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Para mim tem sido flagrante um novo tipo de Síndrome, ainda desconhecido nas àreas da sociologia, psicologia, antropologia, e diria mesmo...psiquiatria!
O "Síndrome da Pedra". É uma patalogia, mais ou menos grave, dependendo de cada caso, e da influência que o mesmo tem nos actos, palavras, posturas, e falta delas no dia a dia do comum dos mortais. É complexo e divide-se em várias categorias, escolhendo o ponto fraco de cada um para se manifestar precisamente através dele.
Deste modo, encontramos dentro do Síndrome, a categoria de:
-Pedra Preciosa: diamantes, rubis, esmeraldas, safiras e ametistas, é como se sentem os visados por esta categoria. O seu brilho ofusca os demais, e basta serem como são, na qualidade de "preciosas" para não terem de se esforçar para demonstrar qualquer outro tipo de qualidade ou valor. Apresentam-se sempre impecavelmente polidas por fora e mesmo que ainda sejam "diamante em bruto"...repito...muito bruto, para elas, continuam a ser preciosas e ai de quem lhes aponte um defeito que seja, uma imperfeição ou falha. Jamais admitem, permanecem intocáveis e indiferentes, mas por dentro, na solidão das redomas onde se recolhem ao fim do dia, esforçam-se ao máximo para surgirem ainda mais impecáveis na sua próxima aparição;
-Pedra da Calçada: Escorregadias, insinuosas, muitas vezes constituem um obstáculo, um contratempo. Quem padece deste síndrome, normalmente nem chega a aperceber-se disso. Quem sofre com as consequências do mesmo são aqueles que o rodeiam, que têm de andar sempre com os olhos bem abertos, à cautela, e à espera de que a qualquer momento surja uma qualquer investida, aparentemente inofensiva e cheia de manobras de distracção (investidas do tipo "Calçada à Portuguesa"), onde nos distraímos pela grandiosidade das boas intenções e gestos de rara beleza, para logo a seguir derraparmos e estarmos sujeitos a um grande trambolhão!;
- Pedra nos rins: (com todo o respeito por quem sofre da doença, não esquecer de que se trata de uma metáfora!) Esta adequa-se ao tipo hipocondríaco ao nível emocional, que todos os dias acorda com uma maleita nova, ou uma história inédita e surreal. Carência e falta de atenção são as principais causas para o desenvolvimento desta categoria, que depois se manifesta sintomaticamente e por fases, e só acalma quando sentem que têm o palco e todas as luzes viradas para si, até conseguirem expulsar a dita pedra que os consome! Conselho: beber muita água!;
-Pedra no Coração: também pode ser "pedra no lugar do coração". Frias, insensíveis, calculistas, materialistas, fúteis e vazias. Quase sempre mal-amadas, ressabiadas e a sofrerem de um despeito que lhes faz esquecer uma série de valores e de bom senso essencial ao bem estar na vida com o mundo e com os outros. Resultado: totalmente insuportáveis e como é óbvio ninguém lhes pega! É um ciclo vicioso;
- Pedra filosofal: Os eternos utópicos, que não conseguem viver o presente na sua totalidade porque estão sempre muito concentrados em atingir um objectivo de perfeição, de transformação num estado superior, de se distinguirem do comum dos mortais, quem sabe, alcançando não o Elixir da Vida Eterna, mas neste caso o Elixir da Estupidez Eterna. Ser sonhador e romântico é bom, mas desejar e ostentar o que ainda não se tem e se encontra a anos-luz da nossa existência, sem a modéstia e a humildade de valorizar aquilo que já se tem...para mim é estupidez;
Agora digam lá se ao lerem não se identificaram ou encontraram uma ou duas personagens do vosso dia a dia que padecem do dito síndroma???