segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Da vida a dois #5


"Esta é a melhor parte do dia: quando voltamos juntos para casa. Nunca é seca ter de te aturar...
Gosto de ti, chatinha!"


Para mim isto diz tudo.

Seriously??


Não dei por ele passar. Mais rápido que a própria sombra, qual Lucky Luke, o meu fim de semana "fugiu-se-me" das mãos que foi um instantinho!
6f dormi, tudo muito bem. Quase 12 horinhas para repor energias. O sábado voou... entre limpezas, arrumações e jantar para 10 almas num T1, com visita dos vizinhos e mais tarde dos agentes da autoridade. Pezinho no Silk e corpo na cama para 4 horinhas de pouco descanso. Domingo de sol almoço com a minha famelga, beijinhos na famelga dele. 1hora de sofá, dormitar ao som de filmes domingueiros (o momento mais zen do fim de semana). Passar a ferro, arrumar roupa passada, fazer um bolo, fazer jantar , arrumar cozinha, filme que não chegou ao fim porque a birra de domingo falou mais alto e às 23h já queria estar na cama, e os Óscares ficam a gravar, que longe vai o tempo em que corria nessas maratonas. 7:15h o despertador toca e eu não quero acreditar que já acabou, já passou, não volta mais. Falta muito para 6feira??!!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Rita 1- Queixinhas- 0


É sexta feira e a semana passou a correr. Foi rápida, solarenga e indolor.
Acordar mais cedo não foi, ao contrário do que pensava, o mais difícil. O prémio "Tortura da semana" vai para o percurso Burgo-Casa, já noite posta. Os 2 autocarros que tenho de apanhar até chegar ao meu lar doce lar vão apinhados de gente, (como hei-de dizer para não ferir susceptibilidades?)... "estranha"! Com mau aspecto, mau odor, e péssima educação. É doloroso, de facto. E o percurso parece interminável, quando às 20h estou desesperada para chegar a casa.
Valeu-me o facto de, durante esta semana, não ter feito a mesma viagem de manhã, graças às boleias fantásticas do meu namorado. E tem-me valido ainda mais chegar a casa, morta da vida e a querer mergulhar directamente na banheira, e já ter (graças a ele!) o jantar pronto, a mesa posta e roupa estendida. Não vou, nem posso sequer queixar-me.
Foi uma semana perfeita, a primeira de muitas, espero!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

o Deus castiga


Pois que se o dia de ontem correu bem, a noite foi um verdadeiro inferno. Passo a explicar: fãs das compras do continente online, para grande alegria minha que abomino enfiar-me em hipermercados e afins, fizemos a nossa encomenda no sábado, com entrega agendada para 2feira. Entrega essa que poderia acontecer entre as 20h e as 22:30h, sendo que o senhor deu sinal às 22:32h, já eu babava no sofá. Depois de entregues os sacos na cozinha e do senhor do Continente ir à vidinha dele, pagamento feito correspondente às compras que encomendamos, e factura confirmada que era aquele o nosso pedido, começamos a olhar para os sacos e a achar algo estranho. Pareciam tantos, com tantas coisas, como se estivesse a ver a dobrar! E estava, de facto. Todos os produtos que nós pedimos vieram em dobro: 2 caixas de leite, 2 paletes de Ice Tea, 2 garrafas de azeite, 6 de vinho, 12 de atum...e por aí fora. Basicamente pagamos 60 euros e recebemos compras no valor de 120. Foi bom, pois foi. Uma grande festa, um grande bem haja aos senhores do Continente, que por obra do diabo se enganaram e encheram a dispensa destas alminhas! Mas lá está, o Deus não dorme, e embora não tivessemos culpa do engano dos senhores, as consequências não tardaram a chegar. Depois de quase meia hora a arrumar tamanha quantidade de compras, arrastei-me até à cama desejosa de dormir descansadinha até ao "piiiiiii" das 7h. O que não aconteceu. Primeiro porque estou constipada e o meu nariz morreu, não consigo respirar e fico cheia de nervos por ter de respirar pela boca. Depois porque às 4:30h da manhã acordei não com o "Piiiiii" do despertador, mas com um "PUUUUUUUMMMMM!" vindo da cozinha. Primeiro pensei que era noutra casa, tiros, confusão, um grande estrilho de vidros a partir, não podia ser na nossa casa! No segundo seguinte pensei: "A dispensa explodiu!!!". Vou pé ante pé à cozinha, a rezar a todos os santinhos para que não fosse nada lá e tudo estivesse intacto. Mas não. Tinham sido mesmo as prateleiras da dispensa que, com tanto peso dos enlatados e afins, deram de si! Pois que era um festival de mercearia espalhada pela cozinha, mais uma garrafa de azeite que se partiu e inundou o chão. Isto visto às 4:30h da manhã, sabendo que daqui a 2:30h tinha de acordar e que até então não tinha dormido grande coisa. Paniquei. Completamente!! Não sei como, mas consegui deixar tudo exactamente como estava, fechei a porta da cozinha e fui dormir. O que só aconteceu perto das 5:30h, depois de 1h a acalmar o camadão de nervos por saber o que me esperava quando acordasse.

