de natal!".
- "Quem é que marca greve a uma 5 feira?? Tem algum jeito?? Acho que vou fazer ponte!"
Já para não falar dos piquetes que tentam impedir quem quer ir trabalhar.
Mas este cartaz é o exemplo máximo do quanto esta greve não faz qualquer sentido. Um verdadeiro paradoxo que fala por si.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Prazeres que se descobrem aos 27 (quase 28) #2
Adormecer com a TV desligada. Desde que me lembro de ser gente que tenho TV no quarto e adormeço com ela ligada. Às vezes já sem som, às vezes sem estar a ver absolutamente nada que me interesse. Mas sempre gostei de a ter lá, para me fazer companhia, e sobretudo adormecer o cérebro devagarinho e fazer com que eu pare de pensar em milhões de coisas e finalmente apague.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Do egoísmo feminino (ou antes solidariedade masculina?)
Uma amiga queixava-se das constantes desilusões que as amigas lhe causavam. Procuram-na por email, mandam SMS, desabafam, pedem conselhos, convidam para os casamentos, festas dos filhos, batizados, aniversários e inaugurações de casas. E ela está lá, ela responde, ela vai sempre. Mas quando ela as procura, quando é ela a convidar, quando tem a ver com ela... as outras não podem. Porque vão passar o fim de semana fora. Porque têm cá família. Porque já tinham coisas combinadas.... porque não dá jeito.
Já os homens, se quiserem, podem sempre. Basta um telefonema. Basta dizer o dia, hora e local.
E ela tem muita razão no que disse, e em ficar triste e desiludida. Porque as mulheres, de facto, são mesmo assim. Parvas. Sofrem de um tipo de egoísmo parvo porque primeiro pensam sempre nelas próprias, é certo, mas tendo em conta uma série de fatores como os seus afazeres, as suas prioridades (que normalmente implicam sempre a existência, a vontade e os programas que o homem tem ou quer fazer). E só depois é que pensam em quem está do outro lado. Na amiga. Que a convidou, que quer estar com ela, que tem saudades, que tem algo para partilhar.
Já os homens também são egoístas (muito mesmo!). Só que pensam sempre, mas sempre, apenas e só no seu bem-estar. Naquilo que lhes apetece fazer. E é por isso que quase sempre dizem que sim na hora e não desmarcam à última. E fazem bem.
São mais verdadeiros. Mais solidários. Mais unidos. Podem não passar a vida a ligar uns aos outros, nem a querer saber tudo o que acontece nas respetivas vidas. Mas quando é para estarem juntos, estão. E não há cá desculpas da treta, nem "deixa ver com a minha namorada o que é que ela vai fazer nesse dia e se dá para encaixar as duas coisas ou se ela já tem alguma coisa combinada porque se tiver então eu posso ir, porque não estou a desperdiçar tempo de programas de casal!".
Somos egoístas e parvas. O que nos faz ficar em desvantagem em relação a eles. E temos memória curta. Esquecemo-nos depressa demais de como era a nossa vida antes deles aparecerem, e de como arranjavamos tempo, vontade e disponibilidade para aquelas pessoas que também arranjavam tempo, vontade e disponibilidade para nós.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Popota in tha house
E numa 2feira cinzenta, repleta de dores no corpo e pouca vontade de trabalhar, ter a Popota herself a dar-me bombons e a fazer uma espécie de dança erótico/sensual pouco apropriada a menores de 18 anos, sempre deu um certo ânimo ao dia!
Popota, um grande bem-haja pelos mimos, volta sempre, e não te deixes abalar quando dizem que estás mais Poputa do que outra coisa... é tudo inveja! Go, go, go girl!!!
