domingo, 27 de abril de 2008

Conversa da treta

Para quem pensava que a conversa da treta estava extinta engane-se... Bastou a voz voltar e o nariz desentupir (e portanto eu ter o oxigénio normal de um ser humano) para sair à rua e aproveitar AR, já que apanhar sol pra já está fora de questão...Em estilo casual "I don't give a f*ck but i'm still a hottie" dirigi-me à esplanada mais próxima. Como o recém estado de convalescença não permite retocar o cromado lá fui recambiada pra sombra. Tudo muito bem, olho em volta e vem-me à cabeça uma amiga de longa data que diz que não pessoas feias... Não posso compactuar com tal pensamento. Poça não há gente feia o camandro! Nesta bela tarde a gente gira decidiu emigrar toda pra praia (fiquei eu pra contar a história :P).
Começa o divertimento; O Zézé e o Toni cá da zona sentam-se mesmo atrás de mim (BINGO) e começam em longas dissertações da treta que não gostam cá de gente a olhar pra eles só mesmo gajas boas (ring a ding "Gajas boas?? Devem ser giros os cromos pensei eu...)
Um supônhamos: Zézé de seus 30 e tal alto, com os seus 90kg, com o cabelo espetado de baggy jeans e mocassin preto vestindo uma t-shirt branca e... um colete de penas cor caqui com 40º à sombra suando que nem um camelo (porque ainda pra mais tava ao sol). Toni de preto todo ele envergando pouco mais de 1.75, anafadito de cabelo rapado com as refegas características da anafadice. Era segurança e nem o "uíske charle" sabia o que era, teve de ser o Zézé a ensiná-lo.
Ora bem claro que no meio disto havia o tremoço (q se eu soubesse também tinha pedido) e a bela jola em caneca. A conversa da treta durou mais de uma hora, falaram das gajas, partilharam dicas e Zézé auto proclamava-se como cheio da palheta porque ah e tal é o que elas gostam pra preparar terreno RONC. Disse igualmente que ontem esteve no babilónia a ver a bola (benfiquista pois conceteza) e que não tinha dormido em casa porque quando um gajo tinha papel não ficava por casa (tan tan tan pensei eu se calhar vai de férias pra algum lado de jacto privado... Quem fala de "ter papel" vai pra um raio não inferior a 400km...)
Zézé - Pá quando tenho papel não fico por aqui: fo*da-se nada disso pego na caminete( ou melhor é a camionete que o pega a ele) e vou até São marcos ou vou lá ao babilónia pah porque aqui naaa. E às vezes vou a alfama ter com os da velha guarda e beber uma ginginha ter co Calita não conheces?
Toni - Sim sim vais la mostrar a calçadeira às gajas né? Levá-las a ver o Pavarotti! RONC Hã? A ver o pavarotti? hã?
Telefone de Zézé toca e Toni manda bocas da mesa - ehehe amostra-lhes a calçadeira!
Zézé vem desconsolado
Zézé - Era a minha tia a perguntar porque é que eu não almocei em casa. Foi a minha velha que lhe disse.
Toni- xiii quando é assim agente entra e sai e nem diz né? Portantos foste a casa e depois ela tava a mandar vir contigo e tu não tivestes pachorra. Hã?

PÁRA TUDO então o nosso Galifão que tem palheta e papa tudo o que e miuda é controlado tal qual criança de 10 anos pela tia???
Adiante estive uma boa meia-hora a ouvir este dialecto que me fez mesmo lembrar o meu Toni e Zézé e fiquei contente por saber que a conversa da treta não está morta! Antes pelo contrário tá mas é viva porque o contrário de tar morto é tar vivo como diz la outra das revistas pah, a gaja loira que é tia.

Pérolas só para a despedida
Zézé- iiiih olha aquela pitinha é gira né é tia mas levava umas palmadas...
Toni - Hã. Epah áquela é que lha amostravas a calçadeira.
Zézé - Pah um gajo ainda paga aqui umas cervejas e vem levar na cabeça porque a casa-de-banho dos homens tá avariada. A brazuca deve querer conversa.

Amen

4 comentários:

Osga disse...

Há bastante tempo que não ouvia a da calçadeira :D

As melhoras... ;)

Clepsydra disse...

Irra! Qu'é mesmo do camandro :D

Ritititz disse...

Pois conceteza!!! Não se tava mesmo a veri?? RONC!!!

Anónimo disse...

GEEKS IN WHITE SOCKS?!