Moral da história: se fizerem compras online e vierem em dobro, certifiquem-se que as guardam em local devidamente preparado para o efeito, evitando acordar a meio da noite a pensar que houve um atentado na vossa cozinha.



Pensavam que eu ia dizer para devolverem o que estava a mais?? Eu não sou muito boa a arrumar compras, mas não sou parva!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Day one


Lá fui. Sorriso de orelha a orelha, nervoso miudinho e muita vontade de ouvir e assimilar tudo o que tinham para me dizer. Secretária, cadeira, pc, caneca cor de rosa com lápis e canetas e pensei: "este é o meu lugar". E é mesmo. Consigo senti-lo imediatamente e não é de agora. Entro num sítio e percebo logo se pertenco ou não ali e não me costumo enganar. Hoje senti que sim, e fiquei ainda mais feliz. O dia passou rápido e a única vez que olhei para as horas já marcavam 16:30h. Estive entretida, entusiasmada, feliz com o que me deram para fazer. Houve reunião e fui chamada para participar, não fiquei de lado, nem assisti apenas em silêncio. Fiz parte e isso faz toda a diferença.
Dia 1, uma nova realidade, num cenário novo, numa etapa distinta, a melhor de todas até agora. O primeiro de muitos e bons, de sucesso, trabalho, alegrias e vitórias! Vamos a isso.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cheers!


Amanhã começa uma nova etapa da minha vida. Ao contrário de outras, desta vez não sinto medo, não tenho receios, nem vejo obstáculos parvos que me impeçam de perceber o quanto este momento é bom. É aquilo que eu quero, mesmo. Não é a segunda opção, ou terceira, não é aquilo a que me dedico (a meio gás) enquanto não surge algo melhor, não é o plano B. E isso é o quanto basta para ter a certeza de que vou em frente, de cabeça erguida, sem desculpas, com toda a vontade, energia, motivação e espírito de sacrifício que qualquer coisa importante na vida requer.
A partir de amanhã tenho a obrigação e o dever de mostrar a mim mesma que sou capaz. E que eu sou o único impedimento para ser melhor, ir mais além, conseguir tudo aquilo que eu quero.
Todos os dias há um novo início, e amanhã eu tenho o meu.

Sunday morning


Ele: Leroy Merlin, Ikea, e tratar da bicicleta
Eu: Revistas e séries sem sair do sofá

Tenho inveja da energia que ele transborda ao fim de semana, sobretudo nas manhãs. Gostava de ser assim. Mas não consigo, não dá. Deus nosso Senhor fez os meus fins de semana para isto mesmo: bezerrar, vegetar, fazer aquilo que me dá mais prazer. E para mim é isto tudo na horizontal. Bem basta já levantar-me às 10h da matina, quando, em tempos idos, dormia que nem um anjinho até às 13h, 14h... Mas mais do que isto é difícil. Não é impossível, mas é difícil... Para ele, ficar na cama e deixar passar as manhãs em vão é como quem o mata. Para mim, não aproveitá-las para dormir e não fazer nada é uma tortura! Assim sendo cada um vai à sua vidinha (que é como quem diz, ele vai à dele, e eu não me mexo a não ser do quarto para a sala), e ninguém se chateia.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E vou mesmo!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sou uma fácil