Uma semana
Estou K.O. Com as costas feitas num oito de tanto encaixotar. O corpo dorido de carregar os caixotes. As mãos desfeitas de tanto lixar. Um feitio lixado por não dormir o suficiente. Um cansaço brutal que se apodera do corpo e da mente, e que (quase!) faz desanimar ao pensar que ainda falta uma semana. Ainda há caixotes para encher e carregar. Móveis para desmontar. E enfiar numa carrinha. E levar da carrinha para o 5º andar. E montá-los em casa. E desencaixotar e arrumar tudo. E isto tudo enquanto se trabalha de 2f a 6f, das 9h às 19h.
Dá vontade de desistir, de enfiar-me na cama a curar as maleitas e esperar que me avisem quando já tiver tudo prontinho e bonitinho. Dá vontade de berrar um com o outro quando as coisas não correm como queremos. Dá vontade de chorar de cada vez que temos de ir (mais uma vez!) ao Leroy Merlin, porque afinal ainda falta um parafuso, e um adaptador, e uma tinta, e um primário, e uma cola, e uma lâmpada... Dá vontade de pensar "no que nos fomos meter!", por querermos ter tudo exatamente ao nosso gosto e não nos limitarmos simplesmente a mudar para outra casa.
Dá vontade de que o tempo passe rápido. A voar!
sábado, 19 de novembro de 2011
Não é que não goste de cozinhar...
Nisto do encaixotar o recheio da rica casinha descobri (literalmente) que temos: 2 tostadeiras, 1 fritadeira, 2 serviços de fondue, 1 grelhador de pedra vulcânica, 1 máquina de fazer sumos, 1 frigideira para crepes que nunca foi usada, e que a máquina do pão afinal ainda cá mora e não foi vendida (ao contrário do que eu já desconfiava por ter deixado de a ver).
Acho que isto diz bastante sobre quem domina na cozinha, cá em casa...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Muito à frente
Se me perguntarem em que mês estamos é provável que responda janeiro. Foi no mês passado (outubro, certo?) que andei à procura de receitas para ceias de natal, fiz listas de presentes, vi quais são as melhores cidades para passar o fim de ano, pensei em resoluções de ano novo e fiquei a par das previsões para 2012 de cada signo.
Hoje já estou a arrumar o material de inverno para dar espaço às sugestões do dia dos namorados, de carnaval, novidades da primavera. O que, mesmo para quem já está em janeiro, não deixa de ser estranho.
Às tantas não sei mesmo a quantas ando, em que dia da semana ou do mês estou. Mas acho graça a este constante jet lag, que me faz estar à frente, mas ainda assim poder voltar atrás e viver os momentos em tempo real.
Basicamente sinto-me uma pequena Marty McFly, dentro de um Delorean. E gosto.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Novo Acordo não chega a acordo
Desde fevereiro que escrevo com o novo acordo ortográfico. Mas só esta semana a empresa onde trabalho deu uma formação de 4h sobre o dito cujo. E digo-vos que 4h, mesmo para quem já está há 9 meses familiarizado com o assunto, não chegaram para interiorizar tudo. Porque há muita regra com exceção, porque as exceções não têm razão de ser, porque é difícil decorar cada uma delas, mas sobretudo porque todas as palavras estão ligadas a imagens, e de repente a imagem muda e a nossa cabeça entra em curto-circuito.
Mas vai ter que ser. E não percebo como é que colegas meus de profissão, que deveriam ser os primeiros a dar o exemplo, continuam a apoiar-se em argumentos como: "fica feio", ou "estamos a 'desaprender' o português", ou ainda "recuso-me a falar como os brasileiros"(esta é a melhor de todas já que o acordo é ortográfico e não muda absolutamente nada na forma de pronunciar a língua) e mostram tamanha resistência.