Depois dos senhores da Fox me terem dado o desgosto de não mais emitir episódios novos das últimas temporadas de Anatomia de Grey e Clínica Privada, eis que dou por mim em busca de novas séries, novas personagens, novas estórias, enredos, cenários que me cativem e que, de preferência, não se passem em hospitais nem em qualquer outro tipo de instalação médica.
Ora pois que a mudança não podia ser mais radical, e escolhi (levada pela insistência do namorado que já papou as temporadas todas de ambas e que queria voltar a ver), Gossip Girl e Californication. Já tinha visto um episódio aqui, outro ali, e gostei. Mas agora, como fiel seguidora de séries que sou, resolvi começar pelo início e levar tudo de enfiada, que é para não perder o fio à meada. Californication já vi tudo, e realmente aquilo é viciante, surreal, badalhoco, mas muito divertido. Gossip Girl é novela mas em bom, as roupas são maravilhosas, os sapatos um espanto, e é impossível, nem que seja por uma fracção de segundo, não desejar ter a vidinha que aquelas meninas levam, as amigas panhonhas, outras más como as cobras, basicamente o que acontece na vida real, mas num cenário e com roupas mil vezes mais giras!
E pronto, sou uma fácil porque ah! que gosto tanto das séries dos hospitais e dos médicos e cenas.. Ah! mas também acho graça ao ordinarão do Hank que anda metido com tudo que é porkitxola... E ah! que as upper east side girls metem nervos mas têm umas roupas tão giras.... Enfim basicamente dêem-me séries que marcha tudo. Tudo menos aquelas maradas tipo Lost e Prision Break.. essas dão-me um sono desgraçado.

Mudanças de humor


S.Pedro, dá para te decidires? Ou bem que chove ou bem que faz sol.
É que com os teus estados de espírito também mudam os meus e vai práqui um reboliço "não sei se rio, não sei choro!" que não se aguenta!! Toma lá tino e mantém-te firme. Bem-haja.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

14 de Fevereio, de Março, de Dezembro... who cares??


Não me chateiam as montras decoradas de rosa e vermelho, os corações espalhados em tudo o que é lado. Bichezas de peluche são bimbas hoje e sempre, e por isso não me fazem mais espécie neste dia, nem ver meninas com ramos de flores na mão, ou rapazes a tentar escondê-las desejosos por se livrarem delas! Não me incomodam as mãos dadas, nem hoje nem o resto do ano, nem beijinhos apaixonados (sem excessos!), nem os olhos cheios de amor. Quero lá saber se é futilidade e mais uma data para apelar ao consumismo, se os casais saiem à rua para jantar fora só neste dia do ano, se não faz sentido comemorar o dia de um Santo com o qual não temos grande ligação!
Eu gosto de receber flores o ano todo (e felizmente recebo, muitas!), gosto que o meu namorado seja romântico o ano inteiro, (e felizmente é!), gosto de andar de mãos dadas sempre (e ando!), gosto de rosa e corações, de chocolates, e prendas, dar e recebê-las, seja por que motivo for. Gosto porque sempre gostei, mas sobretudo porque tenho alguém ao meu lado que me faz sentir e viver as coisas dessa maneira, "bem pirosa e lamechas como o amor deve ser... verdadeiro!"
Por isso minhas amoras, corações ao alto e nada de ressabiar que é feio. Se têm alguém especial e com quem partilhar o dia, façam-no, da maneira como quiserem e vos der na real gana, e não tenham vergonha de dar largas ao romantismo. Se não têm ninguém, ignorem! Passem o dia como outro qualquer, na vossa vidinha, como o 11 de Fevereiro, ou o 14 de Março, boa?
Então vá, e bom Valentino para todos!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Momento "Mete-nojo"


(Avisam-se os leitores mais sensíveis que este é um post que mete muito nojo mesmo).