O acordo foi assinado em 1990, e por isso chamá-lo de novo é um bocado parvo. Mas tal como quando mudámos dos escudos para o euro, ninguém nos perguntou se queríamos ou não mudar. (Porque se perguntassem toda a gente dizia que não, o Tuga nunca quer mudar nada, o Tuga não é Tuga se não tiver uma costela de Velho do Restelo). Mas foi assinado pelos países de língua oficial portuguesa para criar uma ortografia oficial única, a ser usada pelos mesmos, e de forma a aumentar o seu prestígio internacional. Tal como o castelhano que apresenta variações de pronúncia e vocabulário, mas uma só forma de escrita. Mais do que um acordo linguístico, foi questão política, e daí a influência brutal e com a qual nunca conseguiremos competir, do Brasil. E sim, é verdade sim senhor que a língua-mãe é nossa, e que deveriam ser eles a adotá-la. Mas nós, neste nosso cantinho à beira mar plantado, cabemos num cantinho do estado de S.Paulo! E isso muda tudo...
Resumindo e concluindo: não sou contra nem a favor do acordo. Sou a favor de escrever bem a língua portuguesa. E se a língua vai ter novas regras, pois há que cumpri-las. Se "ótimo" é horrível, se "contraceção" é estranho, se "minissaia" é ridículo? Se calhar é... mas é uma questão de hábito e contra factos (que continuam com C) não há argumentos.
Por isso, grandes empresas nacionais e multinacionais, cujos responsáveis pelo marketing afirmam "o novo acordo ortográfico não é uma prioridade para a empresa, mas no último trimestre de 2012 daremos especial atenção ao tema", provavelmente não sabem que a nova ortografia está a ser implementada como única forma correta na comunicação social e no ensino escolar, pelo que a ortografia antiga vai ser considerada errada. Mais informo que embora o período de transição se prolongue até 2015, a partir de 1 de janeiro de 2012 será aplicada ao Governo e a todos os serviços e organismos dele dependentes, bem como à publicação do Diário da República.
Vamos lá facilitar a coisa, fazer o nosso trabalho (no caso do jornalismo) e dar o exemplo! Primeiro estranha-se... depois entranha-se!
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
:)
Vamos mudar de casa. E como tudo na vida que implica mudança, mete um bocadinho de medo. É um medo bom, obviamente. Mas não deixo de sentir um certo receio, um frio na barriga, sobretudo pelo materializar (ainda mais) dos nossos desejos, sonhos e objetivos para o futuro.
Quando fui morar com ele, há quase 2 anos, mudei-me para um T1, impecavelmente decorado, com basicamente tudo e mais alguma coisa que uma casa precisa. Comprámos cortinados, uma cómoda, fomos aumentando a coleção de quadros, tachos e panelas, canequinhas cor de rosa e outros pormenores que mostravam que a casa já não era de solteiro, e que denunciavam presença feminina. Mas o trabalho maior já estava feito.
Agora tudo é diferente: vamos morar para uma casa maior, onde quisemos fazer obras para que tudo ficasse ao nosso gosto. E é aqui que tudo muda: o NOSSO gosto. Dos dois, em conjunto. Construir tudo do zero. Sem passado. E quando digo tudo é mesmo tudo: desde as cores das paredes, aos rodapés, aos puxadores das portas, interruptores... tudo! E se por um lado é uma trabalheira descomunal, por outro dá um gozo e uma alegria incrível de cada vez que entramos naquele espaço que estamos a construir e criar à nossa imagem e saber que em breve aquele será o nosso lar. É aí que o frio na barriga volta, e que penso que não estou só a mudar para uma casa maior e melhor. Estou a investir emocionalmente num projeto de vida a dois. Estou a acreditar e ter fé que ali, ao lado dele, vou ser feliz. Estou a imaginar os serões que vamos passar à lareira, os pequenos-almoços à janela, o quarto que vai ficar em branco para um dia ser pintado a rosa ou azul. E isso é algo que me preenche de uma maneira que não sei explicar. Porque sempre vivi numa espécie de limbo, nunca fiz grandes planos de vida, nunca soube muito bem como seria o dia de amanhã, e durante muito tempo não sabia sequer o que queria para mim.