Saí de Lisboa na 6ª feira à tarde rumo a parte incerta, levada pelo meu namorado que tinha tudo previamente preparado e planeado, sem eu fazer ideia do que me esperava;
2h depois faço o check in no Hotel Tivoli Victoria, em Vilamoura, 5* (eu avisei que ia meter nojo!)
Segue-se uma tarde passada no spa do hotel, na piscina interior de água quentiiinha, quentiinha, no circuito de hidromassagem, entre a sauna e banho turco que me deixam desorientada da cabeça, mas como nova;
Jantar no frango da guia, no verdadeiro, o Teodósio, com muito picante como a gente gosta.
Sono de bebé na cama king size branquinha, de edredon fofo e mil almofadas;
Pequeno almoço daqueles em que dá vontade de chorar por já não conseguirmos comer mais, já que é tudo tãooo bom! (Como aquelas pessoas que vão aos casamentos e comem até explodir, já que estão ali, e a comida está ali também, é comer até bolsar! Eu não cheguei a tanto.. mas quase!);
Manhã passada ao sol, qual dia de pleno Verão, com direito a marca de biquini e mini escaldão no nariz;
Mais uma surpresa: massagem, perdão, Envolvimento de Luxo no Sheraton, que inclui esfoliação, envolvimento, e massagem hidratante. Foi 1:30h totalmente Zen, quando saí sentia-me outra pessoa, literalmente.
Passeio pela praia, pôr do sol em esplanada, batido de manga e muitas fotos lamechas;
Rodízio de peixe para o jantar, sangria docinha, daquela que bate rápido, me faz rir muito, e dizer coisas sem nexo;
Sono de bebé (parte II);
Pequeno almoço supimpa (parte II)
Despedida do spa, da sauna e do banho turco só para garantir que estamos mesmo muito Zen;
Nostalgia mil, birra de quem não quer ir embora, promessa de voltar em breve;
2h de chuva intensa no regresso a Lisboa, mas com uma pele nova, uma alma nova, um sorriso de orelha a orelha, uma corzinha de gente normal, e feliz da vida por ter um namorado que, volta e meia, se lembra destas coisas, e gosta de me surpreender e cuidar de mim;

Quando há mais???


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Droguei-me!


Antes de mais deixem-me dizer que vocês são mesmo uma rica coisinha! Então eu vim para aqui queixar-me, a achar que ninguém me ia ligar nenhuma, e vai-se a ver e recebo mimos vários, conselhos e dicas amorosas para combater a minha maleita!! Muito obrigada!!
Tenho pois a informar-vos que ontem, ao tentar equacionar de onde viria aquela dor, coloquei a hipótese de ser o início de mais uma crise de sinusite, que é coisa que de quando em vez também gosta de se abeirar da minha pessoa. Então vai de tomar um zyrtec à hora do jantar, para ver se ajuda. Mas entretanto durante o jantar, conversa para aqui, serve pratos para acolá, falta não sei quê na mesa, atende o telefone... quando dei por mim estava a tomar um zyrtec sem saber se era o primeiro ou o segundo. É que não me lembro mesmo se já tinha tomado outro antes ou não! E olha, assim comá assim já tinha ido mesmo, não pensei mais no assunto e fiz figuinhas para que com um ou dois zyrtec no buxo a coisa se resolvesse e eu tivesse uma noite santa!
E tive!! Custou a adormecer, mas o que é certo é que quando ferrei, ferrei mesmo, e hoje de manhã parecia uma pedra, não conseguia reagir a nada!! Mas o que é certo é que não só dormi bem, como acordei sem dor de cabeça (deixa-me falar baixinho, não vá ela voltar a dar de si!!). Espero que se mantenha assim: lá looonge, e que não volte tão cedo!!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Queixinhas


Estou há 3 dias com uma dor de cabeça daquelas que não mata mas mói. E mói, e mói e móóóói.
Que alivia sob o efeito de ben u ron, de aspirina e brufen. Mas mal passam aquelas horinhas lá vem ela dar de si.
Não me deixa dormir de noite, dá-me suores frios e quentes, insónias várias e um cansaço de morte.
Se alguém estiver a precisar de companhia, diurna, nocturna, uma presença para saberem que não estão sós... é favor dizer, que tenho todo o gosto em emprestar, até mesmo dar esta "piquena" que se apoderou de mim.
Bem-hajam por me "ouvirem".

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Hell's F*cking Kitchen


Esta que vos escreve está chocada. Está sim senhor.
Vi ontem pela primeira vez, e por acaso, um programa que passa na Sic Radical a horas tardias, e que dá pelo nome de "Hell's Kitchen". Mais um reality show, desta vez direccionado para a gastronomia e restauração. Mas sinceramente, o que faz com que se perca mais de 5 segundos a ver o programa, nada tem a ver com os pratos e iguarias cozinhadas pelos concorrentes. A estrela do programa é o Chef Ramsay (o senhor da imagem), que controla as duas equipas adversárias, e que é, provavelmente, a pessoa mais intragável deste planeta.
A começar pela quantidade infinita de palavrões e asneiredo vário que o homem repete à velocidade da luz, basicamente numa construção frásica cujo esquema pode ser: Pronome/F*cking/verbo/F*cking/substantivo/f*cking.. e para finalizar mais um f*ucking! (para dar densidade dramática ao momento)
Depois, mais do que os palavrões, choca-me a maneira como ele se dirige aos cozinheiros, falando com ele a uns 3 cms de distância das suas caras, berrando, deitando gafanhotos em todas as direcções. E posto este rol de humilhação e ataques contínuos, provocações e maus tratos, todos os cozinheiros têm de responder, constantemente "Yes Chef!". Mesmo que ele acabe de dizer: "You're a f*cking miserable person!" resposta: "Yes, Chef!". Como se estivessem nos Fuzileiros, nos Marines, nos Seals, na mais alta tropa de elite.
O Chef atira com panelas e frigideiras para o ar, com comida que não está devidamente cozinhada para a cara dos cozinheiros, berra até quase explodir.. ah, e isto tudo com um lápis pendurado na orelha, à carpinteiro, que não faço ideia do que está ali a fazer, já que não lhe vi dar uso nenhuma vez. Deve ser estilo.
E é isto, se ainda não viram, vejam, só um bocadinho, e digam-me se aquele homem não mexe MESMO com os nervos de qualquer alma. Com os meus mexe.. muito!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Projectar não é pecado


Perguntavam-me ontem como é que eu me imaginava (a nível profissional) daqui a 10 anos. Uma pergunta que não se prendia com o passado, com o presente, nem tão pouco se pretendia uma resposta coerente com a realidade actual, com o mercado de trabalho seja em que área for, com a crise, com a vida prática, com o que pode ou não vir a acontecer. Simplesmente com aquilo que me imaginava a fazer, com o que gostaria de ser, para onde a minha vocação me inclinava.
E se essa sempre foi uma questão que me assombrou o pensamento, se sempre me senti um pouco perdida relativamente à questão "O que vou ser quando for grande?" (mesmo depois de já o ser), de repente percebi que, desprendida de qualquer tipo de constrangimento socio/económico/social, o que eu gosto mesmo é de escrever.
E com isto não tenho qualquer pretensão em achar que escrevo bem, que poderia ganhar a vida com isso, de que maneira o faria, se pela literatura pura, se pela vertente do jornalismo, da construção de uma narrativa literária ou factual... não sei. Não sei a forma, não sei os conteúdos, não sei como, nem onde. E sei que até esse dia chegar vou ter e querer de trabalhar em muitas outras coisas das quais não vou gostar, não me vão preencher, e em nada terão a ver com a escrita. Mas também não foi isso que me perguntaram.
Perguntaram-me como me imaginava daqui a 10 anos, e finalmente consegui responder: a escrever.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Gosto destes dias