Hoje sei exatamente o que quero e tenho a enorme felicidade de ver os meus sonhos a ganharem forma, dia após dia, ao lado de alguém que quer o mesmo que eu, e tanto quanto eu :)
Guilty pleasures
sábado, 5 de novembro de 2011
O milagre da vida
Hoje chorei compulsivamente, descontroladamente e inesperadamente.
Fui ver uma amiga que tinha acabado de ser Mãe. Estava emocionada e ansiosa por estar com elas, mas mal entrei no quarto e a vi ali, deitada com a bebé ao lado, desabei de emoção e dei por mim num choro que me deixou sem conseguir falar durante alguns minutos.
Não sei explicar o que senti. A imensidão da alegria que é saber que nos últimos 9 meses ela carregou dentro dela aquela coisinha, tão pequenina, tão frágil, tão dela, (que me perdoem os pais, mas Mãe é Mãe).
É uma sensação incrivelmente boa, positiva, de esperança, de alegria, de saber que a vida é mesmo um milagre!
Bem-vinda Mafaldinha, que sejas muito feliz!
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Bate na boca, mazé!
Às vezes acho (e digo, feita parva!) que o meu trabalho é redutor.
Mas depois chego ao fim de uma semana de trabalho e percebo que falei com cirurgiões, médicos, psicólogos, chefs, decoradores e professores catedráticos de renome. E acima de tudo, que aprendi imensas coisas sobre áreas diferentes, às quais de outra forma só teria acesso através de livros e enciclopédias.
E chego à conclusão de que o meu trabalho é tudo menos redutor, e que às vezes eu é que sou um bocado parva.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Praticamente um euromilhões
Não tenho sorte ao jogo, seja ele qual for.
Mas há coisa que me assiste de quando em vez e que anima os meus dias: encontrar dinheiro em parte incerta. Ele é moedinhas nos transportes, nos corredores do trabalho, nos sofás de salas de espera... e no outro dia foi na rua. Ali, em pleno passeio lá estava ela, verdinha a olhar para mim.
Peguei nela com carinho e levei-a para casa. O meu namorado dizia que era partida de Halloween, eu dizia que não fazia mal perguntar se aquela nota de 100 dólares era verdadeira.
E não é que era mesmo? Vai-se a ver e "só" rendeu 67 eurinhos. Mas que bem que soube!!
terça-feira, 1 de novembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Party Animal
Às vezes pergunto-me: para onde hibernou a fera social que habitava em mim há uns anos atrás?
Para onde foi aquela vontade de me arranjar, sair para parte incerta, jantar fora ou em casa, ir a tudo quanto era festa e discoteca, fim de semana sim, fim de semana sim, fizesse calor, frio, chuva ou vendaval? Foi "o mundo", como lhe chamávamos, que se tornou aborrecido, ou fui eu que perdi a graça?
Há dias em que percebo que as coisas que me preenchem agora e me fazem realmente feliz simplesmente mudaram, e por isso é normal e legítimo que eu prefira fazer outras coisas e dê mais valor a outros momentos.
Mas há alturas em que fico chateada comigo mesma por não ter mais vontade, mais pica, mais pedalada, como antes tinha.
Não sei se estou a ficar velha, chata e acomodada... ou se simplesmente tudo fazia mais sentido com as pessoas certas ao meu lado, com as gargalhadas que roubavamos umas às outras, com as aventuras em que nos metiamos, com "o mundo" que conheciamos (e às vezes não conheciamos e aí era ainda melhor!), com o sabor daquelas morangoskas, com as tangas que pregavamos, com as personagens com quem nos cruzavamos, com as "foto taxi", com as "voltas à pista", com os nomes falsos, com tudo o que podia acontecer a partir do momento em que decidiamos sair. Porque ao contrário do que se pode pensar, amizade não é só saber secar lágrimas. Também é saber roubar gargalhadas, quando se tem vontade de chorar...