Que não são nem de Inverno, nem de Outono, nem de Primavera. Gosto deles assim.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Chocolate vs Gomas


Aquilo que custa a perceber, e sobretudo pôr em prática em muitas das relações de hoje em dia, é a tendência que temos para dar aquilo que gostaríamos receber.
Quem adora chocolates, como eu, acha sempre que uma caixa de Ferrero Rocher, de Milka ou Serenatas, é um miminho excelente para se oferecer. E toca de comprar, embrulhar com um laço lindo e maravilhoso, e dar do fundo do nosso coração, na esperança de que partilhem um ou dois connosco.
Mas a verdade é que há quem não goste de chocolate. Sacrilégio, bem sei. Faz confusão, pois faz. Mas é possível. Há mesmo quem não ligue muito, ou simplesmente prefira gomas. Adore gomas, de todas as cores, formatos e feitios, mas são as gomas que fazem os seus corações bater mais forte e as bocas salivar!
E é aí que a coisa se complica. Primeiro porque temos que aprender a conhecer o suficiente o outro para percebermos que a sua paixão são as gomas, e não o chocolate. Depois aceitar que, por mais que nos pareça surreal que se prefira gomas em detrimento de chocolate, se queremos realmente dar ao outro aquilo que ele precisa, de que sente falta, e que o faz feliz, temos de dar aquilo que ele quer, e não o que nós quereríamos no lugar dele!
A verdade é essa; temos a tendência para colocar um espelho à frente da nossa cara metade, e sentimo-nos extremamente injustiçados quando sabemos que estamos a dar tudo: o essencial, o básico, o secundário, o supérfluo, o acessório, tudo e mais alguma coisa... e mesmo assim continua a faltar algo. Porquê? Porque tudo o que demos foi o que queremos receber de volta, e não aquilo que o outro realmente quer.
Se é fácil fazer este exercício e dar mais atenção à vontade da outra pessoa, mesmo que a nós nos pareça despropositado ou completamente secundário, quando haveria tanta coisa mais importante a dar ou fazer por ela? Não. Não é nada fácil. Custa, dá-nos a volta ao miolo, a nós principalmente mulheres, que tendemos a analisar tudo, a colocar tudo em perspectiva, em prioridades, a discutir, descodificar e descortinar. Mas às vezes simplesmente é mais fácil pensar como um homem e perguntar o que é que ele quer, o que é que o faz feliz. E fazê-lo. Só isso. Sem análise. Sem paralelismos com a nossa vontade, com actos de submissão ou cedência excessiva.
O resultado: uma quantidade considerável de neurónios preservados, arrelias evitadas, um homem feliz em casa, e que, na primeira oportunidade, fará o mesmo por nós. A nossa vontade. Aquilo que nós precisamos, queremos mesmo, nos faz mesmo falta, ao que damos real valor. Mesmo que esteja a milhas da vontade dele, das prioridades dele, do seu pensamento. Ele vai querer retribuir.
Experimentem.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Otária #2

É a empregada ir embora e eu ficar o resto da tarde a passar roupa a ferro.

Otária #1

É limpar e arrumar a casa na véspera da empregada vir cá, só para garantir que não fica nada por fazer.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Boa noite...e até amanhã


"Vitinho faz hoje 25 anos. Licas via sempre o Vitinho antes de ir para a cama..."

E quando menos se espera, há uma mensagem que mostra que afinal aquilo que vivemos foi o mesmo que outros viveram. Que não passou em vão. Que as lembranças existem, surgem, e há necessidade de as partilhar. Quando menos esperamos o coração enche-se de alegria por saber que se lembra do nome que me chamavam, do que eu fazia, e do que gostava.

E é assim que eu tenho a certeza de que um dia aquela realidade existiu mesmo, e que não é só fruto daquilo que eu gostava que tivesse sido.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Limbo