Tenho saudades desses tempos... e acredito que é possível viver tudo isso outra vez. Basta querer.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Como é que ainda não me tinha lembrado disto?
O exercício físico e eu temos uma relação complicada. Basicamente não damos grandes confianças um ao outro. Ele não puxa por mim, eu não puxo por ele e vivemos bem com isso.
Mas depois há aqueles dias em que me sinto uma pequena lontra, preguiçosa e comodista, que está sempre a arranjar desculpas para não se mexer. "Ah e tal porque o ginásio é muito caro e depois não vou. Ah e tal porque exercício ao ar livre, no inverno, com chuva e mau tempo? Nem pensar, aí é que não vou mesmo! Ah e tal porque os jogos da playstation, wii e afins são giros nas primeiras duas semanas mas depois perde a graça!". No fundo o que eu gosto mesmo é de ter o meu "sim senhor" alapado no sofá! Oh se eu gosto disso!! Mas pese embora o facto de não estar propriamente gorda e por isso não sentir verdadeira necessidade de fazer desporto, gostava de ter vontade de fazer algum tipo de exercício. A última que se me meteu em cabeça foi ter uma passadeira em casa! Isso é que era! Não tinha de sair de casa, não tinha de me preocupar com o outfit, nem com olhares de reprovação pela minha fraca condição física, não tinha de pagar mensalidade e doer-me a alma de cada vez que não me apetecesse ir. Já a estou a imaginar, bem de frente prá T.V, e eu lá em cima, a dar passinhos (de bebé para apanhar o ritmo à coisa), enquanto via séries e coisas absolutamente parvas que me distraíssem do facto de estar a mexer-me enquanto podia estar na horizontal a praticar zapping).
Vamos ver se é uma ideia a ponderar ou se me passa depressa. Enquanto isso continuo a fazer o melhor exercício de todos para manter a linha: fechar a boca!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Quero escrever um final feliz
Ser jornalista permite-me ter contacto com muitas pessoas que se identificam com aquilo que eu escrevo, que querem falar com quem faz a revista, que nos procuram, que querem partilhar as suas histórias.
Há pouco tempo a Cátia procurou-nos e contou a história dela. E agora vou ser eu a contá-la para que todos a possam ler. Quando sabemos das histórias, das perdas, dos medos tão reais e tão grandes dos outros, sentimo-nos pequeninos e até com vergonha dos nossos. Não é aprimeira vez que tenho de escrever sobre a história de vida de alguém, mas nem por isso se torna mais fácil.
Hoje é um dia decisivo para a Cátia, e eu não consigo pensar nela como a leitora de quem tenho um depoimento para fazer uma história. Não a conheço, nunca a vi, mas desejo-lhe toda a força do mundo e que tudo corra pelo melhor.
O artigo está feito, mas deixei em branco o último parágrafo.
Quero que sejam as palavras dela a dizer-me "Estou bem".
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Dores de crescimento
Lembram-se quando tinhamos 12 ou 13 anos e sentiamos aquelas cãimbras nas pernas, dores nos braços ou nas costas e nos diziam que eram sinal de que estavamos a crescer?
Pois bem, há momentos ao longo da vida em que continuamos a sentir que estamos a crescer e às vezes custa. Custa tomar decicões. Custa resolver problemas. Custa fazer cedências e sacrifícios. Custa mudar. Custa encarar obstáculos e lidar com frustrações. Custa carregar o peso da responsabilidade. Custa perceber que é a sério, que tudo tem consequências, que somos responsáveis pela nossa própria felicidade ou falta dela.
Mas a sensação de que a vida está a andar para a frente, de que evoluimos, de que tudo se encaixa na perfeição, de que dia após dia se constrói um pouco mais, e conseguimos vislumbrar aquilo que sempre sonhamos e lutar por isso é a anestesia para todas as dores que de vez em quando, ao acordar ou ao adormecer, nos invadem o corpo e a alma.